sábado, 29 de janeiro de 2011

AMEAÇA GLOBAL: PROJETO MILITAR HAARP - VANDALISMO DE ALTA FREQÜÊNCIA NOS CÉUS

Technonet, a forma de protesto dos anos 90: fazer piquetes nas estradas de informação. Por exemplo, um grupo de homens e mulheres, que vem crescendo rapidamente em todo o mundo, está usando a Internet (introduzida pelos militares norte-americanos para transferência e troca de informações que nunca eram interceptadas) para chamar atenção para um questionável projeto militar no Alasca. Esse pessoal adepto da Internet, de correios eletrônicos e do fax está abrindo buracos no muro de segredos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos utilizando o próprio sistema do governo.
A parte impressa do protesto se iniciou quando Dennis Specht, ativista antinuclear que na época morava no Alasca, enviou uma notícia para a Nexus sobre o tema HAARP -sigla em inglês para Programa de Pesquisa Auroral Ativo de Alta Freqüência. Naquela época, um ativista político e pesquisador científico alasquiano de Anchorage, Nick Begich, entrou em contato, via Internet, com Patrick e Gael Crystal Flanagan, autodescritos como "tecnomonges" moradores de Sedona, Arizona, que lhe disseram para checar naquela revista australiana. Begich ficou surpreso ao ver uma notícia de sua cidade natal em Nexus e imediatamente foi à biblioteca local paradesencavar os documentos citados no artigo.

Essa pesquisa conduziu à elaboração de artigos e ao livro Angels Don't Play This HAARP: Advances in Tesla Tecnology (Os Anjos Não Tocam Esta HAARP: Avanços na Tecnologia de Tesla), com 230 páginas de informações detalhadas sobre esse projeto que interfere no ambiente terrestre. Este artigo apresentará apenas os pontos de maior interesse. Apesar da quantidade de pesquisas (350 notas de rodapé), no fundo trata-se de uma história sobre pessoas comuns que assumiram em desafio extraordinário.

O HAARP COZINHA A ATMOSFERA SUPERIOR

O HAARP ataca a atmosfera superior com um raio eletromagnético concentrado e passível de ser controlado. Trata-se de um modelo avançado de um ?aquecedor ionosférico.? (A ionosfera é a esfera eletricamente carregada que circunda a atmosfera superior da Terra. Eleva-se a cerca de 64 a 700 km da superfície da Terra).

Em termos simples, a aparelhagem do HAARP é uma inversão de um rádio telescópio: antenas enviam sinais em vez de recebê-los. O HAARP constitui a série de testes que têm por objetivo desenvolver uma tecnologia de ondas de rádio super-poderosa que eleva áreas da ionosfera concentrando um raio e aquecendo essas áreas. As ondas eletromagnéticas então voltam para a Terra e penetram em tudo - vivo e morto.

A publicidade do HAARP passa a impressão de que Projeto de Pesquisa Auroral Ativo de Alta Freqüência constitui principalmente um projeto acadêmico, com o objetivo de modificar a ionosfera para melhorar as comunicações para nosso próprio bem. Contudo, outros documentos militares dos Estados Unidos são mais claros: o HAARP visa aprender a "explorar a ionosfera tendo em vista as finalidades do Departamento de Defesa." A comunicação com submarinos é apenas uma dessas finalidades.

Informações encaminhadas à imprensa e outras informações dadas pelos militares sobre o HAARP constantemente minimizam o que ele poderia fazer. Documentos publicitários insistem que o projeto HAARP não é diferente de outros aquecedores da ionosferera que estão operando com segurança em todo o mundo em lugares como Arecibo, em Porto Rico; Tromso, na Noruega; e locais na ex-União Soviética. No entanto, um documento de 1990 do governo sugere que o ataque do potencial de freqüência de rádio (fr) levará a ionosfera a apresentar atividades não naturais: "Nos potenciais de alta freqüência mais elevados disponíveis no Ocidente, as instabilidades normalmente estudadas estão se aproximando de sua máxima capacidade de dissipação de energia de fr, além da qual os processos plasmálicos 'resvalarão' até que seja atingido o próximo fator limitante."

Caso os militares, em cooperação com a Universidade do Alasca, em Fairbanks, consigam demonstrar que essa nova tecnologia "Guerra nas Estrelas" terrestre é segura, os dois saem ganhando. Os militares podem dispor de um escudo de defesa relativamente barato e a universidade pode se gabar da manipulação geofísica mais surpreendente desde as explosões atmosféricas de bombas nucleares. Depois de testes bem-sucedidos, eles conseguiriam os megaprojetos militares do futuro, além de imensos mercados para o gás natural de North Slope, no Alasca.

Ao observarmos os outros inventos patenteados baseados no trabalho do físico texano Bernard Eastlund, fica óbvio o uso que os militares pretendem dar ao transmissor HAARP. Também tornam-se menos dignas de crédito as negativas do governo. Os militares sabem como tencionam utilizar essa tecnologia, e deixaram sua intenção clara em seus documentos. Eles deliberadamente enganaram o público por meio de sofistiçados jogos de palavras, artifícios e absoluta desinformação.

Os militares dizem que o sistema HAARP poderia:

1) Fornecer aos militares uma ferramenta para substítuir o efeito de pulsação eletromagnética dos aparelhos termonucleares atmosféricos (pelo menos até 1986, eram considerados uma opção viável);

2) Substituir o gigantesco sistema de çomunicação submarina de Freqüência Extremamente Baixa em operação em Míchigan e Wiscosin por uma tecnologia mais nova e completa;

3) Ser usado para substituir o sistema de radar além-do-horizonte, antes planejado para se situar na localização atual do HAARP, por um sistema mais flexível e preciso;

4) Proporcionar uma maneira de eliminar as comunicações sobre uma área extremamente grande, e ao mesmo tempo manter os próprios sistemas de comunicações milítares em funcionamento;

5) Fornecer uma tomografia de penetração da Terra em uma grande área que, caso combinada com a capacidade de processamento dos computadores EMASS e Cray, tornaria possível investigar vários signatários de acordos de não proliferação nuclear e de paz;

6) Ser uma ferramenta na sondagem geofísica para prospecção de jazidas de petróleo, gás e minérios sobre uma grande área; e

7) Ser usado para detectar aviões e mísseis de baixo nível que estejam se aproximando à alta velocidade, tornando obsoletas outras tecnologias.

As capacidades descritas acima parecem ser uma boa idéia para todos os que acreditam numa sólida defesa nacional e para os que estão apreensivos com o corte de gastos. Contudo, os possíveis usos não explicados pelos relatórios HAARP, e que podem ser encontrados apenas nos relatórios da Força Aérea, do Exército, da Marinha e de outros órgãos federais dos Estados Unidos, são alarmantes. Além disso, os efeitos da utilização imprudente desses níveis de potência em nosso escudo natural - a ionosfera - poderiam ser catastróficos, segundo alguns cientistas.

Uma alasquiana diz isso sem rodeios. Clare Zickuhr, uma das fundadoras do movimento NO HAARP (Não ao HAARP), afirma: "Os militares vão dar um grande pontapé na ionosfera para ver o que acontece."

Os militares não disseram ao público que não sabem exatamente o que acontecerá, mas um artigo científico de Penn State se vangloria dessa incerteza. Ciência de macho? O projeto HAARP utiliza os níveis mais altos de energia com os quais já se brincou, aquilo que Begich e Manning chamam "os garotões com seus brinquedos novos." Trata-se de um experimento no céu, e os experimentos são conduzidos. para se descobrir algo ainda desconhecido. Cientistas independentes disseram a Begich e Mannlng que um "arrasa-céu" do tipo HAARP com seus efeitos imprevistos poderia ser um ato de vandalismo global.

A HISTÓRIA DO HAARP

As patentes descritas a seguir formavam o pacote de idéias originalmente controladas por ARCO Power Technologies lncorporated (APTI), subsidiária de Atlantic Richfield Company, uma das maiores companhias de petróleo do mundo. AAPTI foi a empreiteira que construiu as instalações do HAARP. A ARCO vendeu sua subsidiária, as patentes e o contrato da segunda fase de construção para E-Systems em junho de 1994.

A E-Systems é uma das maiores empreiteiras de serviços de inteligência do mundo, prestando serviços para a CIA, organizações de inteligência de defesa e outras. Dezoito bilhões de dólares de sua receita se devem a essas organizações, com $800 milhões de projetos negros-projetos tão secretos que nem mesmo o congresso do Estados Unidos é informado sobre como o dinheiro está sendo gasto.

A E-Systems foi comprada pela Raytheon, uma das maiores empreiteiras de sistemas de defesa do mundo. Em 1994, a Raytheon aparecia em 42° lugar na relação das 500 empresas da revista Fortune. A Raytheon possui milhares de patentes, algumas das quais serão valiosas para o projeto HAARP. Doze patentes constituem a espinha dorsal do HAARP, e estão, agora entre milhares de outras patentes mantidas no nome da Raytheon.

A patente americana número 4.686.605 de Bernard J. Eastlund, "Método e Aparelhagem para Alteração de uma Região da Atmosfera, Ionosfera e/ou Magnetosfera da Terra," ficou lacrada durante um ano por uma ordem governamental de sigilo. O aquecedor ionosférico de Eastlund era diferente: a irradiação de freqüência de rádio (fr) era concentrada e focalizada em um ponto da ionosfera. Essa diferença lança uma quantidade sem precedente de energia na ionosfera. O aparelho de Eastlund permitiria uma concentração de um watt por centímetro cúbico, em comparação com outros aparelhos com capacidade de liberação de apenas um milionésimo de watt.

Essa enorme diferença poderia produzir a elevação e modificação da ionosfera necessárias para se criar os efeitos futuristas descritos na carta-patente. Segundo a carta-patente, o trabalho de Nikola Tesla no início dos anos de 1900 formou a base da pesquisa.

