quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

EU VENCI, DEUS VENCEU!



Preclaros leitores,

Como os estimados devem ter notado, estamos desde o dia 19 de setembro do corrente ano sem postar qualquer texto em nosso blog.

Antes que pensem que eu desisti do blog, tenho a grata satisfação de informar que estamos de pé. O trabalho que Deus inicia só ele põe fim!

O motivo de meu longo "recesso" foi, verdadeiramente, significativo e justificável.

Trabalhava eu desde 01 de junho de 2007 em uma empresa (que não vem ao caso mencionar o nome) da área do Direito.

Antes da minha admissão, estava trabalhando como profissional liberal.

Desde minha admissão experimentei uma boa evolução profissional, porquanto me dedicava muito, tendo me destacado em todas as atividades que engendrei.

Fui recebendo periódicos reconhecimentos e promoções, que me levaram a um posto bastante alto na empresa.

Independentemente do posto que eu ocupava e das valorizações que recebia, estava muito descontente com uma eventual estagnação e acomodamento na ciência jurídica, porquanto a área na qual eu trabalhava se restringia a um clã que, embora meu "passe" estivesse valorizado entre outras empresas da mesma atividade, não possuía lá muito valor perante o restante das outras áreas jurídicas.

Como tenho 32 anos, fiquei com medo de o tempo passar e ficar velho para o mercado de trabalho e, depois, só poder exercer minha profissão nesse restritíssimo mercado, sem perspectiva de novos horizontes.

Apesar de tudo isso, eu adorava trabalhar lá. Já estava muito à vontade e me sentindo em casa. Fiz um sem número de amigos e gostava da maciça maioria dos meus colegas. Mas essa zona de conforto estava me incomodando sobremaneira.

Esse momento de insatisfação, quer me parecer, gerou uma energia universal que culminou com a minha demissão em 30 de setembro de 2011.

Fui vítima de um embuste, de um mal entendido, levantado por uma pessoa de pouquíssimo valor humano. Alíás, de nenhum valor humano. Desse o Senhor Deus cuidará! Peço a Ele que tenha misericórdia dessa alma.

Na hora foi muito difícil para mim. Estava eu muito acostumado com aquele trabalho. Como disse, gostava muito de trabalhar lá.

No final de semana que se seguiu a minha demissão, já estava cerca de 6 quilos mais magro e sofri muito.

Sofri tantas outras coisas por conta disso, que a demissão acabou sendo fichinha perto das consequências que ela mesma causou.

Mesmo muito combalido, acionei todos os meus parcos contatos que fiz nesses quase cinco anos de trabalho. Uns, que imaginei não fossem me ajudar, me ajudaram muito; outros que tinha certeza que podia contar, jamais me deram um retorno.

Passei a enviar currículo incessante e diuturnamente, de modo que, ao final do primeiro final de semana de demissão eu já tinha preenchido todos os espaços vagos da minha agenda na semana, com novos contatos e entrevistas.

Durante toda a minha saga por um novo emprego não consegui ficar, um dia seuquer, no sofá da minha casa.

Corri, corri, chorei, chorei, suei, suei.... mais luta.

Tive, nesse meio tempo, um problema de saúde com meu filho, que contraiu uma meningite nos últimas dias de vigência do plano de saúde corporativo, da antiga empresa.

Quando meu bebezinho (convenhamos, ele já está com quase 3 anos, não é um bebezinho objetivamente, mas subjetivamente é) estava fazendo o exame do liquor, para a comprovação de que tipo de meningite estávamos tratando, envelheci alguns anos, naqueles poucos minutos em que houvia seu choro sentido de "porque eu?".

Muitas dores ele sentiu e eu implorava a Deus que sua meningite fosse a do tipo "viral", porque a do tipo "bacteriana" é grave e pode deixar sequelas.

Não bastasse isso, estava eu preocupado com um detalhezinho bem simples: como já estava demitido, não tinha mais direito ao plano de saúde corporativo, e não havia tido tempo de fazer outro, de modo que, se tivéssemos que ficar internados nesse hospital que o tratava, que é um dos mais conceituados do país, receava que o plano não ia liberar uma internação. Minha cabeça começou a entrar em pânico e minha alma já não mais dava sinais de razão.

Nisso já estávamos praticamente internados com nosso filho. Até então o plano de saúde houvera aprovado todos os procedimentos médicos, para minha surpresa, mas eu teimava que se ele tivesse que ficar internado eles não iam liberar.

Quando foi uma hora da manhã do domingo, dia 06 de novembro, veio o médico plantonista da enfermaria e nos deu a notícia de que a meningite do menino era a do tipo "viral", que não gera qualquer sequela, mas, tão somente, dor e febre durante alguns dias.

Tivemos que solicitar a internação do meu filho, porque a dor era muito grande e ele precisava tomar analgésicos endovenosos para arrefecer a dor.

Em nome do Senhor Jesus Cristo saiu a liberação de sua internação e subimos para o quarto.

