terça-feira, 26 de outubro de 2010

A ELEIÇÃO DO DIA 31

Prezados leitores,

No próximo dia 31 de outubro de 2010 o Brasil viverá mais um momento ímpar na sua história: estaremos escolhendo, pela sexta vez, qual será o próximo Presidente da República.

Como você sabe, neste espaço democrático, você pode enviar sua opinião livremente, inclusive enviando sua intenção de voto e o porque você decidiu por este ou por aquele candidato.

Estamos na reta final. Escolheremos quem irá nos governar nos próximos quatro anos: Dilma Rousseff ou José Serra.

Todavia, uma coisa muito me preocupa: se o índice de abstenção do primeiro turno foi de cerca de 18%, quanto deverá ser o índice de abstenção no dia 31?

Os senhores devem certamente lembrar-se de que a eleição está marcada para o meio de um feriado, mais precisamente o de finados.

O que será que as pessoas preferirão fazer? Perder quase dois dias dos quatro do feriado prolongado, ou gozá-los de forma integral, justificando o seu voto, bem longe da seção eleitoral?

A questão da justificativa eleitoral, como sabemos, é um abrandamento da obrigatoriedade de comparecimento às urnas, que torna quase facultativa a eleição no Brasil.

Longe de concordar ou não com isso, temo que muitos dos eleitores, que no primeiro turno se manifestaram em protesto elegendo um palhaço, desgostosos que estão com a moralidade na vida pública, devem optar por aproveitar os poucos dias de folga que lhe sobram.

Pensaria o povo: - Porque devo perder meus dias de folga para votar nesses picaretas que só levam nosso dinheiro e aproveitam as prerrogativas do poder às nossas custas? São tantos impostos que não consigo pagar as minhas contas e, por conseguinte, minhas férias são vendidas para poder sobrar um dinheirinho e ainda tenho que votar no feriado?

Meus caros, sabemos de todos estes fatores que nos levam a pensar se realmente a política merece nosso empenho. Às vezes somos levados a refletir se vale o sacrifício. O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo, na data de hoje, chegou à importância de um trilhão de reais, com dois meses de antecedência em relação ao ano passado.

Contudo, eu posso dizer aos senhores de antemão que vale a pena!

Por mais que isso nos cause perplexidade, somente nossa atitude pode tornar a vida política do país mais moralizada. Somente com a eleição de políticos descentes é que podemos dar uma guinada neste estado de coisas.

O parlamento reflete a moral do próprio povo. Lá no Congresso Nacional nós só temos, nada mais, nada menos, do que o reflexo do próprio povo brasileiro. Todos os segmentos da sociedade civil organizada estão lá representados: religiosos, homossexuais, ruralistas, trabalhadores, banqueiros, construtores, profissionais liberais, socialistas, capitalistas, democratas, republicanos, etc.

Temos uma responsabilidade muito grande no próximo dia 31. É a decisão que determinará qual o país que queremos deixar para os nossos filhos e netos.

Portanto meus amigos leitores, vamos votar no próximo domingo! É um apelo que faço para você. Vá lá e diga, no apertar de teclas, se você está contente com o governo e vote no 13. Mas se você estiver descontente com a situação atual, então vote no 45. O meu apelo, contudo é de que vote. Se tiver indeciso, procure pesquisar mais sobre a vida dos candidatos e suas propostas, mas não deixe de fazer a sua escolha.

Não se omita nesse momento tão importante para o país: é só de quatro em quatro anos!

Vote. Não lave as mãos!

Um efusivo abraço.

Rodrigo Barros