quinta-feira, 16 de junho de 2011

COMO JESUS VIVEU 33 ANOS NA TERRA SEM PECAR?


Prezados leitores. O texto a seguir, apesar de confeccionado pelo VOZ, foi inspirado numa prédica de um pastor da Igreja Batista em São Paulo, no culto de 12 de junho de 2011. Nem tudo o que vem escrito aqui é inteiramente da prédica.

Como teria Jesus vivido por toda a sua curta existência no mundo terreno, sem cometer nenhum tipo de pecado? Como será que Jesus renunciou a carne completamente, mesmo tendo-se feito um de nós?

Segundo se infere do relato bíblico, para que Jesus pudesse viver a sua vida terrena afastado do pecado, teria que vigiar e mortificar o pecado em quatro das principais áreas de expressão de qualquer ser humano.

Para viver sem pecado, Jesus teve que mortificá-lo nos seus pensamentos. A Epístola de Paulo aos Romanos, no Capítulo 8, versículo 13 em diante, prescreve: porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.

Pelo que se vê, é pressuposto da salvação aceitar a Jesus como Senhor e Salvador, mas isso não basta. Este passo é o início de todas as coisas mas não é um fim em si mesmo. Segundo se infere da leitura do texto, é tido como filho de Deus somente aqueles que são guiados pelo Espírito Santo. Não basta a conversão aos caminhos do Senhor, mas a permanência do cristão no esteio do Espírito Santo. É o que diz o Evangelho de São Mateus, Capítulo 24, versículo 13: aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.

Mas como poderemos saber se estamos sendo mais carnais do que espirituais? A Bíblia mesmo é quem responde na Epístola de Paulo aos Gálatas, Capítulo 5: digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros.

A mente é quem governa as ações dos humanos e se ela está focada nos valores do reino, a porta do pecado começa a se estreitar. Veja em Romanos 12:2: E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Mas para viver sem pecar com os pensamentos, há necessidade de vigiar muito bem e mortificar o pecado nos olhos, porque estes são a porta de entrada da alma. É o que prescreve o Evangelho de São Mateus, no Capítulo 6, verso 22 e seguintes: são os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão.

O que temos trazido aos nossos pensamentos por meio dos olhos? Aquilo que vemos causa em nosso âmago uma marca insofismável, quer penda para o lado espiritual, quer penda para o lado carnal. Pautará um sem número de ações nossas sem que percebamos.

Hoje os meios de comunicação em geral têm facilitado e incentivado o acesso das pessoas à informação. Com o volume cada vez maior de informação colocada à disposição das pessoas, filtrar é o grande segredo dos dias de hoje. As banalidades e explorações das misérias humanas são a vedete da vez e em caráter irreversível.

Os valores apresentados pelos velozes meios de comunicação têm se rebaixado cada vez mais, de modo que todos nós ficamos expostos a este tipo de situação que vai maculando as nossas ações de modo que quando percebemos já estamos atolados naquela atitude há muito tempo, contrariando os preceitos da Palavra de Deus.

Lembrem-se sempre que os olhos são a candeia da alma e quem está dizendo isso não é o VOZ, mas a Bíblia.

Assim como os olhos são nossos "imputs", os ouvidos também são importantes mecanismos de entrada de informações que podem influenciar o cristão a ter um comportamento contrário à Palavra de Deus. Diz o Apocalipse de João, quando escreve sua carta à Igreja em Éfeso: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.

Por muitas vezes, pecamos por não sermos obedientes aos desígnios de Deus. Deixamos de habitar em segurança com o Senhor, para nos aventurarmos por caminhos que nos são estranhos e perigosos. No entanto, o Senhor garante, em Pv 1:33, que: o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal.

Jesus Cristo, em mais de uma passagem bíblica, faz distinção entre aqueles que tinham ouvidos de ouvir o que ele dizia e compreender os mistérios do Reino dos Céus, e os que não tinham, veja em Mt 13:10 em diante: Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados. Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram.

