terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FÉRIAS: Recesso do "A Voz da Consciência"

Preclaros leitores,

O ano de 2010 vai chegando no seu final. Neste ano passamos excelentes momentos juntos. Foram 40 publicações de qualidade neste ano abençoado por Deus.

Neste momento do ano, as pessoas estão envolvidíssimas com uma série de afazeres e preparativos visando as festas que vêm por ai.

Embora os senhores já conheçam a nossa opinião sobre as festas de fim de ano, o nosso blog é sensível às festividades arraigadas na nossa cultura. Com base nessas premissas, resolvemos também entrar em recesso coletivo.

Nossas publicações sofrerão interrupção no dia de hoje (21 de dezembro) e retornarão somente no dia 17 de janeiro de 2011. Serão longos 27 dias sem a presença de nosso público fiel.

Aproveitaremos o tempo de recesso para pensar em algumas idéias que nossos leitores nos enviam, bem como para a produção de novos textos.

Assim, o blog fará uma pequena pausa para trabalhar offline, mas nunca deixaremos de trabalhar para trazer novidades para você. Vamos pesquisar mais e trazer mais novidades no ano que vem. Até lá, estaremos de plantão. Caso alguma coisa ocorra nesses quinze dias e que seja relevante para a nossa abordagem, faremos edição extraordinária e divulgaremos.

Queremos ressaltar que o sentido das festas de final de ano não é o consumismo, não é o exagero, não é a busca incessante de sorte, de dinheiro, de influência ou poder individuais. Não!

O verdadeiro sentido é partido em dois prismas, sob o ponto de vista interno ou individual, o sentido é a reforma interna. E voltar-se para si mesmo e fazer uma auto-avaliação de suas atitudes, da sua educação, do seu crescimento interior, da sua evolução. Sob o ponto de vista externo ou coletivo, o sentido é o seu tratamento com o próximo, o assistencialismo, o uso correto dos recursos naturais, a conscientização cidadã etc.

Todos esses requisitos unidos, farão das nossas "festas de fim de ano" cada vez menos "festas" e cada vez mais "pausas para balanço"

A aplicação desses itens na sua vida fará com que os exageros das festas se transformem em generosidade com o próximo. Fará com que a nossa busca incessante por mais dinheiro e visibilidade se transformem em humildade e serenidade. Fará com que nossas crianças, ao invés de exigirem "receber" presentes de alta monta de seus pais, passem a dar mais importância no "ceder", no "dar". Fará com que a figura verdadeira do natal deixe de ser o Papai Noel e volte a ser Jesus Cristo!

Se começarmos conosco, não precisamos querer nada mirabolante para 2011, todas estas coisas nos serão acrescentadas!

Aos nossos leitores, colaboradores, parceiros e amigos o nosso muito obrigado e os votos de um feliz natal e um próspero ano novo. Fazemos votos também de que continuem acompanhando nosso trabalho no ano de 2011, que esperamos fazê-lo cada vez melhor.

Vocês e a verdade são a nossa obsessão!

Um efusivíssimo e cordialíssimo abraço

A Voz da Consciência

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

MERCADORES DA FÉ - D´Cristo (Em Defesa da Fé, ao Evangelho Genuíno)



A propósito da mensagem abaixo, veja esse vídeo! Imperdível!

É um Rap cuja letra tece duras críticas à Teologia da Prosperidade.

Não vamos nos alongar nos comentários, uma vez que, como diz o ditado, uma imagem vale mais que mil palavras!

Um efusivo e cordial abraço.

A Voz da Consciência

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

REFLEXÃO: Sócio ou Servo de Deus?

Do Pão Diário

"Disse Jesus: a minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra" (Jo 4.34)

No texto básico de hoje, Jesus repreende as pessoas que o seguiam com segundas intenções. Uma multidão impressionada com o milagre da multiplicação dos pães queria proclamar Jesus Rei à força. Ele recusou, retirando-se de lá. No dia seguinte, Jesus também recusa mais milagres diante de uma multidão, pois percebe que o seguem por causa dos pães que comeram.

Eles buscaram Jesus pela comida e não porque queriam a sua presença! Estavam interessados em benefícios pessoais e não em ouvir seus ensinos! Este é um erro muito comum: trabalhar pela comida, que perece, sem preocupação com a vida eterna. A mente consumista do homem moderno está afetando as suas ações religiosas.

É comum pessoas procurarem igrejas que lhes possam trazer benefícios. Não buscam o Reino de Deus, mas o que Ele pode acrescentar a suas vidas. Quem age assim, está afastado de Deus e caminhando para afastá-lo ainda mais.

É preciso ter uma vida cristã madura. Não apenas seguir uma religião para alcançar benefícios próprios. É preciso entender que o compromisso com Deus é motivado pela gratidão de conhecê-lo. Temos o privilégio de compartilhar da comunhão do Criador de Tudo, do Deus que é sobre todos nós. É preciso buscar a Deus para adorá-lo e servi-lo. Aproximar-se em atitude de humildade, reconhecendo a necessidade de sua misericórdia.

Qual tem sido nossa motivação para buscar a Deus? O próprio Jesus deve ser o exemplo para nós. Ele disse que sua comida era fazer a vontade do Pai que o enviou a realizar a sua obra. Nossa maior motivação deve ser conhecer a vontade de Deus para a nossa vida e andar conforme essa vontade. As bênçãos são certas se não as buscarmos mais do que o próprio Deus. Quem se alimenta do pão desta terra voltará a ter fome, mas aqueles que comem do pão do céu, viverão para sempre.

"Existe um único Deus e ele deve ser buscado acima de tudo"

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NOTA DO EDITOR

Esse texto é curtinho, mas é vasto em sabedoria! Você já parou para pensar em como está o Evangelho nos dias de hoje? As palavras de ordem nas igrejas são: "vitória", "a minha herança", "a minha bênção" etc. A igreja está se pautando pelo clientelismo somado ao egocentrismo. Há resolução para todos os tipos de problema!

Quando se ouve falar em vitória, significa que, na sua visão, a caminhada com Deus deve ser única e tão somente de vitórias. Quem segue a Deus jamais pode perder.

Quando se ouve falar de herança a coisa fica pior ainda. Para que alguém receba uma herança, há de haver a morte de alguém. Ora, se somos herdeiros dos direitos de Deus, porque dele somos filhos, então significa que Deus morreu!!! Misericórdia! Porque tanta bobagem é dita nas igrejas?

O que esses religiosos não sabem é que nós não somos herdeiros de nada. Nós não temos direito a vencer nada. Nós somos seres desgraçados e pecadores. Nós somos pessoas indignas de sermos pisoteadas pelos pés da divindade. No fundo, no fundo, nós merecemos o inferno e isso ainda seria pouco. Deus nos concede, ainda assim, a Graça, pela sua misericórdia, porque Ele nos ama, porque fomos criados por Ele.

Mas as igrejas estão infestadas de pessoas que buscam a Deus, tão somente porque ele dá pães. Não buscam um relacionamento com Ele pelo que Ele é, mas pelo que Ele pode proporcionar.

De olho nessa "necessidade" dos fiéis, as igrejas prometem uma vida sossegada àquele que anda segundo os preceitos bíblicos, mas principalmente, se contribuir religiosamente com dinheiro.

Peço às igrejas que parem de mentir para as pessoas e comecem a pregar o Evangelho de Jesus Cristo. Hoje elas procuram a igreja com a promessa de uma vida tranquila. Amanhã, elas abandonarão de vez a Jesus pela frustração de não se ter cumprido essas promessas vazias, feitas por homens irresponsáveis.

A Bíblia diz, em outras palavras, que aquele que pregar outro Evangelho, será considerado maldito perante Deus.

Desculpem algum exagero, mas esse tema é um dos nossos prediletos.

Um efusivo e cordial abraço.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

MÚSICA: Diogo Nogueira. Fé em Deus (para os cristãos que vivem domonizando o samba!)




DIOGO NOGUEIRA - FÉ EM DEUS

A luta está difícil, mas não posso desistir
Depois da tempestade, flores voltam a surgir
Mas quando a tempestade demora a passar
A vida até parece fora do lugar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar

Pois o sol de um novo dia vai brilhar
E essa luz vai refletir na nossa estrada
Clareando de uma vez a caminhada
Que nos levará direto ao apogeu
Tenha fé, nunca perca a fé em Deus

Pra quem acha que a vida não tem esperança
Fé em Deus
Pra quem estende a mão e ajuda a criança
Fé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabou
Pra quem não encontrou um amor
Tenha fé, vá na fé
Nunca perca a fé em Deus

Pra quem sempre sofreu e hoje em dia é feliz
Fé em Deus
Pra quem não alcançou tudo que sempre quis
Fé em Deus
Pra quem ama, respeita e crê
E pra aquele que paga pra ver
Tenha fé, vá na fé
Nunca perca a fé em Deus

Aquilo que não mata só nos faz fortalecer
Vivendo aprendi que é só fazer por merecer
Que passo a passo um dia a gente chega lá
Pois não existe mal que não possa acabar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar

Pois o sol de um novo dia vai brilhar
E essa luz vai refletir na nossa estrada
Clareando de uma vez a caminhada
Que nos levará direto ao apogeu
Tenha fé, nunca perca a fé em Deus

Pra quem acha que a vida não tem esperança
Fé em Deus
Pra quem estende a mão e ajuda a criança
Fé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabou
Pra quem não encontrou um amor
Tenha fé, vá na fé,
Nunca perca a fé em Deus

Pra quem sempre sofreu e hoje em dia é feliz
Fé em Deus
Pra quem não alcançou tudo que sempre quis
Fé em Deus
Pra quem ama, respeita e crê
E pra aquele que paga pra ver
Tenha fé, vá na fé, nunca perca a fé em Deus

Essa música é indicada pelo "Voz" para aqueles que acham que tudo que é do mundo é do diabo. Há coisas maravilhosas por ai e que igualmente gozam da bênção. Não caia na ignorância religiosa! É a pior que existe! Deus respeita cada indivíduo como ele é! Você não precisa deixar de aprociar uma boa música. Nascer de novo não é negar o mundo, basta que você viva os valores que Cristo veio ensinar que você já estará negando a tudo aquilo que Ele não quer pra você. A vida está ai para ser vivida.