Qual seria o valor dessa tecnologia para a ARCO, proprietária das patentes? A empresa poderia ter obtido lucros enormes irradiando a força elétrica, sem fios, a partir de uma usina elétrica nos campos de gás para o consumidor.

Durante certo tempo, os pesquisadores do HAARP não conseguiram provar que esse fosse um dos futuros usos do sistema. Em abril de 1995, contudo, Begich descobriu outras patentes relacionadas a uma lista de "pessoal-chave" para a APTI. Algumas dessas novas patentes da APTI constituíam, de fato, um sistema sem fios para transmissão de energia elétrica.

A patente de Eastlund dizia que a tecnologia pode confundir ou destruir completamente os sofisticados sistemas de orientação de aviões e mísseis. Além disso, essa capacidade de difundir ondas magnéticas de freqüências variáveis em grandes áreas da Terra - e de controlar mudanças nessas ondas - torna possível a desativação das comunicações em terra ou no mar, bem como no ar. A carta-patente dizia:

"Dessa maneira, esta invenção proporciona a capacidade de introduzir quantidades inéditas de energia na atmosfera da Terra em locais estratégicos e de manter o nível de injeção de energia, em particular se houver o emprego de pulsação aleatória, de forma bem mais precisa e mais bem controlada do que a conseguida até agora pela tecnologia anterior, em especial pela detonação de artefatos nucleares de várias potências em várias altitudes...

"É possível não só interferir nas comunicações de terceiros como também aproveitar uma ou mais irradiações para estabelecer uma rede de comunicações, embora o restante das comunicações do mundo estejam interrompidas. Em outras palavras, o que é utilizado para destruir as comunicações dos outros pode ser empregado ao mesmo tempo, por um conhecedor dessa invenção, como uma rede de comunicações...

"Grandes regiões da atmosfera poderiam ser erguidas a altitudes inesperadamente elevadas, de modo que os mísseis se deparassem com f'orças de atração repentinas e imprevistas com sua conseqüente destruição...

"É possível modificar o clima. Por exemplo, alternando-se os padrões de ventos da atmosfera superior, por meio da construção de uma ou mais formações de partículas atmosféricas que atuarão como uma lente ou aparelho focalizador... Podem ocorrer modificações moleculares da atmosfera, de modo que efeitos ambientais positivos possam ser alcançados. Além de realmente modificar a composição molecular de uma região atmosférica, uma molécula ou moléculas em particular podem ser selecionadas para ter uma predominância cada vez maior. Por exemplo, as concentrações atmosféricas de ozônio, nitrogênio e outros gases poderiam ser artificialmente aumentadas..."

Begich descobriu outras onze patentes da ATPI. Elas diziam como realizar "Explosões de Proporções Nucleares sem Radiação," construir sistemas de irradiação de energia, radares além-do-horizonte, sistemas de detecção de mísseis com ogivas nucleares, pulsações eletromagnéticas previamente produzidas por armas termonucleares e outros truques de "Guerra nas Estrelas." Esse grupo de patentes é o sustentáculo do sistema de armas do HAARP.

MANIPULAÇÃO MENTAL

Pesquisas relacionadas a esse assunto realizadas por Begich e Manning desvendaram esquemas bizarros. Por exemplo, documentos da Força Aérea dos Estados Unidos revelaram que fora desenvolvido um sistema de manipulação e destruição dos processos mentais humanos por meio da irradiação de freqüência oscilante de rádio (a matéria-prima do HAARP) sobre extensas áreas geográficas.

O material mais impressionante sobre essa tecnologia procedia de textos escritos por Zbigniew Brzezinski (conselheiro de Segurança Nacional do presidente Carter) e por J.F. MacDonald (conselheiro científico do presidente Johnson e professor de geofísica na UCLA -Universidade da Califórnia), sobre o uso de transmissões de irradiações de energia em operações de guerra geofísica e ambiental. Os documentos mostraram como esses efeitos podem ser provocados e os efeitos negativos na saúde e no raciocínio humanos.

As possibilidades de o HAARP causar destruição mental são muito preocupantes. Mais de 40 páginas do livro, com dúzias de notas de rodapé, relatam o trabalho de professores da Universidade de Harvard, de projetistas militares e cientistas planejando e testando essa utilização da tecnologia eletromagnética. Por exemplo, um dos trabalhos que descrevia essa utilização era proveniente da Cruz Vermelha Internacional de Genebra. O trabalho fornecia até as variações de freqüência em que esses efeitos poderiam ocorrer - as mesmas variações que o HAARP tem capacidade de irradiar.

A afirmação a seguir foi feita há mais de 25 anos num livro escrito por Brzezinski quando era professor na Universidade de Columbia: "Os estrategistas políticos estão tentados a explorar a pesquisa do cérebro e do comportamento humano. O geofísico Gordon J .E. MacDonald - especialista em questões relacionadas à guerra - diz que batidas eletrônicas precisamente ritmadas e artificialmente ativadas poderiam levar a um padrão de oscilações que produz níveis relativamente altos de energia sobre certas regiões da Terra... Dessa maneira, seria possível desenvolver um sistema que prejudicaria seriamente o desempenho cerebral de populações muito grandes em regiões selecionadas em um período prolongado de tempo...' Não importa o quão perturbadora, para certas pessoas, seja a noção de se usar o ambiente para manipular o comportamento e assim obter vantagens para o país, é bem provável que a tecnologia que vai tornar possível tal uso se desenvolva nas próximas décadas."

Em 1966, MacDonald era membro da Comissão Consultiva Científica da Presidência da República e mais tarde foi membro do Conselho da Qualidade Ambiental da Presidência. Ele publicou trabalhos sobre o uso de tecnologias de controle ambiental para fins militares. O comentário mais importante feito por ele na qualidade de geofísico foi: A chave para as operações de guerra geofísica e a identificação de instabilidades ambientais nas quais a adição de pequena quantidade de energia liberaria quantidades muito maiores de energia."

Se os geofísicos do passado previram os avanços da atualidade, será que os administradores do projeto HAARP estão produzindo essa visão? Os geofísicos reconheceram que a adição de energia ao caldo ambiental poderia provocar extensos efeitos. Contudo, a espécie humana já acrescentou quantidades substanciais de energia eletromagnética ao nosso ambiente sem pensar em que quantidade poderia constituir a massa crítica. O livro de Begich e Manning propõe questões. Essas adições não tiveram efeito. ou existe uma quantidade cumulativa que, se ultrapassada, pode provocar danos irreparáveis? O HAARP representa outro passo numa jornada sem volta? Estamos prestes a nos envolver em outro experimento de energia que liberta outra legião de demônios da caixa de Pandora?

Já em 1970, Zbigniew Brzezinski previu o surgimento gradual de uma "sociedade mais controlada e orientada," ligada à tecnologia. Essa sociedade seria dominada por um grupo de elite capaz de impressionar os eleitores com um conhecimento científico supostalmente superior. Angels Don?t Play This HAARP faz citações de Brzezinski:

"Liberta das restrições dos valores liberais tradicionais, essa elite não hesitaria, para atingir seus objetivos políticos, em usar as mais recentes técnicas modernas para influenciar o comportamento do público e manter a sociedade sob rígida vigilância e controle. O impulso técnico e científico então se alimentaria da situação que ele mesmo explora."

Suas previsões se mostraram corretas. Hoje, estão surgindo inúmeras novas ferramentas para a ?elite,? a tentação de usá-las aumenta constantemente. As políticas que tornam possível a utilização das ferramentas que já estão prontas. Como os Estados Unidos poderiam ser transformados, pouco a pouco, na tecnosociedade altamente controlada profetizada? Entre os "degraus" que levam a esse estado, Brzezinski previu as crises sociais persistentes e o uso das comunicações de massa para ganhar a confiança do público.

Em outro documento elaborado pelo governo, a Força Aérea dos Estados Unidos afirma: "As aplicações potenciais de campos eletromagnéticos artificiais são bem abrangentes, podendo ser usados em muitas situações militares ou semelhantes...Alguns desses usos potenciais incluem lidar com grupos terroristas, controle de multidões, controle de falhas de segurunça em instalações militares e técnicas antipessoais em operações táticas de guerra.. Em todos esses casos os sistemas eletromagnéticos (EM) seriam empregados para produzir perturbação psicológica desde branda até grave ou distorção da percepção ou desorientação. Além disso, a capacidade de os indivíduos exercerem suas funções poderia ser diminuída a tal ponto que eles ficariam inutilizados para combate. Outra vantagem dos sistemas eletromagnéticos é que um único sistema pode proporcionar cobertura sobre grandes áreas. Eles são silenciosos, e pode ser difícil desenvolver contramedidas para combatê-los...Uma última área em que a irradiação eletromagnética pode mostrar certo valor é no aumento das capacidades de indivíduos para fenômenos anômalos."

Esses comentários sugerem que já existem casos desenvolvidos em certo grau? O autor do relatório do governo se refere a um documento anterior da Força Aérea sobre os usos da irradiação de rádio-freqüência em simulações de combate. (Aqui Begich e Manning observam que o HAARP é o maior e mais versátil transmissor de rádio-freqüência do mundo).

O Relatório Parlamentar dos Estados Unidos ocupa-se do uso do HAARP para penetração na Terra com sinais lançados da ionosfera. Esses sinais são usados para observar o interior do planeta a uma profundidade de muitos quilômetros para localizar depósitos de munições, minerais e túneis subterrâneos. Para 1996, o Senado dos Estados Unidos reservou US$15 milhões para desenvolver somente este poder: tomografia de penetração da Terra.

O problema é que a freqüência necessária para radiações que penetrem na Terra encontra-se nos limites de freqüência mais citados por provocar a perturbação das funções mentais humanas. Pode também apresentar profundos efeitos em padrões de migração de peixes e animais selvagens que contam com um campo de energia calmo para encontrar suas rotas.