Você prefere ouvir as besteiras que andam falando por ai, ou prefere ter ouvidos para conhecer os mistérios do Reino dos Céus? Aqueles que estavam com a visão e os ouvidos tapados para a Nova Aliança que Jesus veio promover, foram os principais responsáveis pela sua crucificação. De que lado você está?

Para se manter afastado do pecado, contudo, os pensamentos, os olhos e os ouvidos não são suficientes. Devemos vigiar e mortificar o pecado também em relação à boca.

A boca é o nosso "output". Dela podem sair palavras que inspiram poesias, edificam vidas, aproximam pessoas, fazem ninar, fazem sonhar; mas também pode ser arma de alto poder destrutivo. Veja o Evangelho de São Lucas no Capítulo 6, versículo 45: o homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.

Isso nada mais é do que o reconhecimento bíblico de que a boca é o nosso "output", que projeta para fora do nosso ser tudo aquilo que somos e os valores sobre os quais construimos o edifício do nosso ser.

A boca deve ser usada com muita parcimônia. Veja o que a Palavra diz acerca disso em Pv 13:3: O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína. Tanto assim que o salmista pediu a Deus que guardasse a sua boca, veja em Salmos 141:3: Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. A palavra, para ser proferida, deve ser intensamente meditada, vide Pv 15:28: O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos perversos transborda maldades.

Para que possamos ser vencedores e andarmos retos na Palavra de Deus, devemos ser imitadores de Cristo (v. 1Co 11:1)

Ser imitador de Cristo importa numa série de renúncias do nosso ego. Veja em Fp 2:5 e seguintes: Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. Estamos preparados para esta mudança de paradigma?

O que vemos hoje é justamente o contrário. O homem, cada vez mais, aposta suas fichas na sua natureza carnal. Os próprios apóstolos de Jesus chegaram a fazer isso. Veja a passagem de Mt 16.21 e seguintes: Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.

A Bíblia de Estudo "Aplicação Pessoal" (Ed. CPAD), em nota a este último versículo destaca com maestria: "Durante a tentação no deserto, Jesus ouviu que poderia alcançar a glória sem ter que experimentar a morte. Aqui ele ouviu a mesma mensagem, desta vez proferida por Pedro. O discípulo acabara de reconhecer Jesus como o Messias, no entanto, abandonou a perspectiva de Deus e avaliou a situação do ponto de vista humano. Satanás está sempre tentando convencer-nos a deixar Deus de fora da nossa vida ou das situações que enfrentamos. Por isso, Jesus repreendeu Pedro".

Isso ainda viria se confirmar no episódio da prisão de Jesus, quando Pedro se volta contra o soldado romano e corta a sua orelha, que foi reconstituída pelo poder do Senhor no mesmo instante.

A nossa natureza carnal, além de nos afastar cada vez mais de Deus, nos faz caminhar sem o porto seguro da Palavra. Nesse caso, nosso pensamento, nossos olhos e ouvidos e a nossa boca estarão completamente entregues ao pecado. Por qual caminho você deseja caminhar?

Mortifique o pecado em você agora!

Fiquem com Deus

VOZ DA CONSCIÊNCIA

Nota final: se você ficou tocado com esta mensagem e deseja que esta mudança seja implementada na sua vida, aceite a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador agora mesmo. Você não precisa de nenhum protocolo sacramental, de nehum sacerdote e de nenhuma igreja. Você pode fazer isso agora mesmo dizendo essas palavras:

Senhor Jesus! Eu te reconheço como meu Senhor e Salvador. Entra na minha vida e faz de mim a pessoa que o Senhor quer que eu seja! Amém!

A partir de agora você já está pronto para andar nos caminhos de Deus. Leia a Bíblia e ore muito. Só assim você descobrirá qual é a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

COMO DEVEMOS AMAR À LUZ DO AMOR QUE MOVEU JESUS



O texto abaixo é de autoria do "Voz da Consciência" mas teve inspiração e fundamento na prédica de um pastor de uma Igreja Batista em São Paulo.

