segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O MUNDO DA XUXA E O McDONALD'S










Preclaros leitores,

Como pai participativo da vida do filho, no último dia 18.09, estive no chamado "Mundo da Xuxa", no Shopping SP Market, na Capital Paulista.

Chegamos por volta das 11:00h eu e minha esposa começamos a pôr nosso filho para brincar em todas as atrações do tal parque.

Não vou ingressar muito no mérito das razões pelas quais levei meu filho lá. Até agora estou me fazendo a mesma pergunta. Conformei-me com uma coisa simples: meu filho ficou em um estado de felicidade poucas vezes visto. Acredito que, por mais que você tente, tem certas coisas que se tornam inevitáveis. Pois bem!

Em meio a muita magia e brincadeiras, os presentes foram avisados de que em alguns minutos o primeiro show começaria.

Luzes apagadas e o palco começa a ficar todo enfumaçado. Raios lazer são projetados contra a estrutura teatral. Começa um ajuntamento de pessoas extraordinário. Pais e seus filhos começam a tomar seus assentos no chão ansiosos pelo início do espetáculo. Uma música triunfalista da Xuxa brada: "tchuru- tchuru-al. Planeta Xuxa! Ô Ô Ô Ô Xuxa, Yeah!" Começa o show!

Homens vestidos de rato e uma bruxa sobre patins invadem o palco, jogando toda sorte de lixo pelo chão da estrutura. Há toda uma coreografia para isso. A bruxa patina por todo o chão cantando uma música da qual não se entende a letra. A melodia, contudo, é algo comparável a um culto pagão.

Terminada a música, entram no palco dois bonecos coloridos, bem vestidos e branquinhos: um menino e uma menina. Esta última denominada "Xuxinha".

Começam os dois a inquirir a plateia sobre a ação dos ratos e da bruxa, no sentido de que estes estariam errados, porquanto jogavam lixo por todo lado, desrespeitando o meio ambiente.

Começam uma verdadeira lição de moral a todos os espectadores, exortando-os a evitar a produção de lixo sólido bem como à reciclagem de materiais não orgânicos.

Outra música começa. Desta vez, foi a turminha do bem quem cantou, isto é, a turma da tal Xuxinha.

A música trazia, por óbvio, a temática da preservação do meio ambiente.

O show termina!

Este espetáculo de luzes, cores e danças, que aliás foi formidável e muito bem organizado, deu-se por volta das 13:30h. Para um domingo este é um execelente momento para se pensar em almoçar.

Fui ao toalete lavar as mãos e eis que me deparo com um aviso bem grande: "Não disponibilizamos papel para secagem das mãos, porque papel gera poluição e corte de árvores". Abaixo do aviso um grande secador elétrico de mãos.

Pensei comigo que esta opção, de fato, é menos impactante para a natureza, embora a energia elétrica despendida para a secagem de mãos pode ser bem impactante quando nossos reservatórios de água ficam abaixo do nível. De qualquer modo aplaudi a iniciativa.

Fui até minha esposa e perguntei: - o que vamos comer? E ela me disse: - Tem um McDonald's dentro do parque!

Naquele momento abriu-se uma tangente no tempo, que me fez lembrar, em frações de segundo, da lição de moral do primeiro show, acerca da preservação da natureza.

Ora, ora, ora!!!

Como pode o "Mundo da Xuxa", que tem como carro-chefe a temática da preservação da natureza, ter, dentro de suas dependências, o seu próprio McDonald's.

Para quem não sabe, o McDonald's é uma empresa responsável por uma rede internacional de lanchonetes, cuja atividade é conhecida como fast food, sendo a maior rede do mundo na área citada. A expressão também se refere à marca desta empresa, a qual a transcende e revela-se inserida na cultura de massas contemporânea. A rede foi fundada em abril de 1955, em Illinois, nos Estados Unidos. Atualmente ela vende cerca de 190 hambúrgueres por segundo no mundo, sendo que uma nova loja é inaugurada a cada dez horas. Entre 1955 e 1993, as suas 14 mil lojas venderam 80 bilhões de sanduíches. Juntamente de marcas como Coca-Cola o McDonald's é considerado um dos mais disseminados símbolos do capitalismo internacional. (dados do pt.wikipedia.com).

Qual o problema disso, então? Eu vislumbro, ao menos, dois.

O McDonald's, juntamente com outras marcas do mercado mundial e nacional, além de reconhecidas marcas de fast food, também são reconhecidas como marcas de junk food. Mas o que é isso?

A junk food, ou "comida lixo", contém freqüentemente altos níveis de gordura saturada, sal ou açúcar e numerosos aditivos alimentares tais como glutamato monossódico e tartrazina; ao mesmo tempo, é carente de proteínas, vitaminas e fibras dietéticas, entre outros atributos saudáveis. Popularizou-se entre os fabricantes porque é relativamente barata de produzir, possui prazo de validade prolongado e pode nem mesmo precisar de refrigeração. Tem tornado-se popular em todo mundo porque é fácil de encontrar, requer um mínimo ou nenhum preparo antes do consumo, e pode exibir uma vasta gama de sabores. Mundialmente, o consumo de junk food tem sido associado à obesidade, doenças coronarianas, diabetes tipo 2, hipertensão e cáries. Há também preocupações quanto ao marketing direcionado para crianças. (dados do pt.wikipedia.com).