Como se não bastassem as pulsações eletromagnéticas nos céus e a pertubação mental, Eastlund se gabava que o aquecedor ionosférico superpoderoso podia controlar o clima.

Begich e Manning revelaram documentos governamentais que indicam que os militares possuem tecnologia de controle do clima. Quando o HAARP for finalmente posto a funcionar em potência máxima, poderá criar efeitos climáticos sobre hemisférios inteiros.

Caso um governo faça experiências com os padrões de clima do mundo, o que for feito em um lugar terá impacto em todos os habitantes do planeta. Angels Don't Play This HAARP explica um princípio por trás de algumas das invenções de Nikola Tesla - a ressonância - que afeta os sistemas planetários.

BOLHA DE PARTÍULAS ELÉTRICAS

Angels Don't Play This HAARP inclui entrevistas com cientistas independentes como Elizabeth Rauscher. A doutora Rauscher tem uma longa e impressionante carreira em física de alta energia, bem como trabalhos publicados em periódicos e livros científicos de prestígio. Rauscher comentou a propósito do HAARP: "Vocês estão bombeando uma energia tremenda para o interior de uma configuração molecular extremamente delicada, composta por essas camadas múltiplas que chamamos de ionosfera".

A ionosfera é propensa a reações catalíticas, explicou ela: se uma pequena parte for modificada, pode ocorrer uma grande alteração no sistema. Ao descrever a ionosfera como um sistema delicadamente equilibrado, a Dra. Rauscher partilhou sua imagem mental dela: uma esfera semelhante a uma bolha de sabão circundando a atmosfera da Terra, com movimentos circulares sobre a superifície da bolha. Caso ocorra uma perfuração muito grande na bolha, a Dra. Rauscher prevê que ela pode estourar.

FATIANDO A IONOSFERA

O físico Dr. Daniel Winter de Waynesville, Carolina do Norte, diz que as emissões de alta freqüência do HAARP podem se combinar com pulsações de ondas longas (de freqüência extremamente baixa ou FEB) utilizadas pela malha da Terra para distribuir informações na forma de vibrações para harmonizar o bailado da vida na biosfera. Daniel denomina essa ação geomagnética "a corrente sangüínea de informações da Terra" e diz ser provável que essa combinação das alta freqüências do HAARP com as FEB possam causar efeitos colaterais imprevistos e desconhecidos.

David Yarrow de Albany, Nova York, é pesquisador com experiência em eletrônica. Ele descreveu possíveis interações das radiações do HAARP com a ionosfera e a malha magnética da Terra: "O HAARP não queimará 'buracos' na ionosfera. Isso é uma atenuação perigosa do que o gigantesco raio de gigawatt do HAARP fará. A Terra gira em relação a finos envoltórios elétricos da membrana de múltiplas camadas da ionosfera que absorvem e protegem a superfície da Terra da radiação solar intensa, inclusive das tempestades de partículas carregadas dos ventos solares provenientes do Sol. O giro axial da Terra indica que o HAARP - numa emissão que dure alguns minutos - cortará a ionosfera como uma faca de microondas. Isso não produz um buraco e sim um corte longo - uma incisão."

CORDAS MAL TOCADAS

"Segundo conceito: à medida que a Terra girar, o HAARP cortará o fluxo magnético...uma bobina de cordas magnéticas em forma de rosquinha - como os meridianos de longitude [nos mapas]. O HAARP talvez não "corte" essas cordas no manto magnético de Gaia, mas fará pulsar cada corda com altas freqüências estridentes e desarmônicas. Esses impulsos barulhentos farão vibrar linhas de fluxo geomagnético, enviando vibrações por toda a teia geomagnética.

"Vem à mente a imagem de uma aranha em sua teia. Um inseto pousa, e as vibrações da teia alertam a aranha sobre uma possível presa. O HAARP será uma cutucada de microondas, feita pelo homem, na teia, no mínimo emitindo sinais desorientadores, se não rasgar buracos nas cordas.

"Os efeitos dessa interferência com as sinfonias da harpa geomagnética de Gaia são desconhecidos e, desconfio, muito pouco considerados, se o forem. Mesmo que sejam considerados, a intenção [do HAARP] é aprender a explorar quaisquer efeitos, e não tocar em harmonia com as sinfonias globais."

TERRA FEBRIL

Entre outros pesquisadores, encontra-se Paul Schaefer, de Kansas City. É diplomado em engenharia elétrica e passou quatro anos construindo armas nucleares. Diz ele: "Mas a maioria das teorias nas quais os cientistas nos ensinaram a acreditar parecem estar desmoronando."

Schaefer fala dos desequilíbrios já provocados pela era industrial e atômica, em especial pela irradiação de grande número de partículas minúsculas de alta velocidade "parecidas com diminutos piões girando" em nosso ambiente. O nível artificial de movimento de partículas altamente energéticas na atmosfera e em cinturões de radiação que circundam a Terra é o vilão das perturbações do clima, de acordo com o modelo que descreve uma Terra descarregando seu acúmulo de calor, aliviando a tensão e readquirindo uma condição de equilíbrio por intermédio de terremotos e atividades vulcânicas: "Pode-se comparar o estado energético anormal da Terra e de sua atmosfera à bateria de um carro que ficou sobrecarregada com o fluxo normal de energia comprimida, tendo como resultado locais aquecidos, formação de arcos elétricos, fissuras físicas e turbulência geral, à medida que a energia encurralada tenta encontra um lugar para ir." Numa segunda analogia, Schaefer diz: "A menos que desejemos a morte de nosso planeta, devemos parar com a produção de partículas instáveis que estão gerando a febre da Terra. Uma primeira prioridade para impedir essa tragédia seria fechar todas as usinas nucleares e interromper os testes com armas, artefatos eletrônicos de guerra e o "Guerra nas Estrelas."

Enquanto isso, os militares constróem o seu maior aquecedor ionosférico de todos os tempos, com a intenção deliberada de criar mais instabilidade numa enorme camada de plasma - a ionosfera - e acelerar o nível de energia de partículas carregadas.

CHUVA ELETRÔNICA CAINDO DO CÉU

Os militares publicaram trabalhos sobre a precipitação de elétrons da magnetosfera (os cinturões externos de partículas carregadas que flutuam em direção aos pólos magnéticos da Terra) causada por ondas eletromagnéticas de freqüência muito baixa produzidas pelo homem."Essas partículas precipitadas podem produzir ionização secundária, emitir raios X e causar perturbações na ionosfera inferior."

Dois cientistas da Universidade de Stanford, estudiosos de radiações, apresentam provas do que a tecnologia pode fazer para afetar o céu ao produzir ondas na Terra. Eles mostraram que freqüências de rádio muito baixas podem fazer vibrar a magnetosfera e fazer com que partículas de alta energia caiam em forma de cascata na atmosfera de Terra. Ao ligar ou desligar o sinal, eles conseguiram interromper o fluxo de partículas energéticas.

CONTROLE DO CLIMA

Avalanches de energia desalojadas por tais ondas de rádio poderiam nos atingir com violência. O trabalho [dos pesquisadores de Stanford] sugere que técnicos poderiam controlar o clima mundial emitindo "sinais" relativamente breves para o cinturão de Van Allen (anéis de radiação ao redor da Terra). Assim, os efeitos da ressonância de Tesla podem controlar energias enormes por meio de minúsculos sinais ativadores. O livro de Begich e Manning pergunta se esse conhecimento será usado por cientistas interessados na guerra ou por cientistas interessados na biosfera.

Os militares tiveram cerca de 20 anos para trabalhar em métodos de operações de guerra ligados ao clima, que chamam eufemisticamente de modificação climática. Por exemplo, a tecnologia de produção de chuvas foi testada algumas vezes no Vietnã. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos pôs em prática estudos de manipulação de raios e furacões no Project Skyfire (Projeto Fogo do Céu) e no Project Stormfury (Projeto Fúria da Tempestade). Também examinaram algumas tecnologias complexas que produziriam grandes efeitos. Angels Don't Play This HAARP cita um especialista que diz que os militares estudaram tanto raios laser como substâncias químicas que, segundo seus cálculos, poderiam causar danos à camada de ozônio sobre uma área inimiga.

Analisar formas de provocar terremotos, bem como de detectá-los, era parte do projeto chamado Prime Argus, há várias décadas. As verbas para esse projeto vinham do Departamento de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (sigla em inglês DARPA, atualmente abreviada para ARPA).

Em 1994, a Força Aérea dos Estados Unidos divulgou seu plano mestre Spacecast 2020, que inclui o controle do clima. Os cientistas têm realizado experiências com o controle do clima desde os anos de 1940, mas o Spacecast 2020 observava que "é proibido usar técnicas de modificação ambiental para destruir, causar danos ou prejudicar outro estado." Dito isso, a Força Aérea afirmou que o avanço tecnológico "conduz a um reexame desse tema importante e potencialmente arriscado."

QUARENTA ANOS DE ATAQUES AO CÉU?

Em 1958, o principal consultor da Casa Branca para alterações do clima, Capitão Howard T. Orville, disse que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos estava estudando "formas de manipular as cargas da Terra e do céu, influenciando, assim, o clima "mediante a utilização de um raio eletrônico para ionizar ou desionizar a atmosfera sobre determinada área.

Em 1966, o professor Gordon J. F. MacDonald era Diretor Adjunto do Instituto de Geofísica e Física Planetária da Universidade da Califórnia, Los Angeles, e membro da Comissão Consultiva de Ciência da Presidência, tornando-se mais tarde membro do Conselho de Qualidade Ambiental da Presidência. Ele publicou trabalhos sobre o uso de tecnologias de controle ambiental para fins militares. MacDonald fez um comentário revelador: "A chave para as operações de guerra geofísicas é a identificação de instabilidades em que a adição de pequena quantidade de energia liberaria quantidades muito maiores de energia."