Amor! O que é o amor? A palavra é um substantivo que provém do verbo "amar". Como sabemos, verbo é o elemento principal da oração, exprimindo processos, ações, estados ou fenômenos e, por meio da ampla variedade de formas em que se apresenta, indica em português a pessoa, o tempo, o modo e a voz do discurso. Assim, muitas informações significativas estão nele reunidas.

O verbo é toda palavra ou expressão que traduz um fato. A frase "As crianças amam o campo" enuncia um fato observado a respeito de "crianças" e de "campo". A palavra que descreve esse fato é "amam", forma conjugada de o verbo amar.

Assim, se "amar" é verbo e este exprime uma ação, podemos concluir, sem medo de errar, que amar é ação! Não podemos, portanto, amar sendo omissos.

Na primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, no capítulo 13, o apóstolo define, com uma magistral clareza, o que é o amor.

Mas o amor que Paulo definiu é aquele que Jesus veio incutir no coração das pessoas. É o amor genuíno e verdadeiro que também moveu as ações de Jesus quando sofreu a espiação dos pecados da humanidade.

Nessa esteira, o amor teria alguns degraus que foram bem definidos por Jesus no Evangelho de São Lucas, no capítulo 10, versículos 25 e seguintes, que dizem: Um mestre da Lei se levantou e, querendo encontrar alguma prova contra Jesus, perguntou: – Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna? Jesus respondeu: O que é que as Escrituras Sagradas dizem a respeito disso? E como é que você entende o que elas dizem? O homem respondeu: “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente. E ame o seu próximo como você ama a você mesmo.” – A sua resposta está certa! – disse Jesus. – Faça isso e você viverá.

De onde o mestre da lei que desafiava a Jesus retirou tal assertiva? Do Livro de Levítico, no capítulo 19, versículo 18, que diz: Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR.

Assim, o primeiro degrau ou o grau mínimo do amor seria o amor ao próximo. Isso não significa amor a tudo e a todos de forma desmedida, mas tem o significado de estender a mão àquele que precisa da nossa ajuda. São aquelas pessoas que sabemos que estão passando por algum problema ou necessidade e nós podemos fazer alguma coisa para elas.

Por conta disso, a ótica de amar ao próximo como a mim mesmo, nos leva a um resumo de boa parte dos mandamentos mosaicos, isto é, seu eu amo meu próximo eu não o prejudico, eu não o roubo, eu não cobiço a sua mulher etc.

Mas quem é o meu próximo? A "parábola do bom samaritano" responde a questão: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.

Só para argumentar, se eu tenho duas camisas e ele não tem nenhuma, cabe ao cristão, no exercício da sua vida cristã, doar a sua camisa a esta pessoa que tanto precisa. Se eu só tenho uma camisa e ele não tem nenhuma, eu devo fazer de tudo para ajudá-lo a vestir-se.

Mas porque chamamos o homem de Samaria de "bom" samaritano? Como sabemos, estas epígrafes colocadas na Bíblia não são inspiradas. Foram colocadas pelos organizadores das mais diversas versões para facilitar a localização das mais importantes passagens bíblicas. Em nenhum momento no texto bíblico se menciona o termo "bom samaritano"

Assim, por ue razão chamamos o homem de "bom"? Na verdade ele não é bom só por que ele fez isso. Ele apenas fez o que devia ser feito. Apenas fez o que ualquer pessoa deveria fazer. Ocorre que, como não somos suficientemente capazes de praticar tais atos, como não somos capazes de fazer o mínimo que deve ser feito, então chamamos o homem de "bom".

Entretanto, a passagem do Evangelho de São Lucas 17:10 é categórica quanto ao título que recebe aqueles que fazem tudo o quanto lhes foi ordenado, veja: assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer.

Em outras palavras, aquele que faz somente o que se deve fazer é, tão somente um servo inútil! Aquele que é chamado por Jesus de servo inútil, é por nós denominado de "bom".

Há pessoas vinculadas ao meio evangélico que, quando vêm pessoas em situação de necessidade, ao invés de primeiramente dar o primeiro passo para ajudá-las, tentam evangelizá-las.

