terça-feira, 16 de setembro de 2014

AMIGO FIEL




por Rodrigo Barros

Certo dia estava eu com uma determinada necessidade.

Divagava sobre as possíveis soluções, além da hipótese de alguém conhecido poder me ajudar.

Foi então que, após um lampejo de consciência no mar da insegurança, lembrei-me de um amigo que, seguramente, teria condições de me auxiliar.

No entanto, recordei-me que de há muito não nos contatávamos pelas agruras de nossos dias corridos.

Fiquei envergonhado de acionar esse amigo depois de muito tem sem falar com ele, simplesmente por conta de uma necessidade minha. Soaria deveras oportunista.

Por conta disso, desisti de estabelecer esse contato com meu amigo e acabei resolvendo o problema de outra maneira, o que, além de não ter sido perfeito, me custou mais tempo e mais algumas noites sem sono.

Essa sensação, sem dúvida, já foi vivida por você, meu caro leitor. É uma situação cotidiana bastante comum.

Muitas pessoas, hoje, devem estar passando por circunstância análoga.

E é nesse exato momento que emerge a necessidade de você acionar esse meu amigo. É nessa hora que você deve tomar uma atitude distinta da que eu tomei.

Aí você me pergunta: - Mas eu não conheço esse seu amigo. Ele não faz parte do meu rol de amizades.

É nesse ponto que você se engana. Esse meu amigo é seu também! Ele é Jesus! O Homem de Nazaré! O Cordeiro de Deus! O Ungido! O Cristo!

Eu estava afastado dEle pelas agruras de nossos dias corridos e me envergonhei de contatá-lo no momento de desespero.

Mas ele não é como um amigo qualquer. Ele é o seu melhor amigo. Ele jamais deixaria de te atender se você o buscasse – ao contrário -, ele se regozijaria muito quando te visse. Ele teria um enorme prazer em te receber!

Sua alegria seria tamanha que ele lavaria seus pés (Jo 13:5).

Nada daria mais alegria ao Mestre do que vê-lo de volta, assim como aquela ovelha e a dracma que se perderam e foram achadas bem como o filho pródigo que a casa torna (Lc 15).

Portanto, caro leitor, volte!

Acione o nosso amigo, mesmo que faça muito tempo que você esteja longe dele. Vale a pena! Ele ficará feliz e te ajudará a encontrar a solução para as questões que te tiram a paz.

domingo, 30 de junho de 2013

SOBRE A TAL "CURA GAY"




Prezados,

Paremos de pensar como evangélicos para sermos bons evangélicos.

O raciocínio que eu vou fazer aqui é simples e não demanda muito tempo.

Os psicólogos nunca precisaram dessa "autorização" para atender pessoas que se sentem infelizes por qualquer coisa. Tal é intrínseco a sua atividade.

Essa tal "cura gay", independentemente do autor da proposta, é coisa de megalomaníaco evangélico. Coisa de gente que pensa que crente é burro. Não caiamos nessa!

Esses caras estão virando políticos tão inescrupulosos como os outros.

Eles não estão lá para representar o povo de Deus coisíssima nenhuma, porque nós não precisamos disso. Jesus disse para dar a César o que é de César. Isso significa que nós não devemos visar o poder e eles estão visando, tanto quanto os outros políticos seculares (mundanos).

A quem interessa essa proposta? Aos psicólogos, que têm todo o direito de tratar qualquer pessoa que, voluntariamente, a eles se submetam; aos gays, que têm todo o direito de se relacionar com quem quer que seja e buscar sua felicidade, inclusive sob o amparo estatal; aos evangélicos, que tem todo direito de professar a sua fé, inclusive sob o amparo estatal?

Essa proposta não interessa à ninguém, ou melhor, isso é politicagem para a permanência no poder desses camaradas, valendo-se da massa de manobra manipulável criada por eles mesmos.