MacDonald, cientista de renome mundial, tinha inúmeras idéias para a utilização do ambiente como um sistema de armas, tendo contribuído para o que foi, na época, o sonho de um futurista. Quando escreveu seu capítulo "Como Destruir o Ambiente" para o livro Unless Peace Comes (A Menos que Venha a Paz), ele não estava brincando. Nesse capítulo, ele descreve o uso da manipulação do clima, da alteração do clima, derretimento ou desestabilização das calotas polares, técnicas de diminuição de ozônio, engenharia de terremotos, controle de ondas oceânicas e manipulação de ondas cerebrais usando os campos de energia do planeta. Ele também disse que esses tipos de armas seriam desenvolvidos e, quando utilizados, não seriam detectáveis de modo algum por suas vítimas. Será o HAARP essa arma? A intenção dos militares de realizar engenharia ambiental está bem documentada.

Audiências da subcomissão do Congresso sobre os Oceanos e o Ambiente Internacional examinaram as alterações do tempo e do clima conduzidas no início dqs anos de 1970. "O que surgiu foi um quadro impressionante de pesquisas e experimentos abrangentes realizados pelo Departamento de Defesa sobre as maneiras pelas quais a interferência no ambiente poderia ser usada como arma," disse outro autor citado em Angels Don't Play This HAARP.

Os segredos divulgados surpreenderam os legisladores. Será que um inquérito sobre a situação da tecnologia da manipulação eletromagnética surpreenderia os formuladores de leis hoje? Eles talvez descubram que as tecnologias desenvolvidas a partir dos experimentos HAARP noAlasca poderiam tornar realidade a visão de Gordon MacDonald, pois os cientistas mais importantes descrevem o clima global não apenas em termos de pressão atmosférica e sistemas térmicos, e sim como um sistema elétrico.

PEQUENAS INTERFERÊNCIAS, GRANDES EFEITOS

O HAARP ataca a ionosfera nos pontos onde ela é relativamente instável. Deve-se lembrar que a ionosfera constitui um escudo elétrico ativo que protege o planeta do bombardeio constante de partículas de alta energia vindas do espaço. Esse plasma condutor, em conjunto com o campo magnético da Terra, captura o plasma elétrico do espaço e o impede de ir diretamente para a superfície da Terra, diz Chalies Yost de Dynamic Systems, Leicester, Carolina do Norte. "Se a ionosfera sofrer uma grande perturbação, a atmosfera abaixo dela será perturbada."

Outro cientista entrevistado disse que existe uma ligação elétrica poderosíssima entre a ionosfera e a parte da atmosfera na qual nosso clima faz sua encenação: a atmosfera inferior.

Um efeito elétrico fabricado pelo homem - a ressonância harmônica das linhas de transmissão de força - provoca a precipitação de partículas carregadas do cinturão de Van Allen (radiação), e os íons cadentes ocasionam os cristais de gelo que precipitam as nuvens de chuva. E o HAARP? A energia lançada para o alto a partir de um aquecedor ionosférico não é muito grande se comparada ao total existente na ionosfera, mas os documentos sobre o HAARP admitem que se pode liberar quantidades mil vezes maiores de energia na ionosfera do que a quantidade injetada. Como acontece com a "chave das operações de guerra geofísicas" de MacDonald, os efeitos "não lineares" (descritos na literatura sobre o aquecedor ionosférico) significam pouca interferência e grandes resultados.

O astrofísico Adam Trombly disse a Manning que se pode analisar os possíveis efeitos de pulsação de multigigawatt da ionosfera utilizando-se um modelo de acupuntura. Se o HAARP atingir certos pontos, essas partes da ionosfera poderiam reagir de formas surpreendentes.

Aquecedores ionosféricos menores como o de Arecibo localizam-se sob regiões relativamente calmas da ionosfera, se comparadas à movimentação dinâmica existente próximo dos pólos magnéticos da Terra. Esse fato soma mais uma incerteza ao HAARP: a atmosfera superior imprevisível e agitada nas proximidades do Pólo Norte. Os experimentos do HAARP não impressionam alasquianos de bom senso como Barbara Zickuhr, que diz: "Parecem meninos brincando de cutucar o traseiro de um urso adormecido com uma vara."

PODERIAM ELES PROVOCAR UM CURTO CIRCUITO NA TERRA?

A Terra, na qualidade de um sistema esférico elétrico, constitui um modelo bem aceito. Contudo, esses pesquisadores que desejam realizar ligações de energia artificiais entre certas partes desse sistema podem não estar pensando nas possíveis conseqüências. Pode-se fazer com que motores e geradores elétricos oscilem quando seus circuitos são afetados. Será que as atividades humanas poderiam provocar uma mudança importante no circuito elétrico ou no campo elétrico do planeta? Um trabalho publicado na respeitada revista Science trata da ionização produzida pelo homem a partir de materiais radiativos, mas talvez também possamos estudá-lo tendo em mente os arrasa-céu do tipo HAARP: "Enquanto as mudanças no campo elétrico da Terra resultantes de uma condutividade moduladora de labaredas solares podem ter um efeito meteorológico quase imperceptível, a situação talvez seja diferente no que diz respeito a mudanças de campo elétrico provocadas pela ionização produzida pelo homem."

A meteorologia, é claro, é o estudo da atmosfera e do clima. A ionização é o que acontece quando um nível mais elevado de energia é injetado em átomos, expulsando os elétrons dos átomos. As partículas carregadas resultantes são a matéria-prima do HAARP. Paul Schaefer, ao comentar as tecnologias de tipo HAARP, diz: "Uma única olhada no tempo deveria nos dizer que estamos no caminho errado.?

Angels Don't Play This HAARP: Advances in Tesla Technology trata do plano dos militares para manipular o que pertence ao mundo: a ionosfera. A arrogância do governo dos Estados Unidos nesse assunto não é sem precedentes. Os testes nucleares atmosféricos tinham objetivos semelhantes. Mais recentemente, a China e a França utilizaram de forma destrutiva o dinheiro de seu povo, realizando testes nucleares subterrâneos. Há pouco tempo, noticiou-se que o governo dos Estados Unidos gastara US$3 trilhões em seu programa nuclear desde seu início nos anos de 1940. Que novas descobertas na ciência da vida poderiam ter sido realizados com todo esse dinheiro gasto na morte?

Begich, Manning e outros acreditam que as democracias devem ser baseadas na franqueza e não nos segredos que cercam tanto a ciência militar. O conhecimento utilizado no desenvolvimento de armas revolucionárias poderia ser usado para curar e ajudar a espécie humana. Por serem usadas em novas armas, as descobertas tornam-se sigilosas, sendo abafadas. Quando realmente aparecem no trabalho de outros cientistas independentes as novas idéias são com freqüência frustradas ou ridicularizadas, enquanto os laboratórios de pesquisa militar continuam a construir suas novas máquinas para os campos de matança.

No entanto, o livro escrito por Manning e Begich dá esperança de que o Golias militar-industrial- acadêmico-burocrático possa ser influenciado pelo poder combinado de determinadas pessoas e da imprensa alternativa.

Informar-se é o primeiro passo para a capacitação.
Notas:

O DR. NICK BEGICH É UM PESQUISADOR INDEPENDENTE DE ANCHORAGE, NO ALASCA, ATIVISTA E EX-PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE PROFESSORES DO ALASCA E DO CONSELHO EDUCACIONAL DE ANCHORAGE.

JEANE MANNlNG É REPÓRTER E EDITORA E MORA EM VANCOUVER, CANADÁ. UMA DÉCADA DE PESQUISAS SOBRE TECNOLOGIAS DE ENERGIA NÃO CONVENCIONAL CULMINOU EM SEU FUTURO LIVRO ?THE COMING ENERGY REVOLUTION? - A FUTURA REVOLUÇÃO DA ENERGIA - (AVERY PUBLISHING GROUP, NEW YORK, 1.996). ELA CONTRIBUIU PARA O LIVRO ?SUPRESSED INVENTIONS AND OTHER DISCOVERIES? -INVENÇÕES ESCONDIDAS E OUTRAS DESCOBERTAS - (AUCKLAND INSTITUTE OF TECHNOLOGY PRESS, NEW ZEALAND).

BEGICH E MANNING ESTÃO COLABORANDO NO FUTURO LIVRO ?TOWARDS A NEW ALCHEMY: THE INCREDIBLE INVENTIONS OF DR. PATRICK FLANAGAN? - RUMO A UMA NOVA ALQUIMIA: AS INCRÍVEIS INVENÇÕES DO DR. PATRICK FLANAGAN.

Resenha do livro Angels Don?t Play This HAARP, por Dr. Nick Begich e Jeane Manning. Reproduzido de Nexus, dezembro de 1995 - janeiro de 1996 (Nexus Magazine, P.O. Box 177, Kempton, IL 60946, (815) 253-6464) - Publicado na Revista Metafísica AMALUZ.

FONTE: http://www.farolbrasil.com.br/arquivos/re_haarp_2.htm



ANIVERSÁRIO DE SANTOS: MEMÓRIAS DA MANHATTAN BRASILEIRA

Preclaros leitores,

No último dia 26 de janeiro, a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, completou 465 anos de existência. Embora eu esteja falando da Capital Paulista, onde se encontram os escritórios de nossa organização, tenho um apreço muito grande pela cidade, uma vez que, numa manhã de sexta-feira, do mês de maio, no extinto Hospital dos Estivadores, lá nascia eu.

Eu e ela tivemos um relacionamento de pouco mais de 22 anos, quando então radiquei-me na Capital, sem data definida de retorno.

Nesta semana que se finda hoje, em homenagem à minha terra natal, passei algum tempo a pensar nas coisas maravilhosas que lá vivi.