A evangelização é uma obrigação do cristão. É um mandamento do cristianismo levar o Evangelho a toda criatura (v. Mc 16.15). Todavia, quando uma pessoa está nesta condição, não é o melhor momento para lançar a semente. Cabe ao cristão fazer o que pode para ajudar essa pessoa e deixar que Deus trabalhe para que ela descubra por si só que estas são as atitudes daqueles que servem ao Senhor para que, seguindo o exemplo, queira aquilo para a sua vida também.

A pessoa precisa primeiro do nosso amor, senão não será boa terra para lançar as sementes (v. parábola do semador em Mt 13.10 e seguintes). Acrescente-se a isso que, a busca de almas para Jesus deve estar baseada no mesmo amor a que Paulo se referiu em 1Co 13, sob pena de ser como o címbalo que retine.

Nessa modalidade de amor, contudo, o limite da nossa ajuda e do nosso estender de mãos é até o ponto em que esta assistência passe a nos prejudicar pessoalmente. Não somos obrigados a nos sacrificar, a nos prejudicar.

Por outro lado, já avançando para o segundo estágio, temos o amor que devemos nutrir pelos irmãos em Cristo. Se em relação ao próximo eu devo amá-lo como a mim mesmo, em relação ao irmão em Cristo devo amá-lo como Jesus nos amou, veja: Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; buscar-me-eis, e o que eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros: para onde eu vou, vós não podeis ir. Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. (Jo 13.33-34) grifamos.

Isto significa que, em relação aos irmãos em Cristo não devemos ter limite na nossa capacidade de ação. Como Jesus nos amou e ama? De forma ilimitada! Deu a sua vida para espiação dos pecados de todos. Foi à Cruz do Calvário onde sangrou até morrer, por mim e por você.

Em João 15.13 temos a confirmação desse amor ilimitado: ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Foi o que ele fez!

Será que estamos preparados para viver esta realidade? Na igreja primitiva o relato bíblico em atos dá conta que tudo o quanto cada um ganhava era levado à comunidade e lá era repartido para que ninguém tivesse falta de nada!

Se nós cristãos vivêssemos assim, seriamos verdadeiramente sal da terra e luz do mundo. Quando alcançaremos esse nível? Oremos para que alcancemos!

Fiquem na paz e façam seus comentários sobre a nossa postagem. Um grande abraço!

VOZ DA CONSCIÊNCIA

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O PODER DO SANGUE


Prezados leitores,

Escutei esta no culto de ontem e me senti tão bem que gostaria de compartilhar com todos. Forte abraço!

Composição de Lewis Edgard Jones

Nenhum amigo há igual a Cristo!
Do teu pecado te queres livrar?
Seu sangue tem poder, sim tem poder.
Almejas tu do maligno escapar?
Seu sangue tem este poder.

Há poder, sim, força sem igual!
Só no sangue de Jesus
Há poder, sim, prova-o pecador.
Oh! aceita o dom de Jesus.


Queres com tua vaidade acabar?
Seu sangue tem poder, sim tem poder.
Vícios, paixões, queres tu dominar?
Seu sangue tem este poder.
Há poder, sim, força sem igual!
Só no sangue de Jesus

Há poder, sim, prova-o pecador.
Oh! aceita o dom de Jesus.

Teu coração queres purificar?
Seu sangue tem poder, sim tem poder.

Todas as manchas te pode tirar;
Seu sangue tem este poder.
Há poder, sim, força sem igual!
Só no sangue de Jesus

Há poder, sim, prova-o pecador.
Oh! aceita o dom de Jesus.

Queres entrar no serviço real?
Seu sangue tem poder, sim tem poder.

Queres também ser um servo leal?
Terás no seu sangue o poder.

Há poder, sim, força sem igual!
Só no sangue de Jesus
Há poder, sim, prova-o pecador.
Oh! aceita o dom de Jesus.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

BRASIL: O Golpe da Divisão do Estado do Pará



Prezados leitores,

No dia 25 de maio do corrente, vimos que foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado o plebiscito sobre a possível divisão do Estado do Pará que poderá dar origem a mais dois novos estados brasileiros: o Estado de Tapajós e o Estado de Carajás.