O NATAL: Aspectos Históricos e Bíblicos

ATENÇÃO: Este texto é de um autor desconhecido. A intenção do "Voz" com a postagem deste texto não é a de demovê-lo da comemoração do Natal, embora o texto em algum momento sugira isso. Nossa intenção é fazer com que você enxergue o verdadeiro sentido do Natal. Hoje, o sentimento que vem pautando a data é o consumismo desvairado e sem limites. Gastamos o dinheiro que não temos, professamos uma fé que não temos, confraternizamos, via de regra, com as pessoas que menos participam das nossas vidas. Enchemos as mesas, mas os corações estão mais vazios. Presentamos a muitos, mas desagradamos a Deus. O verdadeiro sentido do Natal é que vivamos os valores deixados pelo aniversariante do dia. Ele queria que fizéssemos a quem precisa. Ele queria menos guerras, inclusive dentro das famílias e não só no Oriente Médio e África. Ele disse que se fizéssemos isso, estaríamos fazendo isso a Ele. E nos fazemos isso? Somos levados, nesta data, a este tipo de reflexão? Ou estamos mais preocupados em criticar aquele parente que veio nos visitar e não trouxe presentes, nem comida e nem bebida para avolumar mais a nossa "festa"? O que você acha? Se você ler o texto abaixo com este enfoque, verá que ele não é tão radical quanto parece. Um grande abraço! - A Voz da Consciência.


Será o Natal realmente a celebração do nascimento de Jesus Cristo? Nasceu Jesus em 25 de dezembro?

Será que os primeiros apóstolos que conheciam e foram ensinados por Jesus, pessoalmente, celebraram o aniversário do menino Jesus em 25 de dezembro? Será que alguma vez o celebraram em qualquer outro dia?

Se o Natal é uma das maiores festas cristãs, por que será que todos os pagãos o celebram também? Você sabe?

Por que nessa época se troca tantos presentes com familiares, parentes e amigos? Se é por causa dos reis magos que trouxeram e ofertaram presentes ao menino Jesus, a resposta poderá surpreender.

A maioria das pessoas "supõe" muitas coisas sobre o Natal que não são verdades. Vamos agora parar de fazer suposições e conhecer os fatos!

A palavra "Natal" tem a ver com nascimento, ou aniversário natalício, especialmente com o dia em que geralmente se comemora o nascimento de Jesus Cristo. Esta festa teve origem na Igreja Católica Romana e daí se expandiu ao protestantismo e ao resto do mundo.

E então, de onde tirou a Igreja Católica Romana? Não saiu do Novo Testamento - Não foi da Bíblia nem dos primeiros apóstolos que foram instruídos por Cristo - todavia, sabe-se que lentamente foi absorvida do paganismo pela Igreja Católica Romana a partir do quarto século.

Desde que a celebração do Natal foi introduzida ao mundo pela Igreja Católica Romana, e ela é a única autoridade que aprova, vejamos o que diz a Enciclopédia Católica, edição inglesa, sob o título "Natal".

"O Natal não era considerado entre as primeiras festas da Igreja... Os primeiros indícios da festa provêm do Egito." "Os costumes pagãos ocorridos durante as calendas de Janeiro lentamente modificaram-se na festa do Natal".

Também nas mesmas enciclopédias, sob o tema "Dia do Natal", encontramos que Origines, um dos patriarcas católicos, reconheceu a seguinte verdade: "... Não há registro nas Sagradas Escrituras de que alguém tenha comemorado uma festa, ou realizado um grande banquete no dia do seu aniversário. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes), que se rejubilam grandemente com o dia em que nasceram neste mundo."

A Enciclopédia Britânica edição de 1946, afirma: "O Natal não era contado nas primeiras festas da Igreja..." "Não foi instituída por Cristo, nem pelos apóstolos, nem por autoridades bíblicas. Foi adquirida mais tarde do paganismo."

A Enciclopédia Americana, edição 1944, declara:

"O Natal...não foi, de acordo com muitas autoridades no assunto, celebrado nos primeiros séculos da Igreja Cristã, porque o costume cristão, em geral era celebrar a morte de pessoas importantes em vez do nascimento. A "comunhão", instituída por autoridade bíblica no Novo Testamento, é o memorial desse acontecimento (isto é, o nascimento de Cristo) no século IV. No século V, a Igreja Ocidental deu origem, para que fosse celebrada para sempre no dia da antiga festividade romana em honra ao nascimento do Sol, porque não se conhecia ao certo o dia do nascimento de Cristo."

Agora veja! Estas reconhecidas autoridades históricas mostram que o Natal não foi observado pelos primeiros cristãos, durante os primeiros duzentos ou trezentos anos desta era - um período maior do que a história inteira do Brasil como uma República independente! Foi absorvida na Igreja Ocidental, ou Romana, durante o século IV da era cristã. Senão a partir do século V que a Igreja Romana ordenou que se comemorasse oficialmente como uma festividade cristã!

Jesus não nasceu em 25 de dezembro! Jesus nem sequer nasceu na estação do inverno!

Quando Jesus nasceu, "Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho." (Lucas 2:8)

Isto nunca poderia ter acontecido na Judéia no mês de dezembro. Os pastores recolhiam os rebanhos das montanhas e dos campos e colocavam-nos no curral no mais tardar até o dia 15 de outubro, para protegê-los do frio e da estação chuvosa que se seguia.

Veja que a própria Bíblia fornece provas, em Cantares de Salomão 2:11 e em Esdras 10:9-13, de que o inverno era uma estação chuvosa, não permitindo aos pastores permanecerem ao ar livre nos campos durante a noite.

"Durante a época da Páscoa (começo da primavera) era costume antigo dos judeus daqueles dias levarem as ovelhas aos campos e desertos, e recolhê-las ao começo das primeiras chuvas", afirma Adam Clarke no seu Commentary, (vol. 5, pág. 370, edição de New York).

A seguir esta mesma autoridade declara: "Os pastores cuidavam dos seus rebanhos dia e noite durante todo e tempo que permaneciam fora..." as primeiras chuvas começavam no princípio do mês de "Marchesvan", que corresponde parte dos meses de outubro e novembro do nosso calendário (começa às vezes em outubro), descobrimos que as ovelhas estavam nos campos ao ar livre durante todo o verão. E como os pastores não haviam ainda recolhido os seus rebanhos, é um argumento provável que outubro não havia ainda nem começado, e que, consequentemente, nosso Senhor não nasceu em 25 de dezembro, quando nenhum rebanho estava no campo; nem mesmo poderia ter nascido depois do mês de setembro, já que os rebanhos estavam ainda no campo durante a noite, apenas uma ocorrência cronológica... Veja as citações dos "Talmudistas em Lightfood."

"Qualquer enciclopédia ou outra autoridade, poderá lhe dizer que Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro. A enciclopédia Católica francamente testifica este fato."

A data exata do nascimento de Jesus é inteiramente desconhecida conforme todas autoridades no assunto afirmam, muito embora se eu tivesse espaço disponível neste artigo, mostrar-lhe-ia passagens nas escrituras que, fortemente indicam que foi no começo do outono - provavelmente em setembro, aproximadamente seis meses depois da Páscoa.

Se Deus desejasse que guardássemos e comemorássemos o nascimento de Cristo, Ele não teria ocultado tão completamente a data exata. Como este costume pagão foi absorvido pela Igreja? Como surgiu no mundo ocidental este costume pagão?

A New Schaff-herzog Enciclopedia of Religious Knowledge (Enciclopédia de conhecimentos religiosos) explica-o claramente no seu artigo sobre o "Natal".

Não se pode determinar com precisão até que ponto a data da festividade dependia da brumária pagã (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o "Novo Sol"... As festividades pagãs, Saturnália e Brumária estavam a demais profundamente arraigadas nos costumes populares para serem abandonadas pela influência cristã... A festividade pagã acompanhada de bebedices e orgias, agradavam tanto que os cristãos viram com o agrado uma desculpa para continuar a celebrá-la em grandes alterações no espírito e na forma. Pregadores cristãos do Ocidente e do Oriente próximo, protestaram contra a frivolidade indecorosa com que se celebrava o nascimento de Cristo, enquanto os cristãos da Mesopotâmia acusavam os irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao Sol, por aceitarem como Cristã a festividade pagã.

Lembre-se que o mundo romano era pagão. Antes do século IV, os cristãos eram poucos em número, embora aumentassem, eram perseguidos pelos pagãos. Porém, com a chegada de Constantino, como imperador, que no século IV fez profissão pública de fé cristã, colocando o cristianismo ao mesmo nível do paganismo, o mundo romano passou a aceitar esse cristianismo popularizado pelo imperador. Porém, lembre-se que eles haviam sido criados em costumes pagãos, dentre as quais 25 de dezembro era a maior das festividades idólatras. Era uma festa alegre com seu espírito especial. Todos se divertiam! Não queriam renunciá-la!

Este mesmo artigo da enciclopédia Shaff-Herzog de conhecimentos religiosos, explica como a aprovação dada por Constantino do domingo, dia em que os pagãos adoravam o Sol, e como a influência do maniqueísmo pagão que identificava o filho de Deus como o Sol físico, proporcionou a esses pagãos do século IV, agora "convertidos" em massa ao "cristianismo" o pretexto necessário para chamar a festa de 25 de dezembro (dia do nascimento do deus-Sol) de dia do nascimento do filho de Deus.

E assim foi que "o Natal" se enraizou em nosso mundo Ocidental!

Não importa que usemos outro nome, continua sendo a mesma valha festividade pagã de adoração ao Sol. A única coisa que mudou foi o nome" Chame um coelho de leão se quiser, porém continuará sendo um coelho.

E da Enciclopédia Britânica: "A partir do ano 354, alguns latinos, possivelmente, transferiram o dia de nascimento de 6 de janeiro para 25 de dezembro, quando se realizava uma festa mitraísta... ou nascimento do Sol invicto... Os sírios e os armênios, que se prenderam a data de 06 de janeiro, acusavam os romanos de idólatras e adoradores do Sol, alegando... que a festa de 25 de dezembro tinha sido inventada pelos discípulos de Corinto."

Então, se recebemos o Natal pela Igreja Católica Romana, e esta por sua vez recebeu do paganismo, de onde receberam os pagãos? Qual é a origem verdadeira?

O Natal é a principal tradição do sistema corrupto denunciado inteiramente nas profecias e instruções bíblicas sobre o nome de Babilônia. Seu início e origem surgiu na antiga Babilônia de Ninrode! É verdade, suas raízes datam de épocas imediatamente posterior ao dilúvio!

Ninrode, neto de Cão, filho de Noé, foi o verdadeiro fundador do sistema babilônico que até hoje domina o mundo - Sistema de Competição Organizado - de impérios e governos pelo homem, baseado no sistema econômico de competição e de lucro. Ninrode construiu a Torre de Babel, a Babilônia primitiva, a antiga Nínive e muitas outras cidades. Ele organizou o primeiro reino deste mundo. O nome Ninrode, em Hebraico, deriva de "Marad" que significa "ele se rebelou, rebelde".