Não sejamos um deles. Vamos fazer a Obra de Deus e dizer o quanto Deus é bom. Que cura e que leva pro céu. Isso está sendo perdido dentre os crentes. É isso que temos que resgatar.

Voz da Consciência

sábado, 29 de junho de 2013

OS PROTESTOS E MANIFESTAÇÕES NO BRASIL E O BLOG "VOZ DA CONSCIÊNCIA"




Eu ainda não tinha me manifestado sobre esses protestos que tiveram nessas últimas semanas. Como eu ainda não tinha formado opinião sobre o assunto, porque não sabia no que dariam essas manifestações, realmente não quis me antecipar para defender quaisquer dos lados.

Ao cabo dos movimentos de "mudança" no país, já se fala em reforma política, em redução de tarifas de serviços públicos, em aperto fiscal nas contas públicas etc. Longe de querer adentrar o mérito de se tratar de movimentos previamente orquestrados pelos governos (pouco importa o partido), para gerar o exato efeito desejado, isto é, fazendo uma análise apenas das reivindicações dos movimentos, percebi que o que foi cobrado dos políticos é exatamente aquilo que nós, como povo, não conseguimos ser.

Os políticos são os representantes do povo e, como tal, são a expressão percentual de seus representados. Se lá é um lixo, um pântano, uma podridão, é porque nossa sociedade é exatamente igual. E isso começa nas pequenas coisas. Somos aqueles que odeiam segunda-feira. Somos aqueles que "pegam" atestado com o médico para não trabalhar. Somos aqueles que não dão bom dia no elevador, que passamos o sinal vermelho, que, quando errados, ainda somos capazes de xingar aqueles a quem ofendemos.

Somos aqueles que damos "jeitinho" para tudo, que não devolvemos o troco dado a mais, que achamos legal dar golpe na Previdência, no Fisco federal, que procuram advogados para sermos orientados sobre qual a melhor forma de burlar a lei. Somos aqueles que traímos nossas mulheres e maridos, que não damos atenção aos nossos filhos, que comemos até esterco para sermos promovidos em nossos trabalhos. Preferimos o amor ao dinheiro ao amor ao amor. Acordamos cedo reclamando do dia que virá e vamos dormir tarde reclamando do dia que passou. Não temos longaniminidade, não temos paciência. Buzinamos quando um velho atravessa a rua, mas achamos que estamos salvando o mundo quando damos esmolas na rua para crianças que fazem malabares no semáforo.

Confundimos religiosidade com filantropia. Sucesso com ascensão profissional. Riqueza com dinheiro. Compramos carros cada vez maiores em ruas cada vez mais estreitas (para andarmos sozinhos). Fingimos que estamos dormindo quando um velho entra no metrô. Tudo isso regado a muita caipirinha, feijoada e carnaval que é para entorpecer e nos fazer esquecer o quão mesquinhos e individualistas somos. Tudo isso e muito mais que não lembrei aqui, só me faz ter nojo de ser brasileiro. Estamos vendo no outro o mesmo defeito que temos em nós mesmos e isso dói muito. Esse problema do brasileiro é essencial. Nada mudará.

Os que estão lá somos nós mesmos. Tenho certeza que se estivéssemos sentados nas cadeiras onde está o "manch" da nação, faríamos as mesmas coisas, até piores. Ainda que tirem de lá todos aqueles que são ruins, o fato é que o sistema privilegia a reposição dessas peças. Portanto, não se iludam, pois esses protestos só serviram e servirão aos interesses daqueles a quem eles visaram, justamente, prejudicar.

Observem, meus caros, que não xinguei ninguém, não falei palavrões, não falei de teses e nem de partidos políticos. Falei de mim e de você. Vocês até podem discordar, mas devem respeitar esta opinião. Aliás, eu sou tão democrático que eu gostaria muito de ouvir sua opinião, mas em alto nível, com discussão de ideias e não partir para o pessoal.