Posteriormente, o plenário do Senado Federal aprovou dois decretos legislativos sobre a matéria. O primeiro, de 26 de maio de 2011, refere-se ao plebiscito para a criação do Estado do Carajás, veja o teor:

DECRETO LEGISLATIVO
Nº 136, DE 2011

Dispõe sobre a realização de plebiscito para a criação do Estado do Carajás, nos termos do inciso XV do art. 49 da Constituição Federal.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º O Tribunal Regional Eleitoral do Pará, de acordo com instruções do Tribunal Superior Eleitoral, realizará no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da publicação deste Decreto Legislativo, conforme previsto no § 3º do art. 18 da Constituição Federal, plebiscito sobre a criação do Estado do Carajás, a ser constituído pelos seguintes Municípios do Estado do Pará: Abel Figueiredo, Água Azul do Norte, Anapu, Bannach, Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Breu Branco, Canaã dos Carajás, Conceição do Araguaia, Cumaru do Norte, Curionópolis, Dom Elizeu, Eldorado do Carajás, Floresta do Araguaia, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Marabá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento, Ourilândia do Norte, Pacajá, Palestina do Pará, Parauapebas, Pau d’Arco, Piçarra, Redenção, Rio Maria, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Domingos do Araguaia, São Félix do Xingu, São Geraldo do Araguaia, São João do Araguaia, Sapucaia, Tucumã, Tucuruí e Xinguara.

Art. 2º O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará para organizar, realizar, apurar, fiscalizar e proclamar o resultado do plebiscito.

Art. 3º No prazo de 2 (dois) meses, contado da proclamação do resultado do plebiscito, se esse for favorável à criação do Estado do Carajás, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará procederá ao questionamento dos seus membros sobre a medida, participando o resultado, em 3 (três) dias úteis, ao Congresso Nacional, para fins do disposto no § 3º do art. 18 combinado com o inciso VI do art. 48, ambos da Constituição Federal.
Parágrafo único. Não efetuada a deliberação pela Assembléia Legislativa ou feita a comunicação, nos prazos estabelecidos, o Congresso Nacional considerará atendida a exigência constitucional.

Art. 4º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, em 26 de maio de 2011

O Diário Oficial da União publicou hoje, o Decreto Legislativo N° 137, de 2011, assinado pelo Presidente do Senado Federal José Sarney, que autoriza a realização do plebiscito sobre a criação do Estado do Tapajós, no prazo de seis meses. È mesmo prazo dado para realização do plebiscito sobre a criação do estado de Carajás.

O Tribunal Superior Eleitoral dará instruções ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará para organização, realização, apuração, fiscalização e proclamação do resultado do plebiscito. Não foi especificado se a votação será ou não realizada em todo o Pará, veja o teor:

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, José Sarney, Presidente do Senado Federal, nos termos do parágrafo único do art. 52 do Regimento Comum e do inciso XXVIII do art. 48 do Regimento Interno do Senado Federal, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVO
No 137, DE 2011

Convoca plebiscito sobre a criação do Estado do Tapajós.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º O Tribunal Regional Eleitoral do Pará realizará, conforme previsto no 3º do art. 18 da Constituição Federal, no prazo de 6 (seis) meses, contado da promulgação deste Decreto Legislativo, plebiscito sobre a criação do Estado do Tapajós, a ser constituído pelo desmembramento da área onde atualmente se situam os Municípios de Almeirim, Prainha, Monte Alegre, Alenquer, Óbidos, Oriximiná, Faro, Juruti, Belterra, Santarém, Porto de Moz, Vitória do Xingu, Altamira, Medicilândia, Uruará, Placas, Aveiro, Itaituba, Trairão, Jacareacanga, Novo Progresso, Brasil Novo, Curuá, Rurópolis, Senador José Porfírio, Terra Santa e Mojuí dos Campos.

Art. 2º O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará para organização, realização, apuração, fiscalização e proclamação do resultado do plebiscito.