Sabe-se bastante de muitos documentos antigos que falam deste indivíduo que se afastou de Deus. O homem que começou a grande apostasia profana e bem organizada, que tem dominado o mundo até hoje. Ninrode era tão perverso que se diz que casou-se com sua mãe, cujo nome era Semíramis. Depois de sua morte prematura, sua mãe-esposa propagou a doutrina malígna da sobrevivência de Ninrode como um ente espiritual. Ela alegava que um grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de um pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida.

Por meio de suas artimanhas e de sua astúcia, Semíramis converteu-se na "Rainha do Céu" dos Babilônicos, e Ninrode sob vários nomes, converteu-se no "Divino Filho do Céu". Por gerações neste culto idólatra. Ninrode passou a ser o falso Messias, filho de Baal: o deus-Sol. Nesse falso sistema babilônico, "a mãe e a criança" ou a "Virgem e o menino" (isto é, Semíramis e Ninrode redivivo), transformaram-se em objetos principais de adoração. Esta veneração da "virgem e o menino" espalhou-se pelo mundo afora; o presépio é uma continuação do mesmo, em nossos dias, mudando de nome em cada país e língua. No Egito chamava-se Isis e Osiris, na Ásia Cibele e Deois, na Roma pagã Fortuna e Júpiter, até mesmo na Grécia, China, Japão e Tibete encontra-se o equivalente da Madona (minha dona ou minha senhora), muito antes do nascimento de Jesus Cristo!

Portanto durante os séculos quarto e quinto, quando centenas de milhares de pagãos do mundo romano adotavam o novo "cristianismo popular" levando consigo as antigas crenças e costumes pagãos, cobrindo-os sobre nomes cristãos, popularizou-se também a ideia da "virgem e o menino" (Maria após o nascimento de Jesus, manteve relações íntimas com seu marido segundo as escrituras - Mateus 1:24-25 - "E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS." Dizer que ela permaneceu virgem é um reflexo claro desta doutrina satânica pagã) especialmente durante a época do Natal. Os postais de Natal, as decorações e representações, do presépio, as músicas da noite de Natal, como seu tema "Noite Feliz", repetem ano após ano esse tema popular da "virgem e o menino".

Nós que nascemos num mundo cheio de costumes babilônicos, criados e mergulhados nessas coisas toda nossa vida, fomos ensinados a reverenciar essas coisas como sendo santas e sagradas. nunca investigamos para ver de onde vieram - se vieram da Bíblia, ou da idolatria gentílica.

Causa-nos um choque conhecer a verdade - alguns infelizmente ficam ofendidos diante da pura verdade, porém Deus ordena aos seus fiéis ministros em Isaías 58:1 "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão". A verdadeira origem do Natal encontra-se na antiga Babilônia. Está ligado à apostasia organizada que mantém preso um mundo enganado por todos esses séculos. O Natal (25 de dezembro) é uma mentira - João 8:13-16 - "Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu-lhes Jesus: Ainda que eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro; porque sei donde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou. Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo. E, mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro; porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou." João 8:30-32 - " Falando ele estas coisas, muitos creram nele. Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:40-47 - "Mas agora procurais matar-me, a mim que vos falei a verdade que de Deus ouvi; isso Abraão não fez. Vós fazeis as obras de vosso pai. Replicaram-lhe eles: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus. Respondeu-lhes Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, vós me amaríeis, porque eu saí e vim de Deus; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Por que não compreendeis a minha linguagem? é porque não podeis ouvir a minha palavra.

Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira. Mas porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se digo a verdade, por que não me credes?

Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso vós não as ouvis, porque não sois de Deus."

No Egito sempre se acreditava que o filho de Isis (nome egípicio da "Rainha do Céu") nascera em 25 de dezembro. O mundo pagão celebrava essa famosa data de nascimento, na maior parte do mundo conhecido de então, muitos séculos antes do nascimento de Cristo. O próprio Jesus, os apóstolos e a igreja nunca celebraram o nascimento de Cristo em nenhuma época, na Bíblia não há mandamento ou instrução alguma para celebrar, todavia somos ordenados a lembrar sim de sua morte e ressurreição que nos proporcionou a Vida (ICo. 11:24-26; Jo. 13:14-17). Portanto os antigos "Mistérios Caldeus" idólatras iniciados pela esposa de Ninrode, tem sido transmitido de geração em geração pelas religiões pagãs e continua sob novos nomes de aparência Cristã.

Alguém dirá: Certamente que o velinho tão querido, "Papai Noel", não é uma criação pagã. Porém ele é, e o seu caráter verdadeiro não é tão bondoso e santo quanto muitos pensam!

O nome "Papai Noel" é uma corruptela do nome "São Nicolau" um bispo romano que viveu no século V. Leia na Enciclopédia Britânica, vol.19 páginas 648-649, 11ª edição inglesa, o seguinte: "São Nicolau, bispo de Mira, um santo venerado pelos gregos e latinos no dia 6 de dezembro... A lenda de sua dádiva oferecida as escondidas, de dotes, às três filhas de um cidadão empobrecido..." diz se ter originado o costume de dar presentes as escondidas no dia de São Nicolau (6 de dezembro), o que mais tarde foi transferido para o dia de Natal. Daí a associação do Natal com São Nicolau (Papai Noel), que sorrateiramente a idéia é fazê-lo subtituir Papai do Céu.

Durante o ano os pais castigam suas crianças por falarem mentira. Então na época de Natal. Contam-lhes esta tamanha mentira do Papai Noel! Será demais pensar então que muitos deles ao crescerem e conhecerem a verdade, comecem a acreditar também que Deus é um mito?

Um rapazinho, sentindo-se triste e disiludido sobre a verdade de Papai Noel, comentou com o seu companheirinho: "Eles vão ver. Vou investigar também essa história de Jesus Cristo". É um ato cristão ensinar às crianças mitos e mentiras? Deus declara: "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo." (Êxodo 20:16). Pode ser que pareça certo, e que seja justificável pela razão humana, porém Deus acrescenta: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte." (Provérbios 14:12).

O "velinho" de barba branca é sempre alguém que se disfarça para parecer bonzinho! Satanás também se mostra como "anjo de luz" para enganar! (veja IICo 13:14; Apo. 12:9) Haverá uma conexão?!

E assim, quando examinamos os fatos, ficamos surpreendidos grandemente ao saber que a prática da observância do Natal não é, afinal, uma prática cristã verdadeira, porém um costume pagão - um dos caminhos de babilônia que o mundo continua seguindo!

O que diz a Bíblia sobre a árvore de Natal? Se a Bíblia nada diz para comemorarmos o Natal, nem mesmo registra tal observância da parte dos apóstolos ou da verdadeira Igreja primitiva, ela tem algo a dizer sobre a árvore de Natal! Isto será uma surpresa real para muitos, mas aqui está.

Jeremias 10:2-4 - "Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais do céu; porque deles se espantam as nações, pois os costumes dos povos são vaidade; corta-se do bosque um madeiro e se lavra com machado pelas mãos do artífice. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova."

Deus nos ordena não imitar esse caminho nem segui-lo! Certas pessoas se enganam ao pensar que isso significa que não faz mal ter uma árvore de Natal. Com ela nos associamos à festividade gentílica. As idéias referentes a árvores sagradas são muito antigas. Uma antiga fábula babilônica falava de um pinheirinho que nasceu de um tronco morto. O velho tronco simbolizava Ninrode morto e o novo pinheirinho que Ninrode tinha vindo viver novamente em Tamuz! Entre os druidas, o carvalho era sagrado, entre os egípicios as palmeiras, em Roma era o Abeto, que era decorado com cerejas negras durante a Saturnália (Walsh Curiosities of popular customs, pág. 242). O deus escandinavo Odin era crido como um que dava presentes especiais na época de Natal a quem se aproximava do seu Abeto Sagrado. Sabemos que as pessoas, na sua maioria, não adoram árvores, contudo vemos claramente que adquiriram a idéia gentílica por ignorância.

Outros costumes pagãos, além dos costumes tradicionais de Natal que observamos, sem percebermos, importamos outros mais que, por serem de origem pagã, são logo colocados com entusiasmo como: "a coroa de azevinho" às vezes conhecida por "coroa de Natal", o qual se enfeita a porta de muitos lares "cristãos" e o madeiro que se queima em lareira durante o Natal, às vezes chamados de "acha de Natal" são relíquias de eras pré-cristãs (isto é, pagãs), segundo a Enciclopédia Americana.

Frederick J. Haskins no seu livro Answers to Questions (Respostas a indagações), refere-se à coroa e a árvore de Natal. As autoridades no assunto acreditam poder identificar o uso da coroa de azevinho com os "costumes pagãos de decorar as residências, os edifícios e os lugares de culto religioso, na festa em que ocorria durante o tempo em que se comemora o Natal. A árvore de Natal vem do Egito, e sua origem data de um período muito antes da era natalina".

Até mesmo acender lenhas em fogueiras e velas como cerimônia cristã é meramente perpetuação de um costume pagão de estimular o deus-Sol em declínio quando ele atinge o ponto mais baixo ao Sul da abóboda celeste!

E a troca de presentes, não será bíblica? O ponto culminante de toda esta observância natalina - a época de fazer compras de Natal - De comprar e trocar presentes com familiares e amigos - muitos exclamarão em triunfo "Bem, pelo menos a Bíblia assim nos diz para proceder! Não deram presentes os Reis magos do Oriente quando Cristo nasceu?"

Novamente encontraremos mais surpresas ao conhecermos a pura verdade. Antes porém vamos examinar a origem histórica dos costumes de dar e receber presentes para depois ver o que a Bíblia nos diz a esse respeito.

Da biblioteca sacra vol. 12, páginas 153-155, citamos o seguinte: "A troca de presentes entre amigos é característica tanto do Natal quanto da Saturnália" e deve ter sido adotada do mundo pagão pelos cristãos, como plenamente mostra a admoestação de tertuliano.

O fato é que este costume de trocar presentes com familiares e amigos, que se apegou ao povo durante a época de Natal, não tem nada de cristianismo, ainda que pareça estranho! Isto não comemora o nascimento de Cristo, nem honra o nascimento nem a pessoa dele!

Suponha que sua mãe esteja fazendo aniversário. e por isso deseja honrá-la neste dia, você compraria presente para todos, trocaria presentes com um e com outro de seus amigos e familiares, e ignoraria qualquer presente para aquela que cujo nascimento deseja honrar? Bastante absurdo quando visto desta forma não é?