"VAMOS SER NÓS MESMOS A MUDANÇA QUE QUEREMOS NOS OUTROS"

Felicidades a todos e vamos trabalhar, porque é isso que resta aos bons brasileiros.

Voz da Consciência

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Forbes lista os seis líderes milionários evangélicos no Brasil





"Religião sempre foi um negócio lucrativo." Assim começa uma reportagem da revista Forbes sobre os milionários bispos fundadores das maiores igrejas evangélicas do Brasil – Edir Macedo, Silas Malafaia, Valdemiro Santiago, R. R. Soares, entre outros.

A revista destaca o crescimento dos evangélicos --de 15,4% para 22,2% da população brasileira na última década--, em detrimento dos católicos.

Hoje, os católicos romanos somam 64,6% da população, ou 123 milhões de brasileiros. Os evangélicos, por sua vez, já somam 42 milhões, em uma população total de 191 milhões de pessoas.

Para a Forbes, um dos motivos do crescimento de religiões evangélicas se dá graças à Teologia da Prosperidade, segundo a qual o progresso material é resultado dos favores de Deus.

Enquanto o Catolicismo ainda prega um olhar conservador sobre o além-vida, os evangélicos --sobretudo os neopentecostais-- são ensinados a ter prosperidade nesta vida.

A fórmula parece estar funcionando. De acordo com a revista, os evangélicos formam uma parte da nova classe média brasileira, conhecida como Classe C. Enquanto isso, os mais ricos e os mais pobres permanecem católicos.

Os evangélicos não só usufruem de seus bens, como doam uma parte de sua renda à igreja – quantia conhecida como "dízimo". Tal ato faz com que certas igrejas sejam negócios altamente lucrativos, e seus líderes, milionários. É a chamada "indústria da fé".

Entre os exemplos de líderes bem-sucedidos, a Forbes aponta o bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus. Com templos até nos Estados Unidos, o bispo Macedo é o pastor mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em quase R$ 2 bilhões. Ele é frequentemente envolvido em escândalos, entre eles o de desviar fundos destinados à caridade. Mas nem estas denúncias fizeram os fiéis desistirem. Macedo tem 10 milhões de livros vendidos, alguns deles extremamente críticos à Igreja Católica e a algumas religiões africanas. Seu maior movimento aconteceu na década de 1980, quando adquiriu a Rede Record, a segunda maior emissora do Brasil. Além disso, é dono do jornal Folha Universal, que tem uma circulação de 2,5 milhões de exemplares, e da gravadora Record News.

Seguindo os passos de Macedo, Valdemiro Santiago é ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. Após se desentender com o chefe, ele fundou sua própria igreja –a Igreja Mundial do Poder de Deus, que tem 900 mil seguidores e mais de 4.000 templos, muitos deles adornados com imagens dele. Sua fortuna é estimada em R$ 400 milhões.

Entre outros pastores citados pela Forbes, estão Silas Malafaia, R. R. Soares, Estevan Hernandes Filhos e a bispa Sônia.

Muitos pastores brasileiros conseguiram passaportes diplomáticos nos últimos anos. Alguns, especialmente os mais ricos, são cortejados por políticos em época de eleições. Para finalizar, igrejas são isentas de impostos.

Como diz a Bíblia, a fé move montanhas. E dinheiro, também.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

APÓS O FIASCO DO CALENDÁRIO MAIA: Cometa C/2012 S1 ISON está vindo em direção ao Sol



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da Wkipédia em: http://pt.wikipedia.org/wiki/C/2012_S1

(*) veja nossos comentários após o texto base.
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C/2012 S1 (ISON) é um cometa rasante descoberto em 21 de setembro de 2012 por Vitali Nevski de Vitebsk, Bielorrússia e Artyom Novichonok de Kondopoga, Rússia. A descoberta foi realizada utilizando um telescópio refletor de 400 mm de abertura do observatório da ISON nos arredores de Kislovodsk na Rússia. Foram rapidamente obtidas imagens para precovery do Mount Lemmon Survey do dia 28 de dezembro de 2011 e do Pan-STARRS do dia 28 de janeiro de 2012 Observações subsequentes foram realizadas no dia 22 de setembro por uma equipe do observatório Remanzacco da Itália usando a rede de telescópios iTelescope. A descoberta foi anunciada pelo Minor Planet Center no dia 24 de setembro.