Lembrei-me da bem vivida infância na praia do Boqueirão, em frente ao posto 5, onde desemboca a Rua Oswaldo Cruz, quando meus pais, eu e meus dois irmãos construíamos nossos sonhos com pás de brinquedo, água do mar e muita areia.

Estudávamos, os três, na Escola Estadual de Primeiro Grau Dr. Ruy Ribeiro Couto, na Rua Voluntários Santistas, onde me recordo sempre das professoras Lucila, Wilma, Rosely, Lourdes, Regina, Maristela e Antonia, que formaram muitos dos meus sustentáculos intelectuais.

De férias, sempre passava com meus avós paternos na Avenida Epitácio Pessoa, atrás da Igreja do Embaré, quando eu e meu finado avô Gilberto fazíamos longas caminhadas até o Orquidário de Santos, no José Menino. Minha avó Carminha ficava em casa preparando o almoço e algumas gulosemas para a tarde. Saudosíssimas recordações!

Com meus amigos de meninice, jogávamos taco na Rua Don Lara, andávamos de bicicleta no Super Centro Comercial do Boqueirão, que é o primeiro shopping da América Latina. Não podemos deixar de apontar a nossa sempre sagrada pelada, que não era só aos finais de semana: às quartas-feiras também jogávamos. No final do jogo sempre íamos tomar uma "Baré" no extinto Bar América, geladassa, servida pelo Cacau.

Não contentes com a praia, ainda tínhamos uma quadra particular, porque um amigo nosso era dono de uma escola na Rua Lobo Viana, que tinha uma quadra privativa para nós aos finais de semana e nas férias.

Nas tradicionais caminhadas na praia não podia faltar o tradicional chá mate do seu Paraná. Ele era um senhorzinho de não sei quantos mil anos que corria em maratonas e, quando não estava correndo, vendia mate gelado para a praia do Canal 3 todinha - mas sem chorinho! Quem é de Santos sabe disso!

Nunca me destaquei muito nos esportes, mas lembro que adorava jogar basquete no parque do Rebouças na Ponta da Praia.

Nunca fui muito de balada, mas, já maiorzinho, costumava frequentar as matineés da Zoom e da Lofty aos domingos.

Com o aparecimento da vida noturna, tínhamos várias opções: a Planet Z e o Moby Dick, na Avenida Vicente de Carvalho, e  a Reggae Night, no Morro da Nova Cintra, além de outros pontos de encontro maravilhosos da cidade como os clubes da orla da praia, especificamente no carnaval.

Por falar nos clubes, lamentavelmente o Regatas Santista, o Saldanha, o Vasco da Gama, o Clube XV, o Caiçara e o Atlético Santista foram recentemente extintos, tendo sobrado somente o Internacional de Regatas, o Sírio-Libanês e o imponente Santos Futebol Clube.

E por falar em Santos Futebol Clube, nasci com defeito de fabricação: não sou santista! Mas já fui a mais jogos do alvinegro, do que do meu glorioso São Paulo FC. Aliás, nos dois jogos que fui do SPFC um deles foi contra o Santos, a diferença é que foi no Morumbi...terrível!

Na cidade também fiz meu primeiro curso universitário: Direito, na Universidade Santa Cecília, 1ª Turma.

Foi nos bancos desta universidade que conheci meu grande amigo e irmão Marcel Stivaletti. Posso dizer que não existe outro santista como ele. Nem eu sou tanto! Esse é de corpo e alma. Esse é bravo guerreiro soldado da armada santista. Esse daria o sangue pela sua patriazinha. Para falar mal de Santos, e por que não "do Santos", com ele é um grande embaraço. O interlocutor tem que ter bastante embasamento, senão enfrenta chumbo grosso, sem perder a elegância, é claro! Assim, não podia falar de Santos, sem falar daquele que detém a chave moral desta magnifica cidade. Parabéns a você também Marcel!

Além da desnecessária referência à importância histórica da cidade, hoje Santos vem despontando no cenário nacional, pela maior importância do porto para a economia do país, além do estreitamento de sua distância com a Capital por meio da Rodovia dos Imigrantes, que vem injetando muitos recursos na economia local, ao ponto de ser considerada pela Revista Veja como a Manhattan Brasileira.

Quantas e quantas lembranças tenho da minha terrinha querida! Quanto orgulho tenho eu de ter nascido nos seus domínios. Ela ainda preserva a placidez de uma cidadezinha caiçara, mas tem a bagagem e a pujança de uma verdadeira Capital.

Parabéns Santos! A ti devo a base de tudo quanto sou!

Rodrigo Barros

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

FUTURO MUNDIAL: O QUE É A TEORIA DOS JOGOS? Como o próximo Nostradamus, dr. Bruce Bueno de Mesquita, aplica esta teoria.

por David Cohen (Época)

O estudo de situações em que a melhor estratégia depende da estratégia dos outros é hoje um dos principais ramos da matemática:

- Se um grupo de pessoas que jantam juntas num restaurante divide a conta por igual, é quase certo que o total gasto será maior do que se cada um pagasse a parte que consumiu.

- No auge da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, ter mais armas nucleares era uma atitude em prol da paz, não da guerra.

- Na hora de ir para casa, de carro, optar pelo caminho mais longo pode significar chegar mais cedo.

Essas três afirmações são típicas da Teoria dos Jogos. Todas se referem a situações estratégicas em que, para tomar a melhor decisão, o indivíduo (ou grupo) precisa levar em consideração as decisões dos outros. Essas situações são chamadas de jogos porque as ações dos demais participantes nos afetam.

Eis a lógica em cada exemplo. No restaurante, cada indivíduo, sabendo que a conta será dividida, não tem incentivo para economizar. Por que pedir o prato mais barato se eu vou ter de dividir o preço do prato caro dos outros? Assim, no final, a conta fica mais cara.

Quanto às armas nucleares, a lógica é a seguinte. Cada uma das superpotências tinha capacidade de destruir a outra. Ambas sabiam, então, que uma guerra não teria vencedores. Numa situação assim, o esforço para evitar o conflito direto é maior do que quando um dos lados acredita que pode ganhar a guerra.

No trânsito, você sabe que pegar a avenida principal é o caminho mais rápido. Só que ele é mais rápido para todo mundo. Por isso, no fim do expediente, ele fica lotado – e o trânsito se torna lento. Pegar ruas menores, menos conhecidas, é melhor.

A Teoria dos Jogos foi inventada pelo matemático húngaro americano John von Neumann e pelo economista austríaco Oskar Morgenstern, em 1944. Nas décadas seguintes, ela foi desenvolvida e passou a ser aplicada em áreas tão díspares como biologia, economia, engenharia, ciências políticas, relações internacionais e filosofia. Oito teóricos ganharam o Nobel por avanços na Teoria dos Jogos, incluindo John Nash (cuja vida é retratada no filme Uma mente brilhante, com Russell Crowe).

Embora a formulação matemática seja recente, as questões da Teoria dos Jogos são muito antigas. O filósofo grego Sócrates, no século V a.C., já propunha um dilema típico da Teoria dos Jogos. Dizia que um soldado em batalha, sob ataque das tropas inimigas, tinha diante de si uma questão. Se o destino quisesse que seu lado saísse vitorioso, a contribuição dele na luta seria provavelmente irrisória. Então, para que correr o risco de morrer? Se, por outro lado, a vitória fosse pertencer ao inimigo, mais razão ainda haveria para ele fugir da batalha. Em qualquer hipótese, portanto, a decisão racional para cada indivíduo seria fugir. Mas, se todos pensassem assim, a derrota seria certa.

Uma solução curiosa para o dilema foi oferecida pelo conquistador espanhol Hernán Cortez. Ao desembarcar no México, para lutar contra o império asteca, Cortez previu que seus soldados poderiam pensar em fugir. Então queimou todos os navios. Curiosamente, sua ação teve efeito também sobre os astecas. Eles imaginaram que alguém capaz de queimar sua possibilidade de fuga devia ter alguma razão para tamanha confiança. Assim, bateram em retirada. E Cortez venceu a batalha sem perder um só homem.

COMO A TEORIA É APLICADA PELO PROFESSOR BRUCE BUENO DE MESQUITA, CHAMADO DE "O PRÓXIMO NOSTRADAMUS"?

Do blog "Conteúdo Livre"

"Aiatolá cairá e Irã vai se tornar ditadura militar"


Essa é apenas uma das várias previsões feitas pelo acadêmico americano, conhecido como "o próximo Nostradamus"

A diferença é que o professor de política na Universidade de Nova York e membro do Hoover Institution de Stanford, na Califórnia, não lida com o sobrenatural nem nada de outro mundo: usa um algoritmo para computador desenvolvido por ele mesmo a partir da teoria dos jogos para antecipar ações de países, empresas e líderes.

Seu índice de acerto varia entre 60% e 90%, segundo relatório da CIA, maior do que os da própria agência americana, e seus clientes são serviços de inteligência de empresas e governos, entre outros.

Para o americano, Dilma Rousseff não será eleita presidente do Brasil e Barack Obama ganhará seu segundo mandato nos EUA.

Sérgio Dávila
de Washington
Bruce Bueno de Mesquita usa seu modelo para antecipar acontecimentos internacionais desde os anos 1980. Relatório de funcionário da CIA diz que o acadêmico acerta mais e com mais precisão do que a própria agência, que utilizou seus serviços mais de mil vezes. Nos últimos tempos, Mesquita -que deve o sobrenome a um antepassado judeu português- voltou a ganhar evidência pelo lançamento do livro "The Predictioneer's Game" (O Jogo do Prognosticador, Random House, 2009) e por ir na contramão da maioria das análises ao dizer o que antecipa que acontecerá no Irã. A pedido da Folha, o americano fez as seguintes previsões:

FOLHA - O sr. prevê a reeleição de Barack Obama?
BRUCE BUENO DE MESQUITA - Sim. Eu votei nele, mas acho que ele tem sido insuficientemente decisivo, o que me preocupa. Levou muito tempo para decidir sobre uma política em relação ao Afeganistão, e não gosto da que escolheu. Gostei de seu discurso no Cairo (Egito), mas ele não deu sequência ao que prometeu ali, o que foi frustrante. Obama não tem força suficiente para fazer o Congresso aumentar os impostos sobre combustíveis fósseis; em vez disso, apostou em Copenhague e saiu de mãos vazias, exatamente como eu previra em meu livro, escrito meses antes. Ele vai conseguir passar algum tipo de reforma de saúde pública pelo Congresso, embora não tenha mais poder para dar a forma final à lei. Mas ele tem a sorte de suceder uma gestão vista como uma grande falha, então qualquer coisa que conseguir fazer parecerá melhor do que é.