No entanto é precisamente isto que fazem as pessoas por todas as partes do mundo! Honram um dia no qual Cristo não nasceu, gastando todo dinheiro que conseguem juntar para comprar presentes, para trocar um e com outro de seus amigos e familiares. O mês de dezembro costuma ser o mês mais pobre para a OBRA DE CRISTO! Todos estão ocupados trocando presentes entre si para lembrarem dele e da sua obra, pelo que parece é que eles têm que se equilibrar pelas dívidas feitas por causa do Natal, assim, raramente retornam ao normal, no apoio de Cristo e sua obra, senão por volta do mês de março!

Agora considere o que a Bíblia diz a respeito das ofertas que os Reis magos deram quando Cristo nasceu. Está em Mateus 2:1-11 - "Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo. O rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e com ele toda a Jerusalém; e, reunindo todos os principais sacerdotes e os escribas do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o Cristo. Responderam-lhe eles: Em Belém da Judéia; pois assim está escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel. Então Herodes chamou secretamente os magos, e deles inquiriu com precisão acerca do tempo em que a estrela aparecera; e enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino; e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.

Tendo eles, pois, ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto quando no oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem eles a estrela, regozijaram-se com grande alegria. E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra." Dádivas oferecidas a Cristo? Note, inquiriram pelo menino Jesus. Nascido Rei dos Judeus! Então por que lhe ofereceram dádivas? Por ser dia do seu aniversário? De maneira alguma pois chegaram muitos dia ou semanas depois da data de seu nascimento: Seria para deixar-nos um exemplo, para trocarmos presentes uns com os outros? Não, note cuidadosamente! eles deram as ofertas a Cristo, não para os amigos e parentes deles, ou qualquer outro!

Por que? Permita-me transcrever o que diz Adam Clarke, em seu Adam Clarke Commentary, vol. V pág. 46 , vers.11 (oferta-lhe dádivas).

"Os povos do Oriente nunca chegam na presença de Reis ou de grandes personagens sem um presente nas mãos."

O costume é frequentemente encontrado no Velho Testamento, e está em vigor no Oriente, inclusive em algumas ilhas descobertas recentemente nos mares do Sul.

Eis o motivo! Os reis magos não estavam instituindo um novo sistema cristão de permuta de ofertas com amigos para honrar o nascimento de Cristo! Agiam conforme ao antigo costume Oriental de levar ofertas ao apresentar-se diante de um rei. Eles compareciam perante a presença do Rei dos Judeus em pessoa. Portanto o costume ditava que ofertassem alguma dádiva, da mesma que a Rainha de Sabá trouxe ofertas a Salomão, assim como hoje muitos que visitam um Chefe de Estado levam consigo um presente.

O costume de dar e receber presentes de Natal não tem nada a ver com esse incidente registrado nas Escrituras, porém, de fato, é a continuação de um antigo costume pagão. Em vez de honrar a Cristo, tal costume invariavelmente retarda a sua obra, frequentemente dificultando-a cada ano na época do Natal.

Há um argumento utilizado com frequência para justificar a observância do Natal. Muitos ainda insistem: "mesmo assim, muito embora o Natal foi um costume pagão honrando o falso deus-Sol, não mais se observa o Natal para honrar o falso deus, mas sim para honrar a Cristo". Porém, como responde Deus em sua Palavra?

Deuteronômio 12:1-2 - "São estes os estatutos e os preceitos que tereis cuidado em observar na terra que o Senhor Deus de vossos pais vos deu para a possuirdes por todos os dias que viverdes sobre a terra. Certamente destruireis todos os lugares em que as nações que haveis de subjugar serviram aos seus deuses, sobre as altas montanhas, sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore frondosa;" Deuteronômio 12:30-32 - " Guarda-te para que não te enlaces para as seguires, depois que elas forem destruídas diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: De que modo serviam estas nações os seus deuses? pois do mesmo modo também farei eu. Não farás assim para com o Senhor teu Deus; porque tudo o que é abominável ao Senhor, e que ele detesta, fizeram elas para com os seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimam no fogo aos seus deuses. Tudo o que eu te ordeno, observarás; nada lhe acrescentarás nem diminuirás."

Deus afirma plenamente em seu livro de instruções para nós, que não vai aceitar esse tipo de culto, muito embora feito com a intensão de honrá-lo. Para Ele você está usando o que lhe é abominável, e assim honra não a Ele, mas aos falsos deuses pagãos.

Jesus disse plenamente: "Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (João 4:24). E o que é a verdade? A Palavra de Deus - AS ESCRITURAS SAGRADAS - Deus não aceitará quando alguém usar de costume ou maneira pagã de culto para tentar honrar,com isso, a Cristo.

Ter uma árvore de Natal em casa é o mesmo que ter uma imagem ou ídolo "santo". Certamente você deve questionar! "Eu tenho, mas não adoro". Mas Deus diz " NÃO TERÁS OUTROS DEUSES ALÉM DE MIM"

Êxodo 20:1-6 - "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos."

Em João 17:17 Jesus ora ao Pai para que fôssemos santificados na verdade e reforça, "a tua Palavra é verdade". A Bíblia diz que Deus não aceitará quando alguém usar de costume ou maneira gentílica de culto para tentar honrar a Cristo.

Novamente Jesus disse: "Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem." (Mateus 15:9). A OBSERVÂNCIA DO NATAL É PRECEITO DE HOMENS e isto foi proibido por Deus como já vimos.

Além disso, Jesus disse: " E assim por causa da vossa tradição invalidastes a palavra de Deus." (Mateus 15:6).

É precisamente isto o que, hoje, milhões de pessoas estão fazendo. IGNORAM O MANDAMENTO DE DEUS! Ele ordena com respeito ao uso de costumes pagãos para honrar ou adorar a Deus "Não farás assim com o Eterno teu Deus". Mesmo assim a maioria não leva a sério este mandamento, antes considera-o sem valor e segue a tradição dos homens em observar o Natal. Não se enganem! Deus não vai permitir que O desafiem e O desobedeçam. Jesus é a palavra de Deus viva em pessoa, e a Bíblia é a Palavra de Deus em forma de Escrita. E assim por causa da vossa tradição invalidastes a palavra de Deus.

A Palavra de Deus não pode ser desprezada ou ignorada. Estamos em Babilônia (confusão) e não sabemos, o Natal tornou-se em uma festa comercial patrocinada e explorada pela mais forte campanha publicitaria do ano. Em muitas lojas encontra-se alguém mascarado de "Papai Noel". A propaganda nos mantém iludidos e enganados com a "beleza do espírito do Natal".

Os jornais que publicam esses anúncios, também imprimem editoriais em linguagem colorida, exaltando e elogiando a época pagã e o seu "espírito". O público crédulo e simples já se encontra tão inoculado com esta falsidade, que muitos ficam ofendidos quando se lhes diz a verdade. Porém o "espírito do Natal" é revivido cada ano, não para honrar a Cristo, mas para vender mercadorias! Igual a todos os enganos de satanás, o qual aparece como um "anjo de luz" "E não é de admirar, porquanto o próprio satanás se disfarça de anjo de luz" (IICo 11:14). O Natal mostra-se sobre um falso aspecto de bondade. Milhões de Reais são gastos nesses desperdícios de mercadoria a cada ano, enquanto a causa de Cristo deve sofrer! Isto faz parte do sistema econômico de Babilônia! Nós alegamos que somos nações cristãs, porém sem o saber, estamos em Babilônia, tal como predisse a profecia bíblica , Apocalipse 18: "Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo que tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada com a sua glória. E ele clamou com voz forte, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e guarida de toda ave imunda e detestável. Porque todas as nações têm bebido do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela. Tornai a dar-lhe como também ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela em dobro. Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, tanto lhe dai de tormento e de pranto; pois que ela diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e de modo algum verei o pranto. Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga. E os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em delícias, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio; e, estando de longe por medo do tormento dela, dirão: Ai! ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! pois numa só hora veio o teu julgamento. E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém compra mais as suas mercadorias: mercadorias de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho fino, de púrpura, de seda e de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, e todo objeto de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; e canela, especiarias, perfume, mirra e incenso; e vinho, azeite, flor de farinha e trigo; e gado, ovelhas, cavalos e carros; e escravos, e até almas de homens. Também os frutos que a tua alma cobiçava foram-se de ti; e todas as coisas delicadas e suntuosas se foram de ti, e nunca mais se acharão. Os mercadores destas coisas, que por ela se enriqueceram, ficarão de longe por medo do tormento dela, chorando e lamentando, dizendo: Ai! ai da grande cidade, da que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas! porque numa só hora foram assoladas tantas riquezas. E todo piloto, e todo o que navega para qualquer porto e todos os marinheiros, e todos os que trabalham no mar se puseram de longe; e, contemplando a fumaça do incêndio dela, clamavam: Que cidade é semelhante a esta grande cidade? E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamavam, chorando e lamentando, dizendo: Ai! ai da grande cidade, na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência! porque numa só hora foi assolada. Exulta sobre ela, ó céu, e vós, santos e apóstolos e profetas; porque Deus vindicou a vossa causa contra ela. Um forte anjo levantou uma pedra, qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada. E em ti não se ouvirá mais o som de harpistas, de músicos, de flautistas e de trombeteiros; e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e em ti não mais se ouvirá ruído de mó; e luz de candeia não mais brilhará em ti, e voz de noivo e de noiva não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias. E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra."

Mesmo querendo fazer a vontade de Deus como fiéis discípulos, somos surpreendidos por situações que ficamos chocados e atônitos, que nos trazem até embaraços para acertar nossas vidas erradas com a realidade divina. Contudo, nem tudo está perdido. Temos um Deus que transforma maldição em bênção. Agora não somos mais ignorantes quanto a festividade iniciada na Babilônia. Qual deve ser então nosso procedimento prático?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O BRASIL VISTO PELO WIKILEAKS

Clipping MP / Valor Econômico / Sergio Leo / Brasil

Os historiadores, no futuro, poderão maldizer o site Wikileaks, responsável pelo vazar centenas de milhares de telegramas da diplomacia americana: depois do vazamento, comunicações entre embaixadas e Washington tenderão a ser bem mais insossas, e deverão trazer menos informações a serem descobertas pela pela posteridade.

Para os especialistas de hoje e os jornalistas, historiadores do momento, o Wikileaks tem sido, porém, uma novela irresistível, movida por desconfianças reveladas, segredos descobertos, personagens surpreendentes. Nos telegramas anunciados até agora lê-se que, no fim do governo George W. Bush, com Clifford Sobel no comando da embaixada dos EUA em Brasília, Samuel Pinheiro Guimarães era classificado como o elemento "anti-americano" da política externa brasileira, acusado de obstruir iniciativas conjuntas, na área de defesa ou de cooperação técnica em diversas áreas.