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Periélio

A órbita preliminar mostra que o cometa atingirá o periélio (maior aproximação do Sol) no dia 28 de novembro de 2013 a uma distância de 0,012UA (1 800 000 km) do centro do Sol Levando em conta o raio solar de 6,955×105 km o cometa passará aproximadamente a 110 000 km da superfície do Sol. Sua órbita aproximadamente parabólica sugere que seja um novo cometa vindo da nuvem de Oort. Cálculos preliminares mostram que em sua maior aproximação de Marte no dia 1 de outubro de 2013 o cometa passará a 0,07 UA (10 000 000 km) e na maior aproximação da Terra no dia 26 de dezembro de 2013 passará a 0,4 UA (60 000 000 km).

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Brilho

No momento de sua descoberta a magnitude aparente era 18,8, escuro demais para ser visto a olho nu mas com brilho suficiente para ser fotografado por amadores com grandes telescópios. O brilho aumentará gradualmente a medida que se aproximar do Sol. Por volta de agosto de 2013 deve estar visível para pequenos telescópios e binóculos, tornando-se visível a olho nu no final de outubro ou no início de novembro e permanecendo assim até o meio de janeiro de 2014. Quando o cometa atingir o periélio no dia 28 de novembro ele estará a menos de 1° do Sol, tornando sua observação difícil dado o brilho do Sol. O cometa pode se tornar extremamente brilhante se permanecer intacto, provavelmente atingindo magnitudes negativas. De acordo com a revista Astronomy Now pode até se tornar mais brilhante que a lua cheia, entretanto a previsão do brilho de um cometa é difícil, especialmente um que passará muito perto do Sol e pode ser afetado pela dispersão frontal da luz. Os cometas Kohoutek e C/1999 S4 não cumpriram a expectativa, mas se o ISON sobreviver pode se tornar semelhante ao Cometa McNaught, ao Grande Cometa de 1680 e ao cometa C/2011 W3 (Lovejoy). O mais brilhante desde 1935 foi o Cometa Ikeya–Seki em 1965 com magnitude -10.
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COMENTÁRIOS DO "VOZ"

Meus caros.

Seguramente, quando estiver iminente a chegada do cometa aqui noticiado, não faltará quem diga que este é o evento final do Calendário Maia com um ano de atraso.

Para os modernos "profetas do apocalipse", no ano de 2012, aproximar-se-ia da terra um planeta denominado Nibiru ou Planeta X, que ia alterar o eixo da terra e, consequentemente, o sistema polar do globo, promovendo uma série de catástrofes que iria aniquilar com a humanidade.

Muitos dirão que esse é o tal planeta previsto. 

O motivo de nosso alerta, já no começo desse ano, é para que você não se engane com mais essa baboseira. Muitos se utilizarão desse fato para se aproveitar das pessoas. Não seja você o próximo a cair no "conto do vigário do fim do mundo".

Contra isso só tem um remédio: informação.

Quais são os riscos calculados desse evento?

Andam dizendo por ai que o tal cometa passará muito próximo do Sol. Se você leu direitinho o texto base acima, verá que, do Sol ele passará a 110.000 km da superfície, o que é, para as medidas estelares e cósmicas, um "raspão".

Estima-se, pois, que se o cometa sobreviver à passagem tão perto do sol, a terra poderá ver uma segunda lua, porque a iluminação que este cometa refletirá do sol será muito intensa. Ele não se chocará com a Terra, porque sua órbita prevista quando passar pelo nosso planeta é de, aproximadamente, 60.000.000 km (sessenta milhões de quiômetros).