A economia vem dando sinais de melhora, embora o mérito aqui seja mais de Ben Bernanke, presidente do Fed [banco central americano], do que dele. Só se ela voltar a cair fortemente ele sairá da Casa Branca em 2013. Os eleitores não ligam para política externa, a não ser em situações catastróficas. No campo doméstico, vale o chavão: é a economia, estúpido. No ano da campanha de reeleição, 2012, ele já estará em boas condições e ficarei chocado caso ele não seja reeleito.

FOLHA - Farei uma série de perguntas sobre política externa para sua previsão, começando pelo Irã.
MESQUITA - Nos próximos dois anos, o aiatolá Ali Khamenei se aposentará, e o governo será cada vez mais dominado pelo comandante da Guarda Revolucionária, Mohammed Ali Jafari, assim como pelo grupo Bonyads, que controla todo o dinheiro do Irã, inclusive dos mulás, para quem investem. Não são corruptos, são isentos de taxação, são o grupo mais poderoso hoje. Ambos deverão evoluir para uma política mais pragmática, o que quer dizer que a economia iraniana vai melhorar e o país vai se tornar uma ditadura militar, não mais uma teocracia. Antecipo [o presidente] Mahmoud Ahmadinejad saindo com Khamenei.

FOLHA - Iraque.
MESQUITA - As relações entre Irã e Iraque nos próximos anos vão depender da decisão do presidente Obama de deixar ou não 50 mil tropas remanescentes no Iraque. Se as retirar, então haverá uma parceria estratégica entre os dois países vizinhos, com o Irã tentando fortalecer o governo xiita iraquiano. Como Tariq Al Hashimi, vice-presidente iraquiano e líder do bloco sunita, deve crescer e começar a ameaçar o atual governo, isso levará a uma intervenção militar iraniana. Se Obama deixar as tropas, Hashimi vai ser contido e o governo xiita continuará forte.

FOLHA - O sr. vê novo ataque terrorista em solo americano?
MESQUITA - Da última vez que analisei essa questão, em 2003, previ que não haveria um nos próximos três anos, e não houve. Olhando agora, acho que é pouco provável. Os EUA e seus aliados têm tornado muito mais difícil para o comando central da Al Qaeda coordenar ataques. Hoje, o grupo terrorista está mais interessado em questões locais do que na jihad global. Um ataque em larga escala como o 11 de Setembro é improvável, mas pequenas tentativas, mais difíceis de reprimir, são mais prováveis.

FOLHA - Bin Laden será capturado?
MESQUITA - Ele não é mais tão importante como pessoa como era. Antes, era a fonte de dinheiro para a Al Qaeda, e isso não é mais verdade: ele gastou tudo o que tinha. Hoje o dinheiro vem de drogas, sequestros e coisas assim. Isso o torna menos relevante: Bin Laden nunca foi um grande estrategista ou organizador de ações, era mais a fonte de dinheiro e o o líder carismático. A Al Qaeda não acabará se ele for capturado nem está mais forte porque ele está vivo.

FOLHA - Indo à América Latina, qual o futuro de Cuba?
MESQUITA - Nada muito dramático acontecerá até que haja uma sucessão sem os Castros. As concessões americanas recentes não têm resultado em nenhum ganho significativo do outro lado, como liberdade de imprensa. Raúl Castro ensaiou uma certa liberalização econômica no começo, mas isso tem um motivo. Nos dois primeiros anos no poder, ditadores têm uma probabilidade maior de serem derrubados do que líderes eleitos democraticamente. Então, nesse período, eles têm incentivo e uma tendência a se mostrar mais progressistas do que realmente são, até conseguirem o controle político. No momento em que isso é atingido, começam as sanções mais severas. Esse é o caminho que Raúl vem seguindo.

FOLHA - Hugo Chávez?
MESQUITA - Ele também segue a trilha dos ditadores racionais: aumentou o controle político, diminuiu a liberdade de imprensa, cometeu erros importantes. Um deles foi convocar um plebiscito para mudar a Constituição, por arrogância. Seu erro foi achar que poderia fazer o que quisesse porque o povo o adora e o apoia, mas descobriu que isso não é verdade. Então, agora faz as mudanças sem passar pelo povo. Outro erro grave foi ter investido todas as fichas em Ahmadinejad. Como expliquei antes, está apostando na pessoa errada, o que o deixará parecendo estúpido e um pouco mais marginalizado na comunidade internacional.

FOLHA - Eleições no Brasil?
MESQUITA - Tenho conhecimento limitado da política brasileira, mas acho que Dilma Rousseff não é a vencedora mais provável. Não sei quem será, mas sua posição em algumas questões políticas tendem a marginalizá-la e complicar sua candidatura. Por exemplo, a forma de populismo nacionalista que ela defende é muito custosa e potencialmente pode comprometer o crescimento da economia. Os eleitores perceberão isso, e ela cairá nas pesquisas. Pessoalmente, acho que isso será bom para o Brasil. O vencedor não será tão nacionalista e contra investimentos estrangeiros como ela tem se mostrado. É a minha visão pouco informada e ligeira sobre o Brasil.

FOLHA - O sr. vê o Brasil consolidando esse novo papel de protagonismo na arena global?
MESQUITA - Se não deixarem a corrente que eu chamo de populista-nacionalista crescer como cresce com Chávez, Brasil e México serão os dois países mais vibrantes e importantes do hemisfério Ocidental nos próximos 10 a 15 anos e ambos se tornarão potências globais muito importantes. Sou otimista quanto a isso. Para provar, tenho investido em ambos os países.

FOLHA - O que haverá com o Haiti?
MESQUITA - Eu não analisei a situação e odiaria especular num momento como esse.

sábado, 22 de janeiro de 2011

VIDEOGALERIA: UM ATO DE LIBERDADE - A História dos Irmãos Bielsky

Jornalista Jaime Spitzcovsky
publicado na Revista Judaica Morashá

Quando se pensa em esforços para salvar judeus da barbárie nazista ou em resistência armada à máquina mortífera de Adolf Hitler, momentos de heroísmo como a lista de Oskar Schindler ou o levante do Gueto de Varsóvia costumam ocupar lugar de destaque. Mas existe um capítulo da II Guerra Mundial menos conhecido, responsável por salvar mais de 1,2 mil judeus, entre homens, mulheres e crianças. Além de ter sido uma iniciativa que impôs pesados ataques contra os nazistas e seus colaboradores. Um grupo de partisans liderados pelos irmãos Bielski se escondeu durante anos nas florestas da Bielorrússia e, em meio aos horrores da guerra, montou uma vila organizada como uma comunidade judaica, com sinagoga, escola, teatro e enfermaria.

Os "judeus da floresta" protagonizaram uma das mais impressionantes histórias da resistência. Em junho de 1941, os nazistas invadiram a União Soviética, na "Operação Barbarossa". Poucos meses depois, a perseguição aos judeus se intensificava com a instalação de guetos nas regiões ocupadas, como ocorreu na localidade de Novogrudek. Lá, em dezembro daquele ano, foram mortos os pais e outros parentes dos irmãos Tuvia, Asael e Zus Bielski. Após a matança, eles decidiram fugir para a floresta, a fim de organizar um grupo armado e acabaram liderando um dos mais impressionantes episódios do movimento partisan, a guerrilha antinazista que atuou principalmente na Europa oriental. Décadas após o final da guerra, o escritor norte-americano Peter Duffy navegava pela Internet quando notou uma referência a "judeus da floresta". A expressão capturou sua curiosidade e ele mergulhou numa pesquisa que resultou no livro "The Bielski Brothers: The True Story of Three Men who Defied the Nazis, Saved 1,200 Jews and Built a Village in the Forest" (Os Irmãos Bielski: A História Real de Três Homens que Desafiaram os Nazistas, Salvaram 1,2 mil Judeus e Construíram uma Aldeia na Floresta). Lançado em 2003 e, no ano seguinte, editado no Brasil pela Companhia das Letras, a obra busca resgatar uma história ainda pouco conhecida, se levada em conta a sua relevância.

Duffy recorreu a entrevistas com sobreviventes da guerra, com "judeus da floresta" e descendentes dos irmãos que lideraram a aldeia que fortificou a resistência em terras bielorrussas. Recortes de jornais, documentos e cartas da época também ajudaram-no a montar o mosaico. Em outra iniciativa para documentar a saga da resistência, a socióloga sobrevivente do Holocausto, Nechama Tec publicou o livro "Defiance: The Bielski Partisans" (Desafio: Os Partisans Bielski). Os dois trabalhos naturalmente dedicam atenção especial a Tuvia Bielski que, com mão-de-ferro, comandava a comunidade. Veterano do exército polonês, onde serviu em 1928, ele aplicou as táticas aprendidas em seu serviço militar na luta contra os nazistas e seus colaboradores. A personalidade forte ajudou a construir a liderança entre seus subordinados. Sua cabeça esteve a prêmio, com uma oferta das forças de ocupação de milhares de reichmarks pela captura.

