quinta-feira, 9 de junho de 2011

COMO DEVEMOS AMAR À LUZ DO AMOR QUE MOVEU JESUS



O texto abaixo é de autoria do "Voz da Consciência" mas teve inspiração e fundamento na prédica de um pastor de uma Igreja Batista em São Paulo.

Amor! O que é o amor? A palavra é um substantivo que provém do verbo "amar". Como sabemos, verbo é o elemento principal da oração, exprimindo processos, ações, estados ou fenômenos e, por meio da ampla variedade de formas em que se apresenta, indica em português a pessoa, o tempo, o modo e a voz do discurso. Assim, muitas informações significativas estão nele reunidas.

O verbo é toda palavra ou expressão que traduz um fato. A frase "As crianças amam o campo" enuncia um fato observado a respeito de "crianças" e de "campo". A palavra que descreve esse fato é "amam", forma conjugada de o verbo amar.

Assim, se "amar" é verbo e este exprime uma ação, podemos concluir, sem medo de errar, que amar é ação! Não podemos, portanto, amar sendo omissos.

Na primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, no capítulo 13, o apóstolo define, com uma magistral clareza, o que é o amor.

Mas o amor que Paulo definiu é aquele que Jesus veio incutir no coração das pessoas. É o amor genuíno e verdadeiro que também moveu as ações de Jesus quando sofreu a espiação dos pecados da humanidade.

Nessa esteira, o amor teria alguns degraus que foram bem definidos por Jesus no Evangelho de São Lucas, no capítulo 10, versículos 25 e seguintes, que dizem: Um mestre da Lei se levantou e, querendo encontrar alguma prova contra Jesus, perguntou: – Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna? Jesus respondeu: O que é que as Escrituras Sagradas dizem a respeito disso? E como é que você entende o que elas dizem? O homem respondeu: “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente. E ame o seu próximo como você ama a você mesmo.” – A sua resposta está certa! – disse Jesus. – Faça isso e você viverá.

De onde o mestre da lei que desafiava a Jesus retirou tal assertiva? Do Livro de Levítico, no capítulo 19, versículo 18, que diz: Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR.

Assim, o primeiro degrau ou o grau mínimo do amor seria o amor ao próximo. Isso não significa amor a tudo e a todos de forma desmedida, mas tem o significado de estender a mão àquele que precisa da nossa ajuda. São aquelas pessoas que sabemos que estão passando por algum problema ou necessidade e nós podemos fazer alguma coisa para elas.

Por conta disso, a ótica de amar ao próximo como a mim mesmo, nos leva a um resumo de boa parte dos mandamentos mosaicos, isto é, seu eu amo meu próximo eu não o prejudico, eu não o roubo, eu não cobiço a sua mulher etc.

Mas quem é o meu próximo? A "parábola do bom samaritano" responde a questão: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.

Só para argumentar, se eu tenho duas camisas e ele não tem nenhuma, cabe ao cristão, no exercício da sua vida cristã, doar a sua camisa a esta pessoa que tanto precisa. Se eu só tenho uma camisa e ele não tem nenhuma, eu devo fazer de tudo para ajudá-lo a vestir-se.

Mas porque chamamos o homem de Samaria de "bom" samaritano? Como sabemos, estas epígrafes colocadas na Bíblia não são inspiradas. Foram colocadas pelos organizadores das mais diversas versões para facilitar a localização das mais importantes passagens bíblicas. Em nenhum momento no texto bíblico se menciona o termo "bom samaritano"

Assim, por ue razão chamamos o homem de "bom"? Na verdade ele não é bom só por que ele fez isso. Ele apenas fez o que devia ser feito. Apenas fez o que ualquer pessoa deveria fazer. Ocorre que, como não somos suficientemente capazes de praticar tais atos, como não somos capazes de fazer o mínimo que deve ser feito, então chamamos o homem de "bom".

Entretanto, a passagem do Evangelho de São Lucas 17:10 é categórica quanto ao título que recebe aqueles que fazem tudo o quanto lhes foi ordenado, veja: assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer.

Em outras palavras, aquele que faz somente o que se deve fazer é, tão somente um servo inútil! Aquele que é chamado por Jesus de servo inútil, é por nós denominado de "bom".

Há pessoas vinculadas ao meio evangélico que, quando vêm pessoas em situação de necessidade, ao invés de primeiramente dar o primeiro passo para ajudá-las, tentam evangelizá-las.

A evangelização é uma obrigação do cristão. É um mandamento do cristianismo levar o Evangelho a toda criatura (v. Mc 16.15). Todavia, quando uma pessoa está nesta condição, não é o melhor momento para lançar a semente. Cabe ao cristão fazer o que pode para ajudar essa pessoa e deixar que Deus trabalhe para que ela descubra por si só que estas são as atitudes daqueles que servem ao Senhor para que, seguindo o exemplo, queira aquilo para a sua vida também.

A pessoa precisa primeiro do nosso amor, senão não será boa terra para lançar as sementes (v. parábola do semador em Mt 13.10 e seguintes). Acrescente-se a isso que, a busca de almas para Jesus deve estar baseada no mesmo amor a que Paulo se referiu em 1Co 13, sob pena de ser como o címbalo que retine.

Nessa modalidade de amor, contudo, o limite da nossa ajuda e do nosso estender de mãos é até o ponto em que esta assistência passe a nos prejudicar pessoalmente. Não somos obrigados a nos sacrificar, a nos prejudicar.

Por outro lado, já avançando para o segundo estágio, temos o amor que devemos nutrir pelos irmãos em Cristo. Se em relação ao próximo eu devo amá-lo como a mim mesmo, em relação ao irmão em Cristo devo amá-lo como Jesus nos amou, veja: Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; buscar-me-eis, e o que eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros: para onde eu vou, vós não podeis ir. Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. (Jo 13.33-34) grifamos.

Isto significa que, em relação aos irmãos em Cristo não devemos ter limite na nossa capacidade de ação. Como Jesus nos amou e ama? De forma ilimitada! Deu a sua vida para espiação dos pecados de todos. Foi à Cruz do Calvário onde sangrou até morrer, por mim e por você.

Em João 15.13 temos a confirmação desse amor ilimitado: ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Foi o que ele fez!

Será que estamos preparados para viver esta realidade? Na igreja primitiva o relato bíblico em atos dá conta que tudo o quanto cada um ganhava era levado à comunidade e lá era repartido para que ninguém tivesse falta de nada!

Se nós cristãos vivêssemos assim, seriamos verdadeiramente sal da terra e luz do mundo. Quando alcançaremos esse nível? Oremos para que alcancemos!

Fiquem na paz e façam seus comentários sobre a nossa postagem. Um grande abraço!

VOZ DA CONSCIÊNCIA

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