Lado outro, se não sobreviver à passagem pelo Sol,  o cometa poderá ser cindido em alguns pedaços que podem, ai sim, colidir com a terra, mas, ao que tudo indica, sem maiores desdobramentos.

Fora isso, meus caros, outro risco não haverá. O risco que temos é um único: ficar sem o espetáculo de ver o astro passando pelo planeta todo iluminado .

Portanto, munam-se de informações contra a próxima bobagem de fim do mundo que vai começar a permear os meios inúteis de comunicação.

Forte abraço.

VOZ DA CONSCIÊNCIA

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

FELIZ 2013



Prezados amigos,


Alcançamos o ano de 2013, mesmo em meio a rumores sobre cataclismos e tragédias anunciadas pelos profetas de araque.

Graças ao Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos deixou uma Palavra para ser seguida, nós, os cristãos, sabíamos que isso não era nem o princípio das dores.

Apesar disso, o nosso texto sobre o fim do mundo é, disparado, o mais acessado de nosso blog. Foi responsável por quase 80% das visitações do blog.

Queremos agradecer muito aos amigos que nos prestigiaram nessa caminhada de 2012 e que deram ao nosso blog o maior índice de audiência da história.

Para começar um 2013 muito bem, nada melhor do que relembrar alguns fatos importantes de 2012.

O ano de 2012 foi particularmente difícil para o idealizador desse blog. Tormentas na área profissional e familiar foram responsáveis pela larga distância de nossos posts.

Como damos prioridade para os textos nossos - isto é, procuramos enxertar textos alheios somente quando realmente se trata de algo inovador ou quando usamos alguma notícia como base de nossos comentários - não tivemos como deixar o blog com os comentários sobre o cotidiano, à medida que os fatos iam ocorrendo, vale dizer, atualizado.

Na verdade, todas essas dificuldades se iniciaram no último trimestre de 2011 e se arrastaram até meados de 2012. Por isso o blog ficou em estado de quase inatividade.

Lembro-me que já utilizamos este espaço para outras notas de explicação por um longo período de inatividade do blog. Recordo-me que, à época, disse que a partir de agora iríamos imprimir ao site um ritmo maravilhoso e que todos os posts seria cada vez mais críticos e atualizados.

Ledo engano!

Se tem algo que Deus gosta muito de fazer é alterar nossos planos. Deus não nos dá o que pedimos ou queremos, mas sim, o que estamos precisando.

O que nos falta é resignação ante a sua vontade, o que é tarefa nada fácil e confortável.

O site ficou seis meses sem qualquer post. É verdade!

Todavia, o ano de 2012 teve a maior audiência da história do blog, mesmo sem textos novos.

Era como se Deus estivesse dizendo para nós: "acalma-te que esse trabalho é para mim e sou eu quem dá as ordens para a sua suspensão e para a sua continuidade. O momento agora é seu. Cuide de você!".

É por isso meus caros que, tendo a oportunidade de escrever no dia de hoje, fizemos como se nada houvesse ocorrido. Lado outro, não faremos planos para o futuro. Viveremos um dia após o outro, pois assim nos pede o Senhor.

Dessa feita, a nossa mensagem para o ano que se inicia não podia ser outra: viva um dia após o outro! Cultive o futuro no presente!

É o encadeamento de segundos que gera os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos ... a vida!

Viva o segundo da sua vida.

FELIZ 2013

VOZ DA CONSCIÊNCIA

quarta-feira, 27 de junho de 2012

NEM TUDO QUE SE PLANTA HOJE DEVE SER COLHIDO AMANHÃ



Por Pedro Henrique Pedroso (*)
da sucursal de Itararé/SP ("a pedra que o rio cavou")

Quem nunca pensou em deixar para fazer algo prazeroso no próximo fim-se-semana, no próximo feriado, nas próximas férias, ano que vem?