Quando fugiram para a floresta da região de Naliboki, os três irmãos foram acompanhados por 13 pessoas que escaparam do gueto de Novogrudek. Passaram então, pessoalmente ou com a ajuda de emissários, a circular uma mensagem entre judeus escondidos ou presos pelos nazistas: salvem-se, juntando-se a nós na floresta. Rapidamente, a comunidade reunia mais de 100 integrantes. Uma aldeia surgia em meio às árvores. A vida comunitária florescia com a sinagoga, o teatro. Enfermaria, escola, sapataria, barbearia, padaria foram improvisadas para permitir a sobrevivência. Uma disciplina férrea organizava o dia-a-dia, e os partisans se dividiam nos ataques aos nazistas e a seus colaboradores e também na permanente sentinela. Várias vezes os "judeus da floresta" foram alvos de ofensivas inimigas e tiveram de se deslocar, buscando locais mais protegidos da ameaça da ocupação.

Os comandados de Tuvia Bielski estabeleceram contatos e colaboração com os partisans soviéticos. Ataques e ações de sabotagem contra os nazistas e seus colaboradores deixaram marcas profundas naquela região da Bielorrússia.

O trabalho de Peter Duffy descreve em detalhes o sofrimento imposto pela barbárie nazista e narra os momentos de extrema violência produzidos pela realidade da guerra. O livro também é rico em descrições sobre o cotidiano dos "judeus da floresta", sobre seus esforços pela sobrevivência e para manter intacta sua identidade cultural e religiosa, em meio a um ambiente de massacres e de sangrentos conflitos entre os grupos, militares e civis, envolvidos no drama da Segunda Guerra Mundial. Os partisans soviéticos tentaram em diversas ocasiões absorver a unidade chefiada pelos irmãos Bielski. No entanto, essas tentativas foram rechaçadas, embora ao mesmo tempo se buscasse manter boas relações com as forças de resistência apoiadas pelo Kremlin. O comandante Tuvia acreditava que sua missão não consistia apenas numa operação militar, mas também num esforço para salvar judeus não-combatentes.

Em 1943, os nazistas protagonizaram uma violenta ofensiva contra os partisans na região da floresta de Naliboki. O comandante soviético exortou Tuvia a dividir sua comunidade entre guerrilheiros e civis, para que os não-combatentes "não fossem um fardo". O líder judeu sabia que essa opção implicaria abandonar uma parte do grupo e, por conta disso, se recusou a seguir a ordem. Preferiu mudar a aldeia de lugar, levando-a para uma posição mais protegida em meio à floresta bielorrussa. A situação começou a melhorar em 1944, devido à contra-ofensiva soviética que levaria ao triunfo contra os nazistas, no ano seguinte, em Berlim. O Exército Vermelho, em sua marcha rumo à Alemanha, conseguiu liberar áreas da Bielorrússia, o que permitiu aos "judeus da floresta" emergirem de seu esconderijo. Sob o comando dos irmãos Bielski, 1.230 homens, mulheres e crianças, que se espalhavam por uma fila com cerca de um quilômetro de extensão, caminharam de volta às ruínas da pequena cidade de Novogrudek. Asael Bielski morreu durante a batalha de Königsberg, em 1944, servindo no Exército Vermelho. Tuvia e Zus trabalharam para autoridades soviéticas por um breve período e, em 1945, emigraram, com suas famílias, para Israel. Lutaram na Guerra da Independência, em 1948, e, em meados dos anos 1950, decidiram mudar para os Estados Unidos. O motivo: Tuvia viajou em busca de outras formas de assistência médica para uma úlcera no estômago, que provocava uma rápida deterioração em sua saúde.

Os irmãos e seus familiares se instalaram no bairro do Brooklyn, em Nova York. Tuvia trabalhou, por exemplo, como motorista de caminhão, e Zus teve uma companhia de táxi. Em 1987, o personagem principal da história dos "judeus da floresta", Tuvia, morreu, aos 81 anos de idade. Em 1988, seu corpo foi levado a Israel, para ser enterrado, com direito a honras militares, num cemitério na região de Jerusalém. Zus faleceu em 1995, em solo americano, assim como o irmão mais velho. Nos anos seguintes, a saga dos "judeus da floresta" passou a ser resgatada por iniciativas como a de Peter Duffy. Planos também surgiram para levar esse episódio da luta contra o hitlerismo à televisão, como um documentário do History Channel, e às telas do cinema. O diretor australiano Phillip Noyce planejava lançar o filme "The Bielski Brothers", com roteiro de Kathleen McLaughlin, ainda em 2006, segundo o site TheMovieInsider. Os partisans judeus protagonizaram também histórias de heroísmo, perseverança e de combate à barbárie nazista em países como França, Bélgica, além de Ucrânia, Polônia e Lituânia. Unidades de resistência surgiram em mais de cem guetos. Estima-se que entre 20 mil e 30 mil judeus atuaram como guerrilheiros na II Guerra Mundial, em unidades exclusivamente judaicas ou em movimentos mais amplos da resistência ao nazismo. E, nesse cenário, a trajetória dos "judeus da floresta" e dos irmãos Bielski ocupa um lugar de especial destaque.

FICHA TÉCNICA DO FILME:

Um Ato de Liberdade

Defiance
USA, 2008, 137 min
Action / Catálogo - Flashstar
» Elenco/Actors
Daniel Craig, Liev Schreiber

Sinopse:

Baseado em uma extraordinária história real, Um Ato de Liberdade é um épico sobre família, honra, vingança e salvação. Durante a II Guerra Mundial. O ano é de 1941 e os judeus do leste europeu estão sendo massacrados aos milhares. Para escapar da morte certa, três irmãos se refugiam numa floresta que conhecem bem desde infância. Ali começa sua desesperada luta contra os nazistas. Daniel Craig, Liev Schreibel e Jamie Bell são irmãos que transformam instintos primitivos de sobrevivência em algo muito mais extraordinário - uma maneira de vingar a morte de seus entes queridos enquanto salvam centenas de pessoas.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

CASAR-SE NOVAMENTE... MAS COM A MESMA MULHER!

por Arnaldo Jabor

Meus Amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher.

As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.

Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.

Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário.

Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade.

Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.

Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna.

Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo.

Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso renovar a relação.

De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido.

Há quanto tempo vocês não saem para dançar?

Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?

Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento.

Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo.

Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem.

Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas.

Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação.

Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso.

Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar.

Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.

Mas se você se separar sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal 'estabilidade do casamento' nem ela deveria ser almejada.

O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.

A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma 'relação estável', mas saber mudar junto.

Todo cônjuge precisa evoluir estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento.

Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?

É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.

Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par.

Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças.

Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO DOS FILHOS: Castigar ou Não Castigar?

O que a Palavra de Deus tem a dizer sobre o modo como os pais devem disciplinar seus filhos?

O Estado de Massachusetts esteve no noticiário recentemente por causa de uma legislação que foi proposta que proíbe os pais de aplicarem castigos físicos em seus filhos. Chamou a atenção da mídia nacional a considerável discordância pública que a proposta gerou. Aparentemente, essa reação vinda de um Estado que é conhecido por manter posições muito 'progressistas' nas questões sociais veio como uma surpresa!

Minha reação a essa notícia é: "Louvado seja o Senhor!" por aqueles cidadãos que tiveram bom senso o suficiente para defender firmemente essa posição. As crianças são presentes maravilhosos de Deus, mas todas elas nascem com uma determinação obstinada para fazer as coisas do seu próprio modo. Elas são totalmente centradas em si mesmas por causa da natureza pecaminosa que herdaram de Adão, de modo que não aprendem como pecar — é algo que vem naturalmente! Se você duvida dessa minha afirmação, simplesmente pergunte a si mesmo por que todos os bebês normais algumas vezes choram como se algo pavoroso estivesse acontecendo e se calam imediatamente quando a mamãe ou o papai os pegam no colo? Eles sabem instintivamente que esse comportamento produzirá o resultado desejado! É por isso que sempre digo (e somente parcialmente por brincadeira) que as crianças nascem neste mundo já formadas em Psicologia.

Portanto, embora o nível de determinação/obstinação varie de acordo com cada criança, todas precisam ser submetidas a uma disciplina amorosa para que possam se tornar adultos responsáveis e submissos às leis. Algumas crianças respondem positivamente a um mínimo de correção, mas a vasta maioria precisa ser forçada a aderir às normas da sociedade civilizada porque o comportamento disciplinado é contrário à própria natureza delas.

"A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe." [Provérbios 29:15; ênfase adicionada].

A Bíblia contém a sabedoria destilada ao longo dos séculos e traz inúmeras citações como esta acima. Como os escritores das Escrituras foram inspirados por Deus, todos esses princípios e preceitos vieram diretamente Dele.

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." [2 Timóteo 3:16-17].

Destarte, devemos dar ouvidos às seguintes exortações para usar os castigos físicos de uma maneira prudente e amorosa. Elas foram dadas por Salomão que, com a única exceção de Jesus Cristo, foi o homem mais sábio que já viveu. E elas são muito explícitas sobre como os pais devem corrigir uma criança desobediente:

"O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga." [Provérbios 13:24].

"Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar." [Provérbios 19:18; ênfase adicionada].

"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela." [Provérbios 22:15].

"Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno." [Provérbios 23:13-14].

"Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma." [Provérbios 29:17].

Uma vez que uma criança seja crescida o suficiente para compreender o significado da palavra "Não", ela já pode receber alguns tapas nas palmas das mãos (e mais tarde, em suas nádegas, os grandes músculos glúteos). Milhares de anos de experiência acumulada estão por trás do princípio que a aplicação de dor superficial produz resultados positivos que não são esquecidos rapidamente, enquanto que as tentativas de arrazoar com elas invariavelmente precisam ser repetidas muitas vezes — um processo que produz um sucesso mínimo, na melhor das hipóteses. Mas por que você supõe que isto acontece? Elas são incapazes de compreender as exigências dos pais? Não! A resposta simples é que até as melhores e mais brilhantes crianças são insensatas! Elas nascem com uma determinação egoísta de fazer todas as coisas do seu próprio modo e o conceito de comportamento inaceitável precisa ser forçado sobre elas para que obedeçam.