Você está começando a entender? Vamos avançar um pouquinho mais?

Leia a íntegra deste texto abaixo. Ele foi retirado do site "Caminhando Junto", e foi escrito por Eduardo V. Mortari Jr., que é administrador de empresas. Você ficará perplexo com os dados!

De acordo com o mais recente relatório econômico divulgado pelo McDonald’s do Brasil, a empresa é líder no mercado brasileiro de fast food, tendo respondido, em 2007, por 40% do segmento de alimentação rápida fora de casa no país. No mesmo ano, a empresa vendeu no país 196 milhões de sanduíches, 264 milhões de porções de batatas fritas e 17,8 mil toneladas de carne.

Da mesma forma que impressionam os números de consumo, imaginamos a quantidade de lixo produzido, assim como o volume de emissão de gases causadores do efeito estufa. Mais impressionante ainda é a empresa, com toda esta importância no setor, não ter políticas consistentes de compensação ambiental. Na prática, a companhia apenas adota medidas pouco eficazes para diminuir o impacto ambiental que causa.

Façamos um cálculo rápido: cada refeição gera em média 32,5 gramas de resíduos sólidos, entre papel e plástico. Como em 2008 a empresa faturou 22% a mais que em 2007, podemos estimar que vendeu cerca de 15% mais lanches. A partir desses números, chegamos à quantidade de 7.312 toneladas de papel e plástico descartados. Considerando ainda que a refeição consome guardanapos, sachês de temperos, sacos de papel, embalagens e caixas de transporte, e que resulta em resíduos alimentares, podemos chegar a uma estimativa conservadora de 17,5 mil toneladas de lixo produzido pelo McDonald’s em 2008. Se todas estas embalagens descartadas fossem colocadas lado a lado, a distância percorrida pelo lixo seria igual a seis voltas ao redor do planeta. Todo este volume foi lançado no lixo comum.

Este cálculo visa analisar a real sustentabilidade das atividades da rede. E a conclusão é que o McDonald’s é o maior vilão ambiental de todo o segmento de alimentação do Brasil. Alguns exemplos ilustram esta afirmação:

A empresa informa que vai reaproveitar o óleo da fritura para produzir biodiesel. Porém, este óleo é hoje vendido para terceiros, sem a preocupação com seu destino final.

Apesar de ter um restaurante “ecológico”, que permite redução de 14% no consumo de energia e 50% no consumo de água, a empresa não assume compromisso de implantar estas melhorias nos restantes 561 restaurantes da rede.

Enquanto alega não comprar carne ou grãos vindos de áreas desmatadas da Amazônia, despeja centenas de toneladas de gordura sem tratamento nos esgotos das cidades.

Só este ano o McDonald’s do Brasil iniciou uma prática experimental de coleta seletiva, em apenas 15% dos restaurantes. Por que não adotar o procedimento em todas as unidades?

O fato é que o impacto ambiental provocado pelo McDonald’s vai muito além do lixo sólido que produz. O modelo de negócio – com uma central de distribuição única – faz com que a logística da rede seja também uma grande vilã do meio ambiente. O abastecimento dos apenas cinco restaurantes de Manaus (AM), por exemplo, demanda viagens de avião e caminhão, e um consumo maior de energia por câmaras frigoríficas para garantir a qualidade dos alimentos perecíveis. Por que toda a mercadoria tem que ser transportadas em grandes caminhões, movidos a diesel e não comprada de produtores regionais?

O objetivo desta reflexão é mostrar a urgente necessidade de adoção no McDonald’s de um programa de compensação ambiental que possa reduzir os efeitos das emissões de gases de efeito estufa de sua cadeia produtiva. Seja na forma de lixo, esgoto, consumo de energia e água ou emissão de CO² e outros gases. Tudo isto precisa ser adequadamente compensado!

Para uma empresa que, no ano de 2008, faturou R$ 3,3 bilhões no país e só em propaganda investiu cerca de R$ 130 milhões, destinar parte dos investimentos a um programa de compensação ambiental é uma obrigação. Principalmente para com a população que, ao consumir seus produtos, lhe propicia enormes lucros, muitos dos quais são exportados na forma de royalties.

Exportar lucros não é nenhum pecado e faz parte do sistema econômico globalizado que trouxe grandes benefícios ao país. O que não se pode permitir, no entanto, é que só o lucro saia enquanto todo o lixo fica.

Precisamos dizer mais alguma coisa?

Lembra-se daqueles ratos e daquela bruxa que narramos no início de nosso artigo? Pois então! Eles representam, alegoricamente, o McDonald's, que a Xuxa chamou, literalmente, para fazer parte de seu "Mundo".