A expressão simplifica terrivelmente o esforço intelectual do diplomata, mas reflete comentários de interlocutores brasileiros da embaixada americana, de antigos embaixadores brasileiros a membros do próprio governo. A substituição de Guimarães por Antônio Patriota, até então embaixador nos EUA, foi comemorada nas mensagens a Washington, que o veem como disposto a reforçar as relações bilaterais, ainda que de maneira cautelosa e desconfiada. Amorim é retratado como um "nacionalista". Um "nacionalista" na "antiga tradição do Itamaraty" é como a diplomacia americana descreve o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, visto como mais dedicado aos assuntos multilaterais, como as negociações de comércio e temas das Nações Unidas. O assessor presidencial Marco Aurélio Garcia, embora alistado entre os esquerdistas do governo, como seria óbvio, é um interlocutor respeitado, até aliado em alguns momentos. Em junho de 2008, Sobel pede ajuda a Garcia contra ameaças de aliados do presidente Evo Morales à embaixada americana em La Paz, Bolívia. Episódios de troca de impressões e intermediação brasileira com líderes bolivarianos são um núcleo constante na novela dos telegramas.

Opiniões do embaixador do Brasil na Bolívia são transcritas em 2006 para apoiar a análise do embaixador americano no país. Outro texto, de dezembro de 2009, assinado pela encarregada de negócios da embaixada dos EUA em Brasília, Lisa Kubitske, relata "longo e amigável" encontro de Garcia com o subsecretário de Estado dos EUA para Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, no qual o assessor tenta convencer o americano a fazer uma visita a Caracas. Garcia sugere criar um elo direto com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e evitar que a falta de "senso de proporção" faça com que o venezuelano entre em confrontos indesejáveis com os EUA, por atrito com funcionários de menor escalão. Num telegrama da embaixada dos EUA na Bolívia, Evo Morales é citado dizendo que, por recomendação de Lula, terá "muita paciência" com o que pensa ser ataques a seu governo. A leitura desses comunicados exige cuidado. São interpretações nem sempre precisas, muitas delas feitas por diplomatas menos graduados, endossadas, às vezes sem atenção pelos superiores. Mas o conjunto permite uma visão clara de como os EUA interpretam as ações de política externa de aliados e inimigos. O Brasil de Lula, por exemplo, é retratado como potencial aliado, e até exemplo de governo esquerdista modelo para o continente - especialmente em contraponto ao "bolivarianismo" de Hugo Chávez, que os diplomatas americanos veem como adversário inquestionável. Entre Brasil e EUA são inúmeros os relatos de esforços para encontrar, em meio a sérias divergências, pontos em comum onde firmar algum tipo de colaboração.

Os autores dos telegramas creem que o governo brasileiro não é hostil aos EUA, mas é profundamente desconfiado das intenções do governo americano, com quem alimentaria uma disputa por influência na América do Sul. O receio, no Brasil, do interesse americano na Amazônia ou nos recursos marinhos da costa brasileira é classificado de "absurdo", mas relatado como "paranoia" de vários setores na sociedade, não só do governo. Um ponto realmente de sério conflito é a questão do Irã, tema frequente nos telegramas a embaixadas e Washington. E o conteúdo de diversos desses comunicados em outros países, entre eles os informes sobre o temor dos governantes árabes em relação aos iranianos, reforça a análise dos telegramas de Brasília sobre a ação do governo Lula, que, na avaliação dos diplomatas, oscila entre o ingênuo e o mal informado.

Quando Lula defende a ação do Brasil no Oriente Médio como argumento de que "todos querem a paz", a leitura dos telegramas do Wikileaks torna difícil discordar dos americanos em certas críticas à ação da diplomacia brasileira no Oriente Médio. Já a revelação de que a diplomacia americana, desde o início, viu como golpe indefensável a deposição do Manuel Zelaya em Honduras, como sempre argumentou o governo brasileiro, deixa mal analistas apressados que, no Brasil, correram para defender os golpistas. É uma novela instrutiva, essa, dos telegramas vazados pelo Wikileaks.

ECONOMIA: Sementes da Nova Crise

Clipping MP / Isto É / Ricardo Amorim

Calote de um país europeu pode mudar todas as previsões de bons ventos para a economia brasileira. Em março, neste mesmo espaço, afirmei que a zona do euro se despedaçaria ou a crise da dívida pública europeia pioraria muito, provavelmente ambos. Comentei que a Grécia era só o começo. Agora, quando a crise atinge em cheio a Irlanda, forçando-a a aceitar um pacote financeiro de quase R$ 200 bilhões da União Europeia e do FMI para evitar um calote de sua dívida, é hora de retomarmos o assunto. Neste momento, as economias desenvolvidas – com exceção das exportadoras de matérias-primas, Austrália, Canadá e Noruega – têm um desempenho econômico e uma situação fiscal frágeis. Para estimular suas economias, os outros países ricos reduzem taxas de juros praticamente a zero, imprimem dinheiro como nunca antes e desvalorizam suas moedas. Assim, estimulam seus consumidores a gastar e aumentam a competitividade de suas exportações. Além disso, estão tentando acelerar a inflação para aumentar a arrecadação de impostos, facilitando o pagamento da dívida. Qualquer semelhança com o Brasil da década de 80 não é mera coincidência. Acontece que os países da zona do euro não controlam suas políticas monetária e fiscal. As taxas de câmbio e juros básicos são as mesmas para todos. Países em dificuldades não conseguem ter juros tão baixos nem taxa de câmbio tão desvalorizada como necessitam. Mesmo adotando medidas duras – aumento de impostos, cortes de serviços públicos, aposentadorias e salários de funcionalismo –, sem conseguir estimular seu crescimento econômico, Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália estão em situação cada vez pior. Preocupados, investidores internacionais exigem juros mais elevados para financiá-los, o que acaba tornando a situação insustentável. Um a um, estes países têm de escolher entre calote da dívida – como na Argentina em 2001, com o PIB encolhendo mais de 10% no ano seguinte – ou perda de soberania na política econômica, em troca de um pacote de salvamento do FMI. Grécia e Irlanda já fizeram a segunda opção. Portugal tomará o mesmo caminho em breve. A seguir é que a coisa fica complicada. A Espanha, cujo PIB não cresce há nove trimestres, dificilmente terá tal escolha. A dívida espanhola é muito maior do que as de Grécia, Irlanda e Portugal somadas. É improvável que a União Europeia e o FMI tenham recursos suficientes para um pacote tão grande. Mesmo que se consiga evitar o calote espanhol, será ainda mais difícil impedir o colapso seguinte, o da Itália. Em 2008, falou-se em um tsunami no mundo e marolinha no Brasil. Em 2010, nem a marolinha da crise europeia atingiu o Brasil. Um calote espanhol e/ou italiano mudará radicalmente este quadro. A primeira consequência seria uma crise bancária em toda a Europa. Os maiores credores dos países europeus em dificuldades são os bancos alemães e ingleses. O calote desencadearia perdas de centenas de bilhões de dólares, interrompendo a oferta de crédito e tragando as poucas economias europeias supostamente sólidas para o buraco. Com a crise se generalizando na Europa, só um milagre impediria que ela atingisse o Brasil e o resto do mundo. Ponha as barbas de molho e acompanhe o noticiário europeu. Em 2011, o lucro da sua empresa, seu emprego e seus investimentos dependerão mais disso do que de qualquer outra coisa.

domingo, 12 de dezembro de 2010

CIDADANIA: Casais gays ganham direito a pensão

G1 / Agência Estado

No Dia Internacional dos Direitos Humanos, o governo tomou duas medidas que pretendem ajudar no combate à discriminação contra homossexuais. A primeira foi oficializar a política de estender benefícios da Previdência a companheiros de homossexuais. A segunda, publicar finalmente o decreto que regula a criação do Conselho Nacional de Combate à Discriminação. A determinação de estender as pensões em caso de morte para parceiros de homossexuais foi feita por meio de um decreto do Ministério da Previdência e altera a base de reconhecimento de uniões estáveis do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Atualmente, o instituto admite a união estável, mas apenas para casais heterossexuais. A concessão de pensão já ocorria desde 2000, mas apenas porque tinha como base uma liminar da justiça federal, que poderia cair a qualquer momento. Com a portaria de ontem, o pagamento nesses casos fica garantido. Para comprovar o relacionamento, os casais terão de apresentar no mínimo três documentos, como a declaração de Imposto de Renda do segurado, com o beneficiário na condição de dependente; testamento; declaração especial feita perante tabelião (concubinato) ou conta bancária conjunta. Os critérios são os mesmos fixados pelo Código Civil para o reconhecimento da união estável de heterossexuais. O INSS também aceita outras declarações para provar a união das pessoas do mesmo sexo, como prova de mesmo domicílio; procuração ou fiança reciprocamente outorgada; registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; anotação constante de ficha ou livro de registro de empregado; apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como beneficiária; ficha de tratamento em instituição de assistência médica e escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente

BRASIL: O Custo da Corrupção no País

Correio Braziliense (11.12.10) / Visão do Correio -

Nenhuma síndrome moral é mais antiga no Brasil do que a corrupção. Precede a qualquer outra espécie de crime, desde que a tripulação lusa desembarcou das naus fundeadas na baía de Porto Seguro e chegou à terra firme, em 1500. Também nenhuma violação à reprimenda legal prosperou tanto. A tolerância oportunista, a fragilidade do sistema punitivo, a concupiscência das autoridades e o acumpliciamento de políticos, entre outros fatores, deram causa ao avanço trágico. O retrato da realidade, contudo, começa a perder as cores sombrias. A criação da Controladoria-Geral da União (CGU), em 2003, primeiro no âmbito do Ministério da Fazenda e, logo a seguir, como órgão de assessoramento da Presidência da República, mudou um pouco o cenário ultrajante. Também ações mais dinâmicas do Tribunal de Contas da União (TCU) arremeteram com mais energia contra fraudes e negócios ilícitos na seara do poder público. A intensificação no combate a lesões causadas às receitas públicas apresentou resultados que justificaram o evento em comemoração à passagem do Dia Internacional contra a Corrupção, quinta-feira. As anotações oficiais registram que, nos últimos sete anos, ocorreram 15,5 mil prisões de suspeitos realizadas pela Polícia Federal (PF). Houve demissão de 2,8 mil servidores. Se é inconteste o esforço da CGU e do TCU para pôr as mãos nos autores de butins contra o patrimônio comum ao povo — eis que cabe à sociedade o dever de prover de recursos o Estado —, não foi suficiente para estender a rede a fim de pescar os peixes graúdos. Resta, assim, claro que o princípio de que o ataque à corrupção pressupõe a colocação de pessoas certas nos lugares certos nem sempre funciona. Em tradução mais ao gosto popular: muitas pessoas certas em lugares certos costumam ceder às seduções dos desvios ilegais rentáveis. Sabe-se que a corrupção extrai entre R$ 41,5 bilhões e R$ 69,1 bilhões por ano dos recursos tomados ao contribuinte para as despesas do Estado. Na última hipótese, a cifra corresponde a mais de R$ 15 bilhões acima do orçamento consignado ao Ministério da Educação em 2010 (R$ 53,4 bilhões). A extensão abissal do crime figura em estudo feito pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A soma surrupiada seria suficiente para construir — sustenta a Fiesp — 277 aeroportos, hoje entre as mais precárias infraestruturas do país. Reconheça-se que a CGU e o TCU enfrentam amarras que limitam a capacidade de ir mais longe na batalha anticorrupção. Entre outros motivos, porque hibernam nas serventias do Congresso dois projetos de lei estratégicos. Um define e pune a lavagem de dinheiro. O outro abre espaço à condenação dos que ocultam a origem de somas procedentes de operações ilícitas, à parte de vinculação com ato criminoso antecedente. Para sair da zona de suspeição, o Legislativo está obrigado a votar as propostas com a maior urgência.