O processo de ensinar uma criança a ter a disciplina apropriada é muito similar ao de domar um cavalo. Embora alguns domadores tenham a capacidade de amansar cavalos selvagens e montar neles, a vasta maioria dos cavalos somente aceita ser cavalgada após ter sido forçada à submissão. Quando a sela é colocada sobre seus dorsos, eles rincham, empinam e dão coices, tentando de todas as maneiras derrubar o cavaleiro. Então, quando finalmente torna-se óbvio para o cavalo que esforços adicionais são inúteis, ele cessa o comportamento indesejável e se submete. Portanto, o objetivo de infligir um pouco de dor e desconforto é domar a vontade do cavalo, sem domar seu espírito. Embora alguns continuarão a testar a vontade de seus cavaleiros, saltando e empinando inesperadamente, na maioria dos casos basta a aplicação da disciplina uma vez para fazer com que eles se tornem animais úteis e confiáveis.

Similarmente, vencer a determinação obstinada de uma criança deve ser feito até o ponto em que a ameaça de aplicar os castigos físicos produza a obediência. Como é o caso com os cavalos, a disciplina imposta de forma adequada dificilmente precisa ser repetida com freqüência.

Os pais amorosos não apreciam ter de infligir dor em seus filhos. Mas o que faz mais sentido — alguns castigos que resultam em um filho/filha obediente e respeitoso(a), ou vários anos de confrontações "Amo demais meu filho/filha para bater nele/nela?" em que a ênfase está na negociação e não na autoridade dos pais? Que Deus tenha misericórdia de nós, porque a última abordagem tem prevalecido nos últimos cinqüenta anos e o conceito de família está despedaçado.

Os oponentes do uso dos castigos físicos quase sempre usam o termo "surrar" ao argumentar suas posições por que querem nos fazer acreditar que ambos os termos sejam sinônimos. Para sermos justos e equilibrados no que se refere ao assunto, devemos observar que as notícias continuam a citar diversos casos em que crianças são surradas e sofrem abusos. Mas nesses casos, a instrução de Provérbios 19:18 (citada anteriormente) não está sendo seguida e, freqüentemente, isso leva ao ódio contra os pais e ao comportamento infrator mais tarde. Qual é a diferença essencial entre bater em uma criança e espancá-la? Fundamentalmente, a diferença está no nível e no local em que o castigo é aplicado. Obviamente, dar alguns tapinhas na palma da mão de um bebê é muito diferente de esmurrá-lo na face com os punhos cerrados. Bater no bumbum de uma criança usando a palma das mãos ou uma vara não deve ser comparado a quebrar seus braços ou pernas. Bater no bumbum ou nas pernas de uma criança mais velha com um cinto de couro não é o mesmo que bater em suas costas ou na cabeça usando um taco de beisebol. Os primeiros métodos apenas infligem dor superficial e momentânea, enquanto os últimos são realmente espancamentos e podem resultar em ferimentos severos e até em morte. O objetivo e limite do castigo deve ser o de causar uma sensação dolorosa e desagradável — em um nível que a criança não queira experimentá-la outra vez.

Pouquíssimas crianças já foram prejudicadas fisicamente pela aplicação correta dos castigos físicos e muitos milhões foram grandemente ajudadas. Sei que isto é verdade por experiência própria. Um temor sadio e respeito pela autoridade dos pais foram instilados dentro de mim bem cedo. Guardo com carinho as memórias de um pai e uma mãe que amaram seu filho único o suficiente para fazê-lo ser obediente.

Os seguintes exemplos do que Deus tem a dizer sobre crianças obstinadamente desobedientes podem surpreender algumas pessoas:

"O que ferir a seu pai, ou a sua mãe, certamente será morto." [Êxodo 21:15].

"E quem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente será morto." [Êxodo 21:17].

"Quando alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos, então seu pai e sua mãe pegarão nele, e o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar; e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz; é um comilão e um beberrão. Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, e todo o Israel ouvirá e temerá." [Deuteronômio 21:18-21].

"Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe. E todo o povo dirá: Amém." [Deuteronômio 27:16].

"Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá." [Mateus 15:4].

É trágico, mas como nação temos ouvido o conselho de "especialistas", em vez de a Palavra de Deus, no que se refere ao modo de educar as crianças e nossas prisões lotadas são um testemunho desse fato. Portanto, se você realmente deseja o bem de seus filhos, é imperativo que eles aprendam desde cedo a obedecer prontamente e sem demonstrar uma atitude rebelde.

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Autor: Pr. Ron Riffe
Data da publicação: 9/2/2008
Revisão: http://www.TextoExato.com
Fonte: A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/p291.asp

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

COLETÂNEA DE COMENTÁRIOS AOS FATOS OCORRIDOS NO RECESSO DO BLOG

Preclaros leitores,

Considerando o nosso recesso em 21 de dezembro de 2010, percebemos que muita coisa relevante ocorreu nesse meio tempo e que merecem a nossa consideração. Conforme postamos no nosso texto de abertura do ano de 2011, vamos, à nossa coletânea de comentários aos fatos ocorridos nesse tempo. Temos muito a tratar.

NATAL E ANO NOVO

Vimos pelos noticiários que o natal do ano de 2010 foi o mais consumista dos últimos tempos. Aquecido pela injeção do 13º salário na economia e por outros fatores como a desvalorização da moeda norte americana, o "bom velhinho" teve muito trabalho na "noite feliz".

Mas o que isso gerou para o ano seguinte? Materialmente falando, tivemos a alta significativa da inflação. Os administradores da economia nacional (Ministro da Fazenda e Ministro Presidente do Banco Central) prometem restrições ao crédito no ano de 2011 para frear o consumo nacional. A tesoura vai cortar justamente a alegria da classe média que é o consumismo desenfreado.

Além da alta da inflação, o natal gerou o endividamento do brasileiro para o primeiro semestre inteiro do ano de 2011. Isso mesmo! O brasileiro continuou gastando o que não tem para prover as festas de final de ano, incentivadas pelo mais singelo espírito natalino. Será?

Vamos a um rápido raciocínio. Jesus disse que toda vez que fizéssemos algo para alguém que estivesse precisando, estaríamos fazendo para Ele. O natal é a data que se convencionou comemorar o aniversário de Jesus Cristo, mesmo Ele não tendo dito nada a esse respeito. Pelas tradições dos seres humanos, quando alguém faz aniversário e é convidado para a festa, costuma levar um presente. Ora, se o natal é o aniversário de Cristo, e nós fomos convidados para a festa, temos que dar um presente a Ele. Como fazer? Façamos o que Ele pediu. Vamos fazer algo por quem precisa!

Comemorar é importante. Dar presentes aos entes queridos é importante. Cometer alguns exageros no final do ano, pode ser bem normal. Mas o verdadeiro espírito do natal é a de nos levar à reflexão de que temos uma missão importantíssima para o ano vindouro: ser o sal da terra e a luz do mundo! Com isso, estaremos presenteando o Mestre com o mínimo que Ele nos pediu.

POSSE DE DILMA VANA ROUSSEFF

Eis que no primeiro dia do novo ano e da nova década, toma posse como nova Presidente da República Federativa do Brasil a srª Dilma Rousseff.

Numa tarde um tanto quanto chuvosa em Brasília, o saudoso presidente Lula passou o bastão para a sua sucessora, retornando a São Paulo num melancólico avião, selando sua profícua participação de oito anos no cargo mais importante do país.

Enquanto isso, Dilma recebeu todos os presentes, inclusive a famigerada Erenice Guerra, estopim de uma das maiores crises de sua campanha.

Um dos destaques da posse foi a esposa do vice-presidente empossado Michel Miguel Elias Temer Lulia, a srª Marcela Temer, que brindou os presentes com sua jovialidade e beleza.

A posse de Dilma só perdeu mesmo em brilho para a de Lula. Essa foi inigualável!

Vamos torcer pelo novo governo, que conta com bons nomes dentre os seus componentes.

O sítio da Presidência possui uma ampla galeria de fotos sobre a posse, bem como uma robusta minuta da biografia dos ministros e da presidente. Não deixe de acompanhar: http://www.planalto.gov.br/.

CHUVAS NO SUDESTE

Na última semana, a Região Sudeste do país, mais precisamente a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, sofreu a maior catástrofe natural da história do Brasil. Até o presente momento, mais de 650 pessoas morreram nas enchentes.

A situação foi amplamente coberta pelos principais mecanismos de informação do país, uma vez que o caos se instalou de maneira insofismável naqueles locais.

Percebe-se no país uma onda de solidariedade. Vários voluntários trabalhando na busca de sobreviventes e com êxito.

Fazemos votos de que Deus possa acalentar os corações dos parentes das vítimas fatais, que não perderam somente um parente, mas vários. Além disso, perderam suas casas e tiveram sua vida completamente destruída pela ação das águas.

O "Voz" é solidário às vítimas e conclama os nosso leitores a participarem da ação solidária da Cruz Vermelha. Em São Paulo, as doações poderão ser encaminhadas à Avenida Moreira Guimarães nº 699, no bairro de Indianópolis. Segundo informações veiculadas no sítio da Rede Globo, o G1, há outros locais de coleta que você pode consultar e doar. Faça a sua parte! Os nossos irmãos fluminenses pecisam de água potável, produtos de higiene e principalmente de limpeza. São bem vindas roupas e alimentos não perecíveis.

Lembrando do nosso apelo do espírito do natal, vamos seguir com fé tudo que ensinou o Homem de Nazaré e ajudar essas pessoas o máximo que pudermos!

Era o que nos cumpria para esses mais de 20 dias longe dos nosso leitores.

Um efusivo e cordial abraço da equipe do

A Voz da Consciência