Art. 3º No prazo de 2 (dois) meses, contado da proclamação do resultado do plebiscito, se este for favorável à criação do Estado do Tapajós, a Assembléia Legislativa do Estado do Pará procederá ao questionamento dos seus membros sobre a medida, participando o resultado, em 3 (três) dias úteis, ao Congresso Nacional, para fins do disposto no 3º do art.18, combinado com o inciso VI do art. 48 da Constituição Federal. Parágrafo único. Não efetuada a deliberação pela Assembléia Legislativa ou feita a comunicação, nos prazos estabelecidos, o Congresso Nacional considerará atendida a exigência constitucional.

Art. 4º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação."

Senado Federal, em 2 de junho de 2011.
Senador JOSÉ SARNEY
Presidente do Senado Federal

Com a mudança, a cidade de Santarém passaria a ser a capital do Tapajós, a cidade de Marabá seria a capital do Carajás e Belém continuaria a capital do Pará.

Para quem tiver interesse em se aprofundar na matéria, os futuros estados já contam com páginas na internet. Para o Estado do Tapajós temos a: http://www.estadotapajos.com.br/ e para o Estado do Carajás: http://www.estadodocarajas.com.br/.

Os defensores da criação dos dois estados e da divisão do gigante Pará, aduzem, basicamente, que a falta de presença do poder público em áreas isoladas, trava o desenvolvimento econômico regional. Por outro lado estados gigantescos como Pará e o Amazonas, são inviáveis do ponto de vista sócio-econômico e administrativo. Os EUA, sem o Alasca, têm área menor que a do Brasil e contam com o dobro de Estados.

Ainda segundo os defensores da divisão, a criação dos novos estados na região do Pará, mais do que um projeto político é um projeto de desenvolvimento estratégico de segurança nacional, econômico e social no Norte do Brasil. Tal procedimento servirá, por conseguinte,  para solidificar a vigilância e a soberania, sobre as riquezas, proporcionando o desenvolvimento harmonioso do Brasil e gerando aproximadamente 200 mil empregos.

Na verdade, os argumentos acima mencionados, servem somente para mascarar a real intenção daqueles que estão envolvidos nessa empreitada.

Os interesses escusos que motivaram a aprovação desses decretos legislativos são muitos. A criação de um novo estado envolve uma porção de itens afluentes, que desembocam no rio caudaloso do erário público. A estimativa feita por alguns políticos é de que o custo da criação de um novo estado é da ordem de 4 bilhões de reais.

Um novo estado terá, obrigatoriamente, um novo Poder Executivo. Haverá necessidade de um governador, vários secretários de governo, acessores e funcionários de menor escalão.

As polícias civil e militar devem receber um incremento, com toda uma estrutura administrativa, desde os comandantes até os soldados e investigadores de polícia.

Ainda falando de Executivo, as secretarias da fazenda devem criar as juntas comerciais dos estados, para o registro das empresas com sede na base territorial do novo ente federativo. O Executivo também delegará a função notarial e registral para o particular, por meio de concursos públicos, para a instalção de oficiais de registro de imóveis, civil de pessoa jurídica, de títulos e documentos e tabelionatos de notas e de protestos.  

O novo estado deve, evidentemente, manter o seu Ministério Público, com a contratação de novos promotores de justiça e procuradores. Isso já seria um custo muito grande, para um estado como o Pará, que não desponta no cenário nacional como uma superpotência.

Mas a coisa não pára por ai. Haveria a necessidade de uma nova assembleia legislativa, com vagas para mais deputados estaduais, funcionários de gabinete e funcionários de menor escalão, criação e instalação dos tribunais de contas, com todos os funcionários de carreira.

Haveria também a necessidade da criação de um novo Tribunal de Justiça, com toda a estrutura judiciária composta por desembargadores, juízes, escrivães, oficiais de justiça, criação e instalação das procuradorias estaduais e defensoria pública, etc.

Para todos estes poderes, haveria a necessidade de abertura de novos concursos públicos, compra de equipamentos, compra de carros oficiais, instalações de gabinetes em novos prédios etc.

Mas o melhor fica sempre para o final.