CRÔNICA: Reunião das Trevas

Autor desconhecido

O Chefe dos Espíritos das Trevas convocou uma Convenção Mundial de obsessores.

Em seu discurso de abertura, ele disse:"Não podemos impedir os cristãos de irem aos seus templos." "Não podemos impedi-los de ler os livros e conhecerem a verdade." "Nem mesmo podemos impedi-los de formar um relacionamento íntimo com os Espíritos Elevados e Jesus.“E, uma vez que eles ganham essa conexão com os Espíritos Elevados e Jesus, o nosso poder sobre eles está quebrado.”

"Então vamos deixá-los ir para seus Centros Espíritas e suas igrejas, vamos deixá-los com os almoços e jantares que neles organizam, MAS, vamos roubar-lhes o TEMPO que têm, de maneira que não sobre tempo algum para desenvolver um relacionamento elevado". "O que quero que vocês façam é o seguinte"- disse o obsessor-chefe: "Distraia-os a ponto de que não consigam aproximar-se de Jesus e dos espíritos superiores." - Como vamos fazer isto? Gritaram os seus asseclas.

Respondeu-lhes: "Mantenham-nos ocupados nas coisas não essenciais da vida, e inventem inumeráveis assuntos e situações que ocupem as suas mentes." "Tentem-nos a gastarem, gastarem, gastarem, e tomar emprestado, tomar emprestado..." "Persuadam as suas esposas a irem trabalhar durante longas horas, e os maridos a trabalharem de 6 à 7 dias por semana, durante 10 à 12 horas por dia, a fim de que eles tenham capacidade financeira para manter os seus estilos de vida fúteis e vazios." "Criem situações que os impeçam de passar algum tempo com os filhos." "À medida que suas famílias forem se fragmentando, muito em breve seus lares já não mais oferecerão um lugar de paz para se refugiarem das pressões do trabalho". "Estimulem suas mentes com tanta intensidade, que eles não possam mais escutar aquela voz suave e tranquila que orienta seus espíritos". "Encham as mesinhas de centro de todos os lugares com revistas e jornais". "Bombardeiem as suas mentes com noticias, 24 horas por dia". “Invadam os momentos em que estão dirigindo, fazendo-os prestar atenção a cartazes chamativos". "Inundem as caixas de correio deles com papéis totalmente inúteis, catálogos de lojas que oferecem vendas pelo correio, loterias, bolos de apostas, ofertas de produtos gratuitos, serviços, e falsas esperanças". "Mantenham lindas e delgadas modelos nas revistas e na TV, para que os maridos acreditem que a beleza externa é o que é importante, e eles se tornarão mal satisfeitos com suas próprias esposas"... "Mantenham as esposas demasiadamente cansadas para amarem seus maridos. Se elas não dão a seus maridos o amor que eles necessitam, eles então começarão a procurá-lo em outro lugar e isto, sem dúvida, fragmentará as suas famílias mais rapidamente." "Dê-lhes Papai Noel, para que esqueçam da necessidade de ensinarem aos seus filhos, o significado real do Natal."

"Dê-lhes o Coelho da Páscoa, para que eles não falem sobre a ressurreição de Jesus, e a Sua mensagem sobre o pecado e a morte." "Até mesmo quando estiverem se divertindo, se distraindo, que seja tudo feito com excessos, para que ao voltarem dali estejam exaustos!".

"Mantenha-os de tal modo ocupados que nem pensem em andar ou ficar na natureza, para refletirem na criação de Deus. Ao invés disso, mande-os para

Parques de Diversão, acontecimentos esportivos, peças de teatro banais, apresentações artísticas mundanas e à TV entorpecedora. Mantenha-os ocupados, ocupados." "E, quando se reunirem para um encontro, ou uma reunião espiritual, envolva-os em mexericos e conversas sem importância, principalmente fofocas, para que, ao saírem, o façam com as consciências comprometidas". "Encham as vidas de todos eles com tantas causas supostamente importantes a serem defendidas que não tenham nenhum tempo para buscarem a espiritualidade e Jesus". “Muito em breve, eles estarão buscando, em suas próprias forças, as soluções para seus problemas e causas que defendem, sacrificando sua saúde e suas famílias pelo bem da causa." -

"Isto vai funcionar!! Vai funcionar !!"

Os espíritos trevosos ansiosamente partiram para cumprirem as determinações do chefe, fazendo com que os cristãos, em todo o mundo, ficassem mais ocupados e mais apressados, indo daqui para ali e vice-versa, tendo pouco tempo para Deus e para suas famílias. Não tendo nenhum tempo para contar a outros sobre a sublimidade e o poder do Evangelho de Jesus para transformar suas vidas.

A NOVA ORDEM MUNDIAL GANHA OUTRA CARA

O Estado de São Paulo (12.12.10) / Foreign Policy / Parag Khanna(*) 

O mundo tornou-se multipolar, mas é muito diferente daquilo que imaginava Bush pai e muitos americanos. Por acaso você está procurando um sinal de quando o mundo multipolar repentinamente tornou-se realidade? Não seria uma má ideia escolher o dia em que Brasil e Turquia - duas potências emergentes que buscam avidamente uma projeção internacional - se uniram, em maio, anunciando a intenção de intermediar um acordo de troca de combustível nuclear com o Irã - que teria potencial, mas que não se concretizou, infelizmente - para uma solução pacífica do impasse. Turquia e Brasil não são superpotências e tampouco são membros do Conselho de Segurança da ONU. No entanto, como o presidente Barack Obama, ao assumir o governo dos EUA, preconizou um novo foco no multilateralismo, as potências emergentes nos lembram que o respeito pela hierarquia não consta mais da agenda de ninguém. Como tudo ficou diferente em questão de algumas décadas. Há pouco mais de 20 anos, o presidente George H. Bush - que acabara de presenciar a queda do Muro de Berlim e de ver a União Soviética se desintegrar diante de seus olhos - subiu ao pódio de granito da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, e proclamou uma "nova ordem mundial", em que o sistema internacional era dominado pelos EUA e "o estado de direito suplantava a lei da selva".

Poder brando.

Duas décadas mais tarde, essa "nova ordem mundial" que estamos vivendo não se parece em nada com o que Bush e muitos americanos imaginavam ou esperavam. Naturalmente, os EUA ainda possuem o Exército mais poderoso do mundo, mas sua utilidade vem diminuindo à medida que a capacidade para dissuadir e resistir fica mais difusa. Senão, vejamos o caso do Iraque e do Afeganistão. A força militar e a influência política já não seguem mais juntas. Quando a primeira é excessiva, pode prejudicar a última. De modo mais fundamental, o mundo ficou rapidamente multipolar, com a União Europeia se tornando um ator econômico maior do que os EUA, enquanto a China aumenta, em todos os aspectos, seu poder brando e duro. Hoje, Obama não poderia fazer um discurso sobre uma "nova ordem mundial". Antes, ele teria de negociar com seus pares em Bruxelas e Pequim. No que se refere à democracia, um novo termo entrou no nosso vocabulário, o capitalismo de Estado autoritário, destacando as opções não ocidentais que todo o Estado tem hoje a sua escolha. Ninguém fala mais do Consenso de Washington, mas sim em Consenso de Pequim, Consenso de Mumbai e até em alguma coisa meio jocosa chamada Consenso de Canuck, que estão disputando os corações e as mentes das elites globais.

Novo modelo.

Em vez de um mundo de alianças, o que observamos é um mundo de múltiplos alinhamentos. A globalização significa jamais precisar escolher um lado. Basta olhar para os Estados do Golfo Pérsico. Eles fazem acordos de armamentos milionários com Washington, compram armas para reciclar seus petrodólares e dissuadir o Irã, assinam grandes acordos comerciais com a China, para onde flui cada vez mais o seu petróleo, e negociam, ao mesmo tempo, acordos monetários com a União Europeia. Se há alguma dúvida quanto a ausência de uma perspectiva de longo prazo governando as relações internacionais, basta examinar como os EUA interromperam a produção conjunta de certas armas com Israel, punindo os israelenses por venderem tecnologia considerada secreta para a China, que, por sua vez, vende tecnologia para fabricação de mísseis para o Irã, cujos líderes querem apagar Israel do mapa. Todos jogam com todos um tipo de jogo que é uma espécie de "dilema do prisioneiro" que não tem fim. George Bush pai decidiu discursar nas Nações Unidas por uma razão: os EUA eram a potência predominante, mas ele defendia o multilateralismo. Paralisada durante a Guerra Fria, a ONU naquele momento tinha a chance de assumir o papel central de árbitro da governança global para o qual foi projetada. Mas, em vez de ser a personificação do multilateralismo, a organização tem provado que é apenas uma simples manifestação dele.

Independência.