Como sabemos, a Xuxa é vegetariana. Prima pela sua saúde e aparência.

Porque o parque que leva seu nome não segue as mesmas preferências dela? Porque não se coloca um restaurante que serve comida balanceada para as crianças, rica em nutrientes, supervisionada por nutricionistas?

Porque o "Mundo da Xuxa" não dispensa de vez de suas dependências um dos maiores produtores de lixo e poluição do mundo?

Se o "Mundo da Xuxa" é esse ai que presenciamos, então ele não preza por nenhum dos valores que ele, de forma bastante incoerente e hipócrita, anuncia nos seus shows.

Xuxa, se você preza tanto os seus baixinhos, que aliás são os verdadeiros responsáveis por todo sucesso de sua vida, trate-os bem! Ensine-os a se alimentar bem! Advirta-os acerca do consumo de alimentos cujas indústrias não respeitam o meio ambiente!

Não fique só no show. Vá além!

VOZ DA CONSCIÊNCIA

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

BRASIL: Ministério Público Federal denuncia líderes da Igreja Universal por estelionato

Prezados,

Vejam o vídeo desta notícia veiculada hoje (12.09) no Jornal da Band. Tirem suas próprias conclusões!





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VOZ DA CONSCIÊNCIA

SINAL DOS TEMPOS? Pastores de Malafaia têm salário de até R$ 20 mil, além de casa e carro

 
Silas Malafaia, 53, informou que o salário dos pastores de sua igreja, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, vai de R$ 3.000, para iniciantes, a R$ 20.000, com benefícios que incluem casa mobiliada, escola para filhos e plano de saúde. Pastores com experiência têm direito a carro do ano.

É a primeira vez que um líder religioso neopentecostal revelou o salário dos pastores. Na falta de maiores informações, os valores citados por Malafaia podem ser tomados como referência do mercado de salários dos pregadores da Bíblia.

As perspectivas desses profissionais são as melhores possíveis, considerando que não precisam ter formação universitária. Um professor de ensino médio não ganha tanto, nem sequer um médico em início de carreira, por exemplo.

“Mas é preciso saber ler a Bíblia, pregar, explicar”, disse Malafaia à jornalista Daniela Pinheiro, que escreveu para a revista Piauí de setembro reportagem sobre o pastor. “Não adianta o cara [candidato a pastor] vir com chorumela”, avisou Malafaia.

Na semana passada, a BBC Brasil informou que os pastores mais habilidosos estão sendo disputados pelas igrejas neopentecostais. Está se tornando cada vez mais comum um pastor mudar de igreja para ganhar mais, a exemplo do que ocorre em outras atividades.

A valorização desses profissionais se deve a um conjunto de fatores: o bom desempenho da economia brasileira, o fortalecimento do poder aquisitivo das classes C e D (onde há proporcionalmente mais evangélicos) e a disputa cada vez mais acirrada entre as igrejas evangélicas pelo mercado de fiéis.

O número de vagas é crescente e faltam profissionais. A procura por bons profissionais supera a oferta.

Malafaia informou que vai abrir 250 igrejas nos próximos cinco anos. Considerando que cada templo necessita no mínimo de dois pastores, a Vitória de Cristo vai precisar de pelo menos 500 profissionais. Atualmente, a subdenominação tem cerca de 100 templos.

É aconselhável que os candidatos a pastor saibam o inglês ou outro idioma, porque as igrejas neopentecostais vão continuar se expandindo exterior, em ritmo cada vez mais acelerado. A Igreja Universal, por exemplo, já se encontra em 110 países, onde o "negócio" é administrado, na maioria dos casos, por brasileiros, tidos como os de "mais confiança" em relação aos pastores "nativos".

A Universal tem mais filiais no exterior do que qualquer multinacional brasileira, registrou a BBC. Em Londres, o esforço agora da denominação é cativar os ingleses, não só, portanto, os brasileiros lá radicados.

A Igreja Mundial segue o caminho da Universal. Além de ter um forte crescimento no Brasil, a igreja de Valdemiro Santiago se expande sobretudo na África. Pouco se sabe da Igreja Internacional da Graça, do discreto R.R. Soares, mas seus planos também são expansionistas.

Na Universal, o pastor tem de cumprir meta de arrecadação de dízimo, como qualquer vendedor de apólice de seguro ou do comércio atacadista, por exemplo. Há prêmios, como viagem a Jerusalém, àqueles que obtêm os melhores resultados.

Além de bom salário, os pastores sempre têm a possibilidade de abrir “o próprio negócio” sem praticamente nenhum investimento. Para registrar uma igreja e começar a pregar e colher dízimo, desfrutando de isenção de impostos, basta R$ 500, no máximo, sem contar o aluguel de um salão.

Fonte: Paulopes com informação da revista Piauí
Acompanhe também o site:  www.amigodecristo.com