Com a criação de um novo estado, evidentemente que ele deverá ser representado nas duas casas legislativas do Congresso Nacional que, dependendo da população do estado, poderão abrir de 7 a 70 vagas para deputados federais e, independentemente de qualquer fator, mais 3 senadores.

É claro que para a instalação dessa turma toda, haverá a necessidade do pagamento dos salários dos nobres deputados, beem como as verbas de gabinete, vale-moradia, vale-avião, vale-refeição, horas extras, contratação de acessores, carros oficiais etc, etc, etc.

Não queremos aqui ser simplistas e encarar tudo sob o prisma estrito do gasto exacerbado do dinheiro público, portanto, vamos a mais argumentos.

A Região Norte atualmente conta com 7 estados: Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Pará, Tocantins e Amapá. Com a criação dos novos estados, passaria para 9, igualando-se com a Região Nordeste que, somadas, possuiriam 18 estados. Atualmente, as duas regiões são responsáveis por quase 20% do PIB nacional.

As Regiões Sul e Sudeste, responsáveis por cerca de 73% do PIB brasileiro contam, somadas, com 7 estados.

Guardem estes dados como refratários, que já o usaremos. Pois bem.

No sistema bicameral brasileiro, a Câmara Federal representa a população brasileira. Assim, o número de deputados é estabelecido constitucionalmente, segundo a população de cada estado. Atualmente são 513 deputados.

Todavia, a Constituição Federal, de modo bastante injusto, estabelece números mínimo e máximo de vagas, em franco desrespeito à proporcionalidade populacional dos estados. Assim, por exemplo, Roraima, que é o estado menos populoso do Brasil, tem direito ao número mínimo, já São Paulo, tem o número máximo.

Isso nos faz chegar à conclusão que, para eleger um deputado federal, o voto do cidadão de Roraima vale muito mais do que o voto de alguém em São Paulo, porque o deputado de São Paulo, sozinho, representa muito mais gente do que o outro de Roraima.

Já no Senado, a representatividade é igualitária, porque o Senado é a casa das unidades da federação, de modo que cada estado possui 3 senadores. Atualmente são 81.

O que se conclui de todas estas assertivas, inclusive aquelas que pedimos a você que guardasse na memória? Os estados do Norte e Nordeste possuem mais poder unidos do que o restante do país, por conta do número de unidades da federação que possuem, bem como da desproporcionalidade de representantes no Congresso Nacional em relação àqueles dos estados com maior população.

Em outras palavras, sul e sudeste produzem 73% do PIB nacional, mas não possuem poder de fogo proporcional no parlamento.

Falar em divisão para facilitar o desenvolvimento é uma balela, porque o direito administrativo prevê mecanismos para o governante levar desenvolvimento para os quatro cantos do território que governa, descentralizando suas atividades, formando governança regional e contando com secretários compromissados com o real desenvolvimento. Se não cresceram até agora, não é com a divisão que crescerão. Ao contrário, gerar-se-á mais possibilidade de cabides de empregos, mais corrupção, mais desvio do dinheiro público e mais possibilidade de gente da pior espécie gerindo os legítimos interesses das pessoas.

Falar em quantidade de estados como os Estados Unidos é uma besteira ainda pior. O aludido país possui um federalismo (divisão estadual) histórico. A divisão dos Estados Unidos veio das treze colônias britânicas que vieram ao país com o fim de torná-lo um lugar melhor para se viver. Os outros estados americanos foram sendo comprados de outros países europeus e do próprio vizinho México.

O federalismo brasileiro é meramente político, sem raízes históricas. Além do mais, não devemos querer comparar uma superpotência mundial com o nosso PIB acanhado. Eles tem dinheiro e competência para gerir esse dinheiro que os fazem ter, de forma legítima, 50 estados, incluindo o Alasca e o Havai.

Portanto meus caros amigos paraenses, rogamos a vocês que VOTEM NÃO NO PLEBISCITO, pelo bem do Brasil, pelo seu próprio bem.

Um grande abraço.

VOZ DA CONSCIÊNCIA