Atualmente, agências independentes, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que ficaram mais importantes em consequência da crise financeira dos últimos anos, são nossos órgãos globais efetivos e unicamente econômicos por natureza. O G-20, entretanto, mal conseguiu cumprir sua proposta de ser o "novo comitê diretor do mundo". No recente encontro de cúpula, na Coreia do Sul, os líderes mundiais qualificaram as propostas dos EUA para harmonizar os atuais déficits e superávits das contas correntes de "desinformadas". Há muito tempo, o Conselho de Segurança da ONU deixou de ser um órgão legítimo ou eficaz e são poucas as perspectivas de reforma. Como vimos de modo tão doloroso este ano, as Nações Unidas não conseguiram forjar um acordo global sobre o clima e nem fazer com que o mundo cumprisse as Metas de Desenvolvimento para o Milênio. Para cada uma dessas questões, existem diversas agências especializadas, como o Programa Alimentar Mundial, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que essencialmente garantem as próprias contribuições para seu financiamento e se desenvolvem segundo seu próprio ritmo. As instituições que temos que mais se aproximam de uma governança global estão no plano regional, e são algo muito mais promissores. Trata-se da profundamente arraigada e supranacional União Europeia, da rejuvenescida Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), e da nascente União Africana. Cada uma dessas organizações está criando uma ordem regional ajustada ao nível de desenvolvimento e às prioridades de seus membros. No Sudão e na Somália, é Uganda que lidera os esforços diplomáticos e de manutenção da paz. No caso dos palestinos, a Liga Árabe pensa em criar uma força de paz. Quanto ao Irã, a Turquia agora lidera os esforços para conter Teerã. A expectativa era a de que o mundo de 1990 continuasse fundamentalmente internacional. No entanto, em vez disso, sua estrutura mudou à medida que a globalização capacitou legiões de atores não estatais transnacionais, como corporações, organizações não governamentais e grupos religiosos. "Nova nova ordem mundial". Como resultado, o que vemos no mundo hoje são reivindicações que coincidem e competem entre si, de autoridade e legitimidade. A Fundação Gates distribui mais dinheiro anualmente do que qualquer país europeu. Os habitantes dos povoados na Nigéria ficam à espera de mantimentos fornecidos pela Shell, e não pelo governo. A instituição Oxfam é o modelo de agência de desenvolvimento da Grã-Bretanha, muito mais do que o inverso. Nem os EUA, tampouco as Nações Unidas, podem colocar o gênio de volta na garrafa. A cada ano que passa, realizar acordos em Davos e as ações da Clinton Global Initiative tornam-se mais importantes do que as declarações vazias em reuniões de cúpula internacionais. Davos e outros centros de reunião são lugares em que a "nova nova ordem mundial" está sendo criada. E isso vem ocorrendo de baixo para cima, e não no caminho contrário.

(*) É BOLSISTA SÊNIOR DA NEW AMERICA FOUNDATION E AUTOR DO LIVRO ""THE SECOND WORLD: HOW EMERGING POWERS ARE REDEFINING GLOBAL COMPETITION AT THE 21ST CENTURY""

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ENTENDA COMO QUISER: Parábola da Abelha

por Luis Fernando Verissimo

Parábola.

Numa cidade à beira-mar, num castelo de altas torres, vivia uma princesa chamada Luciclara que gostava muito de mel.

Luciclara comia mel todos os dias. Potes e potes de mel. Desde criancinha.

E Luciclara era linda. Tinha cabelos dourados, olhos azuis, faces rosadas, lábios petalosos e um corpo de anjo. E, acima de tudo, Luciclara era doce. Tudo nela era melífluo. Sua voz, seus gestos, seu modo de andar... Desde que não lhe faltasse mel.

Luciclara não podia passar um dia sem seu mel, e cada vez mais mel. Se por acaso os potes atrasassem, Luciclara ficava irritadiça e começava a reclamar de tudo. Seus olhos azuis faiscavam e qualquer coisa era motivo para irritá-la. Como no dia em que uma abelha, uma simples abelha, entrou pela janela do seu quarto na torre mais alta do castelo, da qual ela avistava o mar e os morros ao redor, e zuniu em volta da sua cabeça.

- Iiique - gritou Luciclara. - Um animal! Tirem isso daqui!

- É só uma abelha, princesa. Uma simples abelha.

- Não interessa! Tirem isso daqui! Matem! E cadê o meu mel?

Depois de comer o mel, Luciclara se acalmava. O castelo inteiro se acalmava. O Rei, pai da princesa, dera ordens para que nada incomodasse sua linda e doce filha. E que nunca lhe faltasse o mel.

Mesmo que, para ficar calma, Luciclara necessitasse de cada vez mais, e mais, mel.

Dias depois, duas abelhas entraram pela janela do quarto na torre mais alta, provocando outra reação da princesa.

- Mas o que é isso? É uma invasão!

- São abelhas, princesa.

- Mas de onde vêm essas pestes?

- Dos jardins em volta do castelo, princesa. Dos morros.

- Mas por que elas estão aparecendo agora?

- Porque aumentou muito o consumo de mel no castelo, princesa. Foi preciso instalar mais colmeias. Há muito mais abelhas.

- E o que mel tem a ver com abelhas?

- São as abelhas que fazem o mel, princesa.

- O quê? Eu sempre pensei que ele caísse do céu!

O Rei ficou num dilema. Nos dias que se seguiram, aumentou a invasão de abelhas no castelo. Não apenas no quarto da princesa, na torre mais alta. Em todos os aposentos reais. Na cozinha. Na comida. Na beira da piscina. No spa. E começou a ser perigoso sair do castelo. Havia o risco dê as abelhas atacarem quem saísse sem proteção. O Rei podia mandar destruir as colmeias. Reconquistar o terreno do castelo ocupado pelas abelhas. Mas aí faltaria o mel para a sua linda e doce filha continuar linda e doce, e contente. Luciclara não podia viver sem mel. O mel não pode existir sem as abelhas. E era impossível convidar abelhas para uma conferência em alto nível. O que fazer?

GABARITO DA PARÁBOLA: desafio o nosso leitor a postar comentários sobre qual situação de momento Luis Fernando Veríssimo está se referindo. Efusivo e cordial abraço!

COMENTÁRIO: Uma Dose de Lucidez no Episódio de Combate ao Tráfico no Rio de Janeiro

Preclaros leitores,

Ainda não havíamos escrito nada sobre a invasão dos morros do Rio de Janeiro pela polícia e pelas forças federais. Mas qual o motivo? Inércia nossa? De modo algum! Nosso blog não se omite dos assuntos relevantes do Brasil e do Mundo. Tínhamos uma razão clara para isso: sensacionalismo!

Uma coisa que você jamais verá no "Voz" é qualquer tipo de ufanismo sobre qualquer tipo de assunto. Você verá que nós somos os primeiros a calar quando todos estão falando, mas seremos os únicos a falar quando todos estiverem calados.

Nós não temos vocação para o sensacionalismo barato, porque o nosso espaço é independente e não precisa rezar na cartilha de nenhuma força ou organização, até porque nossa informação é gratuita, não é vendida!

Esse texto do João Ubaldo Ribeiro, cuja maestria na exposição da idéia me fez sentir um analfabeto diplomado, reflete exatamente nossa opinião sobre o assunto.

O tráfico de drogas no mundo é alimentado por aqueles que consomem a droga: a sociedade! A mesma sociedade que cobra ações enérgicas da polícia contra o tráfico. Hipocrisia na sua máxima faceta!

Aliás, que mal lhes pergunte: por onde fugiram os principais chefões do tráfico do Rio de Janeiro? Por onde eles vazaram? Vazamento lembra água, e água lembra cano.

A "Veja" desta semana faz uma importante indagação: porque não puseram grades nos dutos de escoamento das águas pluviais construidos pelo PAC do governo? Estima-se que nesses dutos caberia uma pessoa de mais de 1,70m passando de pé. Eles desembocariam num outro conjunto de favelas vizinho ao Alemão. Fuga na certa.

O problema está nos dutos então? Claro que não? Se a inteligência da polícia e das forças já sabia disso, será que não existia nenhuma patrulha nas saídas desses dutos? Ou será que, tendo as patrulhas, elas foram corrompidas deixando que os vagabundos se esvaíssem como água? O secretário Beltrame admitiu abertamente a possibilidade de isso ter acontecido.

E quanto às apreensões: toneladas e toneladas de maconha. E o ouro branco? Pó que é bom e caro eles só apreenderam 250 quilos, que é mais ou menos um mês de consumo da droga no Rio. A maconha só entrou pra fazer volume, mas, como sabemos, perto da coca não vale nada.

E a apreensão de armas? Pilhéria! Só se via armas velhas e obsoletas deixadas para trás. Falaram da apreensão de uma bazuca: esta tinha mais ferrugem do que o Opala 72 do meu tio.

Isso sem falar que não houve qualquer reação, qualquer confronto por parte dos desgraçados dos traficantes que, dias antes da invasão, brandiam suas armas a torto e à direita, ao ar livre, à luz do dia.

Para dar ares de maior seriedade para a incursão da polícia, a imprensa fez cobertura completa da ação, em verdadeiro Tropa de Elite III, versão ao vivo, aproveitando o sucesso do maravilhoso filme nacional.

Depois da pirotecnia e de todos esses fatores unidos descendo a patamares mais palatáveis, vamos a uma salutar dose de lucidez: toda esta ação foi bem menor do que aquela que foi pintada pela imprensa e pelas autoridades. Para uma primeira vez está bom, mas terá que melhorar muito para invadir a Mangueira, o Vidigal e a Rocinha.

Toda essa ação, apesar de muitos erros e de certos episódios de corrupção, acabou sendo positiva para a população, que passou a ter segurança perto de casa e a presença de alguns serviços que o Estado não podia lá prestar por causa do domínio do tráfico.

Todavia, sem a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora, bem como de serviços essenciais a um bairro urbano normal, essa incursão não passará de uma peça cinematográfica bem estanque da realidade.

Um efusivo e cordial abraço

A Voz da Consciência

SEGURANÇA NO RIO: A Guerra que não Vai Acabar

João Ubaldo Ribeiro - O Estado de S.Paulo de 05.12.2010

Ao que parece, o ser humano (quase escrevo "serumano", neologismo que, quem sabe, pode vir a ser adotado, pois outro dia ouvi na TV que um casal era "dois serumanos") precisa, pelo menos de vez em quando, alterar sua percepção da chamada realidade, mexer com a própria mente e as emoções. Prisioneiro de seus cinco limitadíssimos sentidos, não consegue perceber, em condições normais, aquilo que suspeita ou sabe existir além deles. E quer sair da prisão, quer sensações que ordinariamente não estão a seu alcance. Outra necessidade, que corre paralela, é alterar o comportamento habitual e quem for tímido tornar-se extrovertido, quem for melancólico tornar-se alegre, a moça que hesita em dar resolver dar e assim por diante.

Para obter esses estados alterados de percepção e comportamento, o famoso ser humano não usa somente drogas. Muitos lhes devotam aversão ou medo e recorrem a vias diferentes. Se forem poetas, poetam; se não forem, embarcam na poesia pelas mãos dos poetas. Ou veem o mundo pelos olhos dos pintores e fotógrafos. Ou meditam, ou contemplam a natureza, ou ouvem música, esta última considerada por alguns tão potente que Platão, por exemplo, a baniu de sua República. Aliás, não falta quem condene a música, ou certos tipos de música, por crer que ela induz à depravação e à expressão de temíveis baixos instintos. E, como as experiências com esses alteradores da consciência não são excludentes entre si, o ser humano desfruta de várias delas, entrando no que se designa genericamente como "barato".