Ou então, será que somos capazes de contar as inúmeras vezes em que nos vemos dominados pelas preocupações acerca do dia de amanhã?

Ora, a palavra preocupação por si só se define (pré-ocupação), ou seja, seria uma ocupação antecipada acerca de algo que poderá ou não ocorrer.

Ao pensar nisso, porém, não seria a minha intenção conceder menos valor à virtude de se abdicar de momentos de prazer em nome de nossas atividades laborais, ou em face de nossas responsabilidades. Longe disso. É louvável o comportamento daquele que se abstém de uns goles de cerveja com os amigos, visando terminar algum projeto, encerrar algum trabalho.

Também não é minha pretensão, ao pensar neste assunto, estabelecer um paralelo entre o epicurismo (“carpe diem”) e o estoicismo (filosofia em que o trabalho e as virtudes sobrepõem o prazer imediato). Acredito que o que desejo expressar seja algo mais palpável, mais próximo de nosso dia-a-dia.

Do mesmo modo, também não estou a contestar a indiscutível importância do preparo e do ensaio em relação aquilo que haveremos de fazer no futuro, do que virá a acontecer amanhã ou depois. Apenas tento demonstrar que, sem o devido equilíbrio, acabamos permitindo que o ontem e o amanhã impeçam a concessão da devida importância ao hoje.

Acabo servindo-me dos pensamentos daqueles que já se ocuparam do mesmo assunto. Certa vez, John Lennon disse que “A vida é algo que acontece, enquanto estamos ocupados fazendo outros planos”. Sempre, a cada segundo, estamos pensando naquilo que faremos no instante seguinte. Mal terminamos de fazer algo, e já estamos pensando no que virá depois. Alcançamos um objetivo, vencemos um desafio, e novos objetivos e desafios surgem, tudo numa interminável sucessão de fazer e refazer, planejar e replanejar, pensar e repensar, inevitavelmente; eis a dinâmica de nossas vidas direcionadas pelo padrão ocidental-capitalista da produtividade.

 Por quê não somos capazes de finalizar algo, parar e contemplar aquilo que fizemos, dar um tempo? A resposta poderia ser, porque há contas a pagar, há projetos para terminar, há um status que deve ser mantido...

Mas aí, surge outra pergunta, na mesma linha de raciocínio do sábio de Liverpool; por quê não somos capazes de conceder a cada tarefa realizada sua devida importância. Embora não tenhamos escolhido nascer em um mundo em que o material condene o imaterial ao ostracismo, podemos escolher como viver no meio dessa selva infestada por abstração, impessoalidade e generalidades. O fato de que, em nossas vidas, existem, e sempre existirão cobranças e exigências é algo certo e irrefutável (a menos que nos isolemos em alguma tribo, ou nos tornemos membros do clero). Contudo, não é menos correto o fato de que podemos conceder novas matizes e novas cores àquela incessante sucessão de responsabilidades. Podemos, sim, não obstante o volume de obrigações, ver a vida de um modo mais especial, viver a vida de um modo mais leve.

Ao lado de nossos planos, caminham, de mãos dadas, nossas preocupações. Penso que seja aí onde realmente desperdiçamos uma quantidade imensa de energia e bom-humor. Sirvo-me, novamente, das citações de dois escritores. Og Mandino disse que “Deveria preocupar-me com os eventos que talvez jamais testemunhe?”. Com ainda mais ênfase, Mark Twain confessa que “Passei por coisas terríveis em minha vida, e algumas delas de fato ocorreram”.

Preocupações e adiamentos! Quantos dias de vida já desperdiçamos em seus nomes?

Vivemos adiando tudo. Basta um pequeno “flash-back” para demonstrar a veracidade de tal afirmação. Para não ir tão longe, voltemos até o período anterior ao ingresso na faculdade. Como o martírio dos estudos parecia ser suavizado com a imagem estereotipada da faculdade. Eis apenas um exemplo da maneira equivocada e inconsciente pela qual muitos de nós nos comportamos. Por quê passamos a vida nos convencendo de que no futuro, encontraremos a felicidade?