Ficamos o domingo inteiro lá. A previsão da alta seria na segunda-feira (07.11), após o almoço.

Na manhã de segunda, com meu filho ainda internado, ligou-me a secretária de um escritório que eu havia feito uma entrevista, pedindo-me que eu comparecesse na parte da tarde para uma nova conversa.

Se chamaram a segunda vez, é porque as chances de contratação seriam ótimas.

Chegando no escritório, fui sabatinado com uma série de perguntas sobre minha saída da antiga empresa, tendo eu revelado todos os fatos, do modo exato como ocorreram. Disse a eles que a única coisa certa de que teriam de mim seria a lealdade.

Na hora pensei que, se eu mentisse, estaria utilizando expediente anti-bíblico e a vitória poderia não ter um sabor dos mais suculentos. Preferi falar a veradade, até porque, como disse, não fiz qaulquer coisa errada. Só não queria que os eventuais "novos" empregadores soubessem que meu nome foi envolvido, ainda que de maneira indevida, em alguma cizânia.

Mas não teve jeito, falei toda a verdade! Isso foi muito apreciado por eles, que, como não podia deixar de ser, não viram qualquer culpa minha em nada do que narrei! Estava limpo e com a consciência em paz.

Ficaram de me retornar na quarta (09.11).

No dia prometido, logo pela manhã, foi anunciado que a vaga era minha e que eu deveria começar no dia 16.11, após o feriado da República.

No feriado, antes de meu início no novo trabalho, meu filho foi, novamente, visitar o pronto socorro, com uma constipação, por conta dos antibióticos que havia tomado contra a meningite.

Dessa vez, nada demais. Só uma lavagenzinha para evacuar. Perto do que já tinha passado isso era "café pequeno".

Eis que no dia 16 de novembro de 2011, retornei ao mercado de trabalho.

Deus foi tão bom comigo, que não consegui nem usar o seguro desemprego do antigo trabalho.

Mais ainda, toda verba rescisória que recebi hoje integra uma poupança bastante segura.

Além disso, fui chamado para trabalhar em uma outra empresa, como freelancer, aos finais de semana e em algumas noites no meio da semana, por conta da natureza da atividade desta empresa.

Assim, nestes últimos 45 dias do ano, trabalhei todos os dias, sem exceção, tendo somente parado para o natal.

Como não tive tempo nem para respirar, não conseguia me organizar para continuar com nossas postagens. Agora consegui!

Já bolei uma forma de atualizar este blog e continuar com este trabalho que, a cada dia, vem frutificando mais.

Nesse meio tempo, e já lá se vão 3 meses que tudo isso se deu, passei por lutas muito grandes. Algumas delas eu mencionei aqui; outras são imensuráveis.

Houve momento em que eu pensava que não iria aguentar. Houve situações as quais eu imaginava que estariam sem solução. Eu experimentei, seguramente, os momentos mais infelizes de toda a minha vida nos três últimos meses de 2011.

Isso sem contar que, no começo do ano, eu estava afogado em dívidas e, em junho, conforme aqui noticiado, inclusive, meu carro foi roubado.

O ano de 2011, para mim e para minha família é, verdadeiramente, uma ano para ser esquecido, não é?

NÃO! Este ano tem que ser lembrado sim, e para sempre!

Foi neste ano que aprendi que tenho capacidade para mais, que posso mais.

Neste ano pude fazer duas listas: a daqueles que, de fato, me consideram amigo e torcem por mim; e outra, dos que eu devo desprezar.

Foi em 2011 que vi, em meio a um pântano, nascer a flor colorida da esperança.

Neste ano tive ainda mais certeza de que, estar ao lado de Deus, não é garantia de isenção de sofrimento, mas de ter um verdadeiro amigo do seu lado nas horas mais difíceis, hora esta em que você está SOZINHO e não pode contar com ninguém, nem com seus familiares e amigos.

Enquanto tem uma porção de crente "idiotizado" e manipulado pela "teologia da prosperidade" dizendo que "praga nenhuma chegará a tua tenda", eu estava ao lado de um Deus verdadeiro que me protegeu e me saolvou do laço do passarinheiro.

Ele se utilizou da atitude pérfida de uma pessoa sem escrúpulos para prover aquilo que eu precisava, de modo que me enviou aquilo que eu precisava e não aquilo que eu pedia feito um imbecil.

Neste novo trabalho tenho a perspectiva de realizar um sonho de muitos anos ainda não realizado. E vou realizá-lo!

Em 2011 passei por uma faculdade que poucos passam na vida: aprendi com a dor sem me queixar de Deus.

Foi dolorido pra caramba, mas eu venci e, seu eu venci, Deus venceu.

Obrigado a todos e aguardem nossas publicações.

Um feliz, mas feliz mesmo, 2012 para você e toda sua família.

Que o Senhor Deus possa derramar centelhas de bênçãos por toda sua caminhada.

Rodrigo Barros