Os baratos, de mil e uma formas e em mil e uma nuances, podem ocasionar diversos tipos e graus de transtorno, não só em quem os experimenta como naqueles que com este se relacionam. Não há de ser outra a razão por que tantos deles são proibidos e têm o comércio, ou mesmo uso, das drogas que os causam punido até com a morte. Não obstante, com toda a repressão, as drogas proibidas continuam a ser vendidas e existe muita gente que acha que seu barato vale o risco de uma longa prisão ou de execução. Não vem ao caso especular sobre as razões para isso, mas cabe um raciocínio econômico singelo: é fenômeno universal a oferta aparecer assim que aparece a demanda. Havendo nariz para cheirá-lo, haverá pó.

Ou seja, enquanto existir demanda, existirá quem forneça drogas. Não há nenhuma novidade nesta constatação, mas a guerra ao narcotráfico, contrariando todas as evidências, continua a tentar neutralizar a oferta e nada faz quanto à demanda. Esta jamais deixará de existir, mas pode, por uma fração mínima do que se gasta em repressão, ser razoavelmente controlada. Então por que será que verdade tão patente é descartada? Por que será que se continua a mover essa sangrenta guerra, tão vã e, sobretudo, tão dispendiosa?

Porque não interessa vencê-la e muito menos acabá-la. Quem pensa que interessa somos nós, o otariado. Não me refiro a indivíduos, mas ao que pode ser chamado de "sistema". Existe um vastíssimo sistema relacionado à repressão ao narcotráfico, composto não só pelas polícias genéricas e especializadas, mas por todas as estruturas criadas para colaborar nessa repressão. É a lógica de sua existência, através da qual têm sido mantidas e são diuturnamente ampliadas. Nacional e internacionalmente, esse aparato, que envolve desde ministérios e forças armadas a polícias de aldeias, tem como premissa que se deve combater um inimigo que se sabe que nunca será vencido, combate este com um número cada vez maior de frentes e custos cada vez mais elevados.

Claro, não é apenas esse mostrengo, cujo aparato intrincado e labiríntico não dá para ser inteiramente mapeado, que resiste, funcional e corporativamente, à mudança. O interesse sistêmico em manter-se tem que ser levado em conta, mas ainda maiores que ele são os interesses dos fornecedores, diretos e indiretos, de equipamentos e serviços. Corre muito dinheiro na guerra contra o tráfico e cairá o queixo de quem apurar na ponta do lápis o custo total apenas da operação do Alemão e sua manutenção com tropas federais. Os produtores e vendedores de armamento têm vivido grandes dias no Rio de Janeiro, o mercado só tende a ampliar-se, até mesmo com a propaganda.

Muito mais dinheiro ainda é movimentado pelo tráfico, que repassa seus custos ao consumidor, como é a prática empresarial de praxe. Se não houvesse repressão, esses custos baixariam vertiginosamente. Quem perderia? Não somente os vendedores de armas e equipamentos bélicos, mas os corruptos de todos os níveis e quilates. Para quem pensa que isso é coisa de Terceiro Mundo, lembre-se a corrupção policial nos Estados Unidos, durante a vigência da Lei Seca. E, somente em Nova York, os casos de corrupção policial envolvendo drogas fazem parte de um prontuário considerável. Em alguns países, a corrupção nem ao menos tenta manter as aparências, como muitas vezes ocorre aqui, mas é institucionalizada e contamina toda a cadeia a que se vincula.

A corrupção está disseminada em toda parte, não somente no sistema brasileiro, como no do mundo inteiro, em maior ou menor grau. Se não houver tráfico e a guerra santa contra ele, onde ficarão os ganhos dos corruptos, que não terão por que exigir comissões, subornos e propinas? É tolerável perder essa fonte de renda, em muitos casos milionária? Receio que não, e o mercado continuará a funcionar esplendidamente, para a felicidade harmoniosa de seus agentes, num entrelace delicado, em que o traficante agradece à repressão por lhe proporcionar um ramo de negócios lucrativo, a repressão e seus instrumentos agradecem ao traficante por fazê-los prosperar e o corrupto agradece a ambos pelo rico dinheirinho a ser malocado em contas secretas. "O mundo é perfeito", sempre diz meu amigo Benebê, em Itaparica. Isso mesmo.

OPINIÃO: Leve Abalo Latino no WikiLeaks

por Mac Margolis(*)
Jornal "O Estado de São Paulo" de 05 de dezembro de 2010.

Unasul, Alba, Mercosul, Pacto Andino, Nafta. Oficialmente, a América Latina é uma sopa de letras de solidariedade, servida ao calor fraterno do Caribe à Patagônia. Agora, graças ao WikiLeaks, sabemos que não é bem assim.

Entre as iguarias latinas, descobrimos que a presidente argentina, Cristina Kirchner, é ‘instável’ - nas palavras da ex-presidente chilena Michele Bachelet - e foi ‘submissa’ aos desmandos do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, que morreu em 27 de outubro. Ele, por sua vez, segundo um ex-chefe de gabinete, não passava de um ‘psicopata’ e ‘um monstro’.

O presidente boliviano, Evo Morales, teria um grave tumor no nariz, segundo uma inconfidência do ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, à embaixada americana - Jobim e La Paz negam. Já a diplomacia brasileira seria pautada por um ‘ódio’ aos EUA. E na Venezuela ninguém escreve ao coronel Hugo Chávez, segundo uma suposta ex-amante do comandante.

Frente ao abalo mundial provocado pela divulgação de segredos do Departamento de Estado dos EUA - intrigas nucleares de Paquistão, a suposta traição da China à Coreia do Norte e milhões de dólares suspeitos enfiados na mala do vice-presidente afegão - a parcela latino-americana no caso WikiLeaks é um mero tremor. Dos 251 mil arquivos divulgados até agora, menos de 8% se refere às Américas abaixo do Equador. Brasil, vice-potência do hemisfério, mereceu apenas 3 mil arquivos.

A julgar pelo butim digital, não houve até o momento nenhuma bomba. Sim, surpreende ouvir as indiscrições e destemperos normalmente sussurrados entre paredões. E a reação lacônica à devassa - ‘opiniões dos gringos’, segundo o presidente peruano, Alan García - pode mudar com a divulgação dos segredos sobre Colômbia e México, ambos engajados em espinhosas lutas antidrogas com farto apoio americano.

Mas ninguém se espanta ao saber que Caracas e Havana mantêm laços carnais (ou que Chávez confia mais nos arapongas de Fidel Castro do que nos próprios) nem que os avanços do Irã no continente sul-americano seriam mais embuste do que ameaça concreta. Tampouco assusta ouvir que o Itamaraty tem uma queda para a versão antiamericana do mundo.

Boa parte dos segredos revelados soa como obviedades ou fofocas com um quê de ópera bufa. Washington pode ter suas razões para coletar dados ‘biométricos’, com amostras de DNA, dos políticos do Paraguai, mas nenhum espião ianque supera as bravas mães paraguaias que, sem nenhum hacker, forçaram o presidente Fernando Lugo a assumir a paternidade dos filhos concebidos no celibato.

Mesmo assim, o fundador do WikiLeaks sai como o novo herói do continente. Chávez saudou-o pela ‘coragem’ que ‘deixou nu o império’. O chanceler do Equador ofereceu-lhe asilo. (Assange está foragido, acusado não de espionagem, mas de assédio sexual. Intriga dos imperialistas, retrucam seus devotos.) Há quem diga que esse australiano de 39 anos seja a encarnação de Daniel Ellsberg, ex-analista da CIA que vazou arquivos secretos em 1971 e abalou o governo de Richard Nixon. Não é bem assim. Para começar, a arma de Ellsberg foi o bisturi e não o ventilador. Os Papéis do Pentágono - 4 mil páginas - eram documentos esmiuçados por Ellsberg e sua divulgação teve proposta precisa: expor a farsa do governo que, para conduzir a Guerra do Vietnã a contento, mentia ao Congresso e aos americanos. Já Julian Assange é um rebelde sem causa, com vago reflexo anti-establishment, cujo vasto arsenal mal conhece, muito menos domina.

A parte podre do fichário de WikiLeaks acabou servindo serviu para mostrar que os amigos latino-americanos não são tão amigos assim. Mas também consola ao ilustrar que atrás das fofocas há análise nos bastidores da comunidade diplomática do hemisfério. São profissionais que não se iludem com o teatro bolivariano e tampouco com os novos caudilhos, que só têm lastro político com mordaça e força bruta.

Outro dia, Thomas Friedman perguntou na sua coluna no New York Times o que aconteceria se o dono do WikiLeaks fosse chinês. E se ele se chamasse Julio e se dedicasse a pilhar os segredos dos governantes latino-americanos? Seria ainda o herói ou acabaria na cadeia, com seu website embargado a mando da nova cartilha de ‘controle social da mídia’? Ninguém diz, mas bem que o governo do Equador, tão assíduo em enquadrar a imprensa crítica, acabou desmentindo seu chanceler e retirou o convite de asilo a Assange. Bisbilhotar é refresco nos porões dos outros.

(*) É CORRESPONDENTE DA ‘NEWSWEEK’ E COLUNISTA DO ESTADO. EDITA O SITE http://www.brazilinfocus.com/

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Preclaros leitores,


Seguindo a tradição democrática do nosso blog, postamos acima o texto de Mac Margolis acerca do episódio de divulgação dos dados sigilosos da diplomacia americana.

Este texto reflete exatamente a nossa opinião oficial sobre o assunto.

Quero levá-los a refletir, contudo, sobre a seguinte indagação: até que ponto a divulgação dos arquivos secretos no Wikileaks foi ruim para os Estados Unidos?

O fluxo de informações desse gabarito no mencionado site é de cerca de 250.000 documentos, nem todos ainda divulgados. São números que deixam o episódio de Daniel Ellsberg no chinelo.

Usando de uma linha mais conspiratória, eu lhes pergunto: será que esse monte de informação lançada no ventilador não é uma ação ligada às próprias forças da Casa Branca para legitimar novas incursões militares, mais precisamente uma ofensiva militar contra o Irã?

Por outro lado, tivemos notícias de que Julian Assange foi preso. Afinal, o que fez Julian Assange para ser preso? Qual foi o crime que ele cometeu? O crime foi cometido pela autoridade que deixou vazar esses arquivos e não por Assange. Em represália, alguns hackers já atacaram sites considerados inimigos do Wikileaks.

Será que a Terceira Guerra Mundial vai começar com a "Pearlharborização" da internet?

Poste seu comentário e diga o que você pensa. Estamos aqui para isso.