Pensamos, que, depois do ingresso na faculdade, seremos realmente felizes; depois da formatura, seremos verdadeiramente felizes; após a aprovação na ordem, seremos felizes; depois do casamento, seremos felizes plenamente; após comprarmos nossas casas e tivermos pago nossas contas, seremos felizes. Tudo bem, feito isso, aí adiamos a felicidade para depois que os filhos nascerem. Nascidos, para depois que crescerem. Ora, cresceram, aí vem a adolescência; tudo bem, depois dessa fase, será mais fácil, aí seremos felizes. Após a aposentadoria, seremos felizes, quando estivermos com a poupança recheada, seremos felizes...

E durante todo esse tempo, será que os grãos de areia deixaram de cair?
Não vejo por que adiarmos a felicidade para o futuro. Não há motivo para depositarmos nossas energias em algo que não temos, em algo que não conquistamos, ainda. Ressalte-se, ainda! E se, por ventura não viermos a ter ou a conquistar, paciência, pois houve inúmeras outras conquistas. Não devemos, jamais, associar o ser ao ter. Não somos o que possuímos, somos o que fazemos, e o modo pelo qual fazemos é o fator diferencial em nossas vidas, ainda que os resultados não se revelem da maneira esperada.

Tudo é uma questão de tempo. Nesse meio termo, devemos perceber o valor extraordinário de tudo aquilo que nos rodeia, e, principalmente, daqueles que nos cercam, estejam fisicamente presentes ou não.

Quantas vezes, num domingo chuvoso e aparentemente entediante, não desejamos estar em uma praia quente e ensolarada? Ah, aí sim estaríamos felizes e contentes...

Seríamos capazes de recordar em quantas oportunidades, nas difíceis horas de trabalho, durante a semana, sonhamos com o próximo sábado?

Será que não encontramos a felicidade em momentos como estes, simplesmente porque nos tornamos incapazes de vislumbrar tudo o que há de fantástico e maravilhoso nas coisas e acontecimentos mais comuns de nosso cotidiano?
Richard Carlson aduz que “Não há época melhor para sermos felizes do que agora. Se não for agora, então, quando?”

Outro pensador, Alfred D’Souza, afirmou que “Por algum tempo me pareceu que a vida estava prestes a começar – a vida verdadeira. Mas sempre havia um obstáculo ou outro no caminho, algo que deveria ser feito antes, um negócio inacabado, tempo por vir, dívidas a pagar. Aí, sim, a vida começaria. Então, eu despertei para o fato de que esses obstáculos eram a minha vida”.

Encontremos, caríssimos, a felicidade em tudo o que fizermos!

Sejamos felizes onde estivermos!

O ontem já passou, não voltará!

O amanhã, é uma incerteza, sequer sabemos se virá!

São Mateus nos alerta que não devemos nos preocupar com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si mesmo.

Digamos um basta aos adiamentos!
Amanhã, 

no fim-de-semana,

no feriado,
nas férias,
ano que vem?

Não, agora!

E, para finalizar, recorro novamente ao sábio Og Mandino, “Desfrutarei hoje, a felicidade de hoje. Ela não é um grão, para ser armazenada numa caixa. Ela não é vinho, para ser guardada numa jarra. Ela não pode ser guardada para o dia seguinte. Deve ser plantada e colhida no mesmo dia.”

Meus caros, pensem nisso!

Um forte abraço para todos.

(*) Nota do "VOZ": Pedro Henrique Pedroso é advogado e nosso amigo pessoal. Uma alma iluminada que Deus nos deu o privilégio de conhecer. Além do conhecimento jurídico, Pedro possui uma ampla visão de mundo, nos fazendo concluir, por meio de suas colocações, que a